Tal como tinha referido e era do conhecimento 
de todos, quaisquer contas que se fizessem relativas aos nossos 
adversários teriam que passar, inevitavelmente, por uma vitória nossa no
 Bonfim.
Aconteceu quase tudo o que 
seria indesejável, como a vitória de alguns dos nossos concorrentes 
directos e a nossa dolorosa derrota.
Pior
 ainda, este jogo de Setúbal é dos tais que ficam na memória por uma 
série de acontecimentos, todos eles negativos. Um Sporting frouxíssimo 
mas, pior ainda que ele, uma equipa de arbitragem que, se não estava 
encomendada, passou essa imagem a preceito. A juntar a estes 
ingredientes, uns comentários televisivos a roçar o ridículo.
Ainda antes de qualquer crítica à 
entrega de alguns dos nossos jogadores e, até, da deficiente abordagem 
ao jogo, à que referir a estranheza para uma equipa setubalense que, 
depois de na recepção ao Porto dar a ideia de ser uma equipa de calças 
na mão, quase submissa e com uma atitude patética, passadas duas semanas
 aparece transfigurada e a dar que pensar qual das duas é a verdadeira 
ou, que tipo de incentivos lhes são administrados.
Os
 primeiros minutos de jogo deixaram-me logo com a certeza de que este 
não era dia para sorrirmos. A contrapor à nossa ingenuidade e, a 
espaços, à falta de qualidade, surgiu um Setúbal irritantemente 
matreiro, a aproveitar a mediocridade de um árbitro que se deve ter 
enganado, contra os nossos interesses, nas primeiras 5 ou 6 vezes que 
levou o apito à boca.
A equipa das 
margens do Sado impôs, junto com o trio arbitral, o ritmo de jogo, e a 
nossa incapacidade para ter a bola com objectividade redundou em mais 
uma primeira parte deprimente. As fífias do capitão Polga foram o 
retomar de exibições inqualificáveis, que teimam em não ter fim. Bem 
tentou que o Setúbal se adiantasse no marcador mais cedo, mas Targino 
ofuscou-se com tantas facilidades. Xandão, a espaços, juntou-se ao 
verdadeiro buraco negro em que se tornou o eixo da defesa, mas Polga 
sempre se destacou mais neste pesadelo.
Entretanto,
 um jogador, de nome Suswam, que deveria ter só jogado os primeiros 
18/20 minutos de jogo, acabou por ir distribuindo fruta por tudo o que 
se mexia na sua área de jurisdição, a ponto dos invisuais que comentavam
 o jogo terem estranhado aquele jogador "raçudo" ainda estar em campo 
quando foi substituído, aos 65 minutos. Até José Mota achou que não 
convinha arriscar mais, pois o nigeriano sobreviveu a 2 ou 3 expulsões, 
num mesmo jogo. 
O golo que ditaria a
 nossa derrota foi, para não variar, fruto da desatenção de Xandão e da 
conivência de Polga, que colocou em jogo o jogador adversário. Apesar 
das repetições não serem esclarecedoras, dá ideia de que a bola acabou 
por ultrapassar a linha de golo na totalidade. No entanto, os árbitros 
auxiliares tiveram imensas dificuldades em visionar outras jogadas bem 
mais simples, como um fora de jogo do Setúbal de vários metros, na 
segunda parte, um flagrante pontapé de canto favorável ao Sporting, 
transformado em pontapé de baliza, lançamentos laterais...entre muitas 
outras decisões que os colocam como uma das piores equipas de arbitragem
 da actualidade.
A segunda parte, com
 as alterações introduzidas por Sá Pinto, só podiam trazer um Sporting 
mais dominador mas, o que questiono, é porque não entra uma equipa mais 
personalizada logo de início. É preciso estarmos a perder para, não 
termos nada a perder? Mas é que, neste momento, tínhamos mesmo muito 
pouco a perder, e esta jornada deveria ter sido encarada (como todas, 
aliás) para ganhar. 
Matias e 
Carrillo , e o desgaste de uma equipa que parecia correr os 100 metros 
na primeira parte, inclinaram o campo na segunda , mas o desacerto era 
generalizado, e até o penalti que deve ter feito Bojinov voltar a sorrir
 demonstraram que esta não era a nossa noite.
No
 final, o peruano acabaria por ser expulso, talvez por ter caído na teia
 de provocações que os irritantes jogadores adversários teceram durante 
todo o jogo. Até o mais santo perderia a paciência com o galopante 
anti-jogo perpetrado pelos sadinos. Por exemplo, perante a bárbara 
agressão sofrida por Capel num contra-ataque,  castigada com amarelo, os
 jogadores sadinos ainda avançaram para os nossos, com as costas quentes
 desde o primeiro minuto e, fico com a convicção, fomos presas fáceis
 para umas velhas e fedorentas raposas e para um trio que ainda se deve 
estar a rir do seu desempenho.
As 
declarações de Sá Pinto também não foram do meu agrado, pois veio 
justificar com o cansaço e a sequência de jogos o fraco rendimento da 
primeira parte. A minha dúvida reside num par de pressupostos. Então, 
logo na semana em que descansaram mais é que se sentiram cansados? Mas, e
 só se sentiram cansados na primeira parte? É que a segunda, pela voz do
 próprio treinador, já foi uma exibição à Sporting. 
Se tivesse havido prolongamento, teria sido ainda melhor, provavelmente!!!

 
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ResponderEliminarObviamente, foi eliminado o comentário do morcão que, pensa (se essa capacidade ainda lhe é permitida) este espaço é destinado a opiniões menos próprias ou dirigidas de modo depreciativo. Aconselho os visitantes que pretendem fazer comentários desprovidos de sentido que poupem o vosso tempo e o teclado, pois serão eliminados logo que possível. Temos visitantes de todas as cores e credos, e que se distinguem pela sua postura e não pela opção clubista. Aos outros, a porta de saída é a mesma da entrada.
EliminarLi e escrevi também como comentário as possíveis conjugações para esta jornada, mas mais uma vez esqueci-me que existe uma força superior que nos coloca no nosso devido lugar... por mero e feliz acaso não vi o jogo, mas as malditas tecnologias não nos largam e assim pude ir acompanhando o jogo... quando pude dei uma vista de olhos nos jornais e percebi logo... não há nada como dar um tiro numa andorinha que se prepara para reiniciar o seu voo... agora estou curioso ver a "guerra" entre o slb e o braga, pois com o fcp não há problema, as amizades são assim... ao braga o que interessa é o 2º lugar... vamos ter um fim de campeonato cheio de "novelas mexicanas"... agora vou retirar-me pois espera-me um polvo à lagareiro... cm
ResponderEliminarCaro cm
EliminarEssa do polvo não é nenhuma alusão ao cefalópode que envolve o futebol, verdade?
se assim for, bom proveito, porque em relação ao futebol, cada vez estou com menos... apetite.
Abç
Tenho andado acompanhar os jogos do Maritimo e o Maritimo é claramente a equipa que jogo o melhor futebol, o mais bonito, mais atractivo e excitante, aquele futebol que todos os Sportinguistas querem, aquele de que o Sá Pinto fala mas não o consegue, vamos lançar um movimento para trazermos o Pedro Martins para Alvalade, força Sporting
ResponderEliminarCaro Rui
EliminarO que o Sporting precisa está, provavelmente, muito para lá de um simples treinador. Domingos também tinha esse epíteto, quando treinava o Braga e mesmo a Académica apresentava um bom futebol, e o Sporting chegou a exibir-se a bom nível mas o virus voltou a atacar. Paulo Sérgio também fez o Guimarães praticar um futebol agradável mas a dinâmica tão própria do nosso clube fez o resto. Aliás, acredito que se Villa Boas tem vindo para o Sporting, teria um desfecho como o que acabou por ter hoje no Chelsea porque, infelizmente, até treinadores medíocres como Vitor Pereira arriscam-se a ser campeões no Porto. Seria uma incógnita o nome de Pedro Martins ao comando da nossa equipa mas, isso do Marítimo jogar de modo positivo não me parece que seja adaptável a todas as outras realidades. Obrigado pelo comentário e SL