Tal como tinha referido, ontem não foi
possível fazer a crónica de um dia em cheio, mas, as circunstâncias
assim o ditaram. A jornada começou bem cedo, em que decidimos aliar a
ida a Alvalade com um roteiro gastronómico bem preenchido, e dado que só
chegámos a bom porto já ao virar do dia, decidi adiar o relato do
estado de alma e de sensações positivas.
Apesar de já não fazer muito sentido
fazer agora grandes referências ao jogo, dado estes terem um prazo de
validade muito curto, não podia deixar de vir deixar aqui algumas
sensações relativas à primeira parte desta eliminatória.
Antes
de colocar água na fervura de uma euforia quase incontida, devo dizer
que estes momentos devem ser vividos, antes de pensar que ainda vamos a
meio de uma eliminatória que se afigura, ainda assim, tremendamente
complicada e onde somos, apesar deste resultado, os patinhos feios.
Não
ganhámos nada a não ser um jogo, é certo, mas dado o passado recente
desta equipa, da montanha russa de emoções que nos transmite, ora
levando-nos a crer que desta é que é, ora fazendo-nos vociferar e
lamentar que já não sejamos tão grande como a história nos consagrou, a
realidade é que é sempre bom acreditar e saborear estes momentos.
Antes
de nos metermos à estrada para Lisboa, ainda fui uma última vez ao
Estádio virtual para saber que ambiente nos esperaria em Alvalade. A
previsão de perto de 25 mil pessoas era desolador, dada a importância do
jogo e a qualidade do oponente. Quando, perto da hora do jogo, ainda
longas filas serpenteavam por entre quem queria aceder ao Estádio,
comecei a acreditar que os sportinguistas que, este ano, raramente
abandonaram a equipa, diriam uma vez mais presente.
Foram
perto de 35 mil os que puderam assistir ao melhor jogo da era Sá Pinto,
e um dos mais intensos de toda a época. Foram perto de 35 mil que
empurraram a equipa para uma exibição de raça, foi uma equipa que nos
fez acreditar que podíamos ombrear com um dos colossos mundiais.
Foi uma pescadinha de rabo na boca. A equipa puxou por nós, e nós pela equipa.
Ao
contrário daquele cenário tão habitual, do espectador passivo na
bancada, com o saquinho de pipocas e os óculos 3D, desta vez todos
cantaram, gritaram, pularam e até choraram, do primeiro ao último
minuto.
Tal como previra, o Sporting
agigantou-se, como os pequenos do nosso campeonato fazem quando nos
defrontam, e foi tocante ver os 11 que pisaram o relvado não dar uma
bola por perdida, como se de uma final se tratasse...ou como fazem os
pequenos.
Pena é que não seja sempre assim, como é a obrigação de quem veste a nossa camisola.
A nossa equipa jogou nos limites, e até Sá Pinto
veio dizer que fomos perfeitos. Em termos ofensivos, fizemos muito pouco
para achar a equipa perfeita mas, como ainda está em plena aquisição de
novos conceitos, vou esperar que a perfeição apregoada por Sá tenha
sido relativamente a todos os outros processos.
O City, esse, armou-se em Sporting,
quando joga contra os pequenos, e achou que mais cedo ou mais tarde a
bola acabaria por entrar. Mas não entrou.
Não
há dois jogos iguais, e o City aprendeu a lição que nós já devíamos ter
aprendido há muito, quando se joga contra equipas supostamente
inferiores. O factor surpresa desapareceu, e o jogo de Manchester será
terrível, mas antes disso temos um jogo de fulcral importância para os
nossos parcos anseios, na Liga Zon.
Nem
sequer vou salientar este ou aquele jogador porque, como toda a gente
teve oportunidade de ver, todos estiveram à altura de vestir a camisola
listada.
Resta desejar toda a sorte
do mundo (porque bem a vão necessitar) para a abordagem à segunda parte
da eliminatória mas, até lá, é disfrutar deste momento que nos
proporcionaram e, principalmente, que no jogo com o Guimarães, não
dispam o fato-de-macaco e demonstrem toda a sua fibra.
há o fruto mangustão...há o Xanana Gusmão ...o citroem Xantia...mas Xandão há apenas 1 e esse ontem de calcanhar deixou muitos em delirio
ResponderEliminarNo Brasil é conhecido pelo Xutão mas...esperemos que cá ganhe outra alcunha.
ResponderEliminarOntem esteve imperial!!