sábado, 28 de junho de 2014

Final 4 de hóquei em patins - directo

Tem início hoje a Final 4 do campeonato Nacional de Sub 13 e Sub 17 de hóquei em patins, com a participação das equipas leoninas.
Se a estes escalões juntarmos o de sub 15, o Sporting é uma das 4 equipas, junto com HC Braga, Valongo e benfica, a participar nas fases finais de 3 dos 4 escalões de formação.
Independentemente dos resultados que se vierem a alcançar, este já é um bom sintoma da vitalidade e qualidade do trabalho da secção.

Quem não se puder deslocar ao pavilhão da Mealhada, poderá acompanhar os jogos de hoje na ligação que disponibilizamos.

Meia final - Sub 13

Meia final - Sub 17
HC Braga - Sporting (18 horas) clicar



p.s. Uma vez mais tenho que me penitenciar pelo abandono a que o blog tem estado sujeito, mas a actividade profissional tem-me impedido de actualizar condignamente este espaço.
Os meus pedidos de desculpa.

sábado, 14 de junho de 2014

Ai é?

Numa manobra que lembra os primeiros tempos de Bimbo da Costa à frente dos corruptos, o clube do norte voltou a pescar em Alvalade (de acordo com os jornais) e levou para a equipa B o defesa guineense Braima Candé, agenciado por Catió Baldé.
Ai é?
Não conheço o jovem...não sei se foi dispensado, se foi desviado, se foi aliciado com café com leite, ou se lhe prometeram a parte de cima do beliche.
O que sei é que já o ano passado o clube da fruta, em guerra aberta com o Sporting, levou os juvenis Idreto Cassambú e Morissa Sambá (ou seria Moreto Cassamá e Idrissa Sambú ?) aproveitando o diferendo com o empresário no caso Bruma.

Longe vão os tempos em que aliciaram Futre, mas a aposta nestes jovens ajuda a demonstrar que os métodos são idênticos mas a decadência do Bimbo e dos seus comparsas já é notória.
Claro está que não gosto de ver nada nem ninguém sair para um rival. Não gosto que um jogador, um treinador ou um calhau da Academia sejam apresentados como troféus de guerra...ou como a orelha ou rabo de um touro morto na arena. 
No entanto, o momento deve ser relativizado.

Todos sabemos que o futebol guineense tem dado ao mundo grandes nomes. As grandes estrelas são Sufrim Lopes (que jogou na Naval) ou até Bocunji Cá (que joga em França). 
Qualquer amante do futebol no Bangladesh ou na Ilhas Virgens já terá ouvido falar deles.
Mas também há o fenómeno Yannick Tijoló ou o mais recente reforço da selecção portuguesa, Ederzito. 
Não esquecer Agostinho Cá e Edgar Ié, que foram tirar uma licenciatura em tiki-taka, mas o Cá foi entretanto emprestado ao Girona e fez um jogo.

Ah, e Amido Baldé, uma pérola saída da Academia e que fez 3 jogos a titular no Celtic de Glasgow.
Não sei se estamos a ver fugir as grandes estrelas do futebol mundial do futuro, mas sei é que o Sporting pode sagrar-se campeão de juvenis este fim de semana, depois de ter perdido as duas estrelas guineenses para os corruptos no início desta época desportiva.
Mesmo que tal não aconteça, a equipa sobreviveu a mais um golpe de estado da Guiné.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Marchas de Santo António

A opinião dos sportinguistas converge em muitos temas, mas em tantos outros não há consenso possível.
O aproveitamento da nossa Academia é uma das temáticas que mais divide os adeptos do clube.
Para muitos nunca faz sentido ir às compras quando temos uma despensa cheia.
Para que era necessário Maurício se lá tinhamos Dier?
Para que era necessário Montero se lá tinhamos Betinho?
Para que era necessário Jefferson se lá tinhamos Mika?

Para alguns a nossa despensa é sempre auto-suficiente.
Claro está que, de vez em quando...ou vezes demais, vamos às compras e o produto vem estragado ou passado de prazo.
Nessas ocasiões ainda parece fazer mais sentido a eterna posição dos cépticos, mesmo que os erros de casting aconteçam em todos os clubes do mundo.
É por isso frequente ler opiniões inflamadas quando aparece uma qualquer notícia a dar conta do (alegado) interesse do clube num jogador que não conste na lista dos 3 melhores do mundo.
Os indefectíveis defensores do produto Made in Alcochete vibram com os títulos dos nossos ex-atletas como se estivessem a celebrar um êxito do Sporting.
Já eu, espécie rara e em nítido contraciclo, vibro com os títulos do Sporting. Ponto final.

Vem isto a respeito de algum dos jogadores que têm polvilhado as páginas dos desportivos?
Não.
Tem a ver com a NBA.

Os San António Spurs estão a uma vitória do título de basquetebol norte-americano, depois de mais um passeio no terreno dos ainda campeões Miami Heat.
O basquetebol e os jogadores estado-unidenses são consensualmente considerados os melhores.
Até há alguns anos atrás, os jogadores da NBA não participavam em competições internacionais e o vencedor era considerado campeão do mundo.

Há poucas décadas atrás começaram a aperceber-se que havia vida para lá do seu quintal e, aos poucos, começaram a surgir nomes como Drazen Petrovic, Toni Kukoc, Arvidas Sabonis e outras estrelas europeias que também o foram na aventura americana.
Também o nigeriano Akeem Olajuwon tinha feito história, mas talvez por ser negro e ter sido naturalizado norte-americano era visto como mais um deles.
Dirk Nowitzki, or irmãos Gasol, Steve Nash, Mutombo, Divac, Dragic, Turkoglu, Schrempf são apenas alguns dos muitos que foram povoando a competição, sempre a nível muito elevado.

Os San António Spurs estão a uma vitória do título de basquetebol norte-americano, e num plantel de 15 atletas...8 são estrangeiros.
Na pátria do basquetebol, sem perder o seu ADN, podem perfeitamente apresentar um cinco com Parker (França), Ginobili (Argentina), Belinelli (Itália), Tiago S.(Brasil) e Diaw (França) e, com o contributo de Duncan, Green ou Leonard, serem superiores a uns Miami 100% americanos, onde pontificam Lebron James, Wade ou Bosh.
Alguns indefectíveis da nossa Academia também olham para lá do muro onde se fabricam talentos com a mesma desconfiança de muitos americanos amantes do basquetebol.

Os San António Spurs estão a uma vitória do título de basquetebol norte-americano, mas se os vermelhos de Miami contassem com um trio arbitral composto por Capela, Gomes e Paixão, de nada valeria a nacionalidade ou a qualidade do adversário.


segunda-feira, 9 de junho de 2014

Overdose

Peço desculpa pela publicação.
Juntar na mesma notícia jornal Roscoff, Rui Alves, Bimbo da Costa, Orelhas e partidos políticos é suficiente para apanharmos uma overdose.
Pessoalmente prefiro uma verdose.

A passada semana ficou marcada pelas polémicas declarações de BdC, que suscitaram reacções em catadupa.
Os adeptos corruptos e lamps ficaram indecisos entre o gozo e a incredulidade, mas a verdade é que os indícios de um "acordo" entre os dois clubes para afastar o Sporting do bolo que pretendem dividir são cada vez mais evidentes.

Se o adepto dos azuis Manuel Serrão já tinha apontado nesse sentido, as declarações de Rui Alves ainda são mais preocupantes, pois coloca neste cozinhado pressões vindas das cúpulas partidárias para conseguirem a manutenção do sistema.

Há não muito tempo, António Oliveira disse que se as pessoas soubessem o que se passa no futebol, deixavam de ir aos estádios.
Eu acrescentaria que os adeptos dos dois clubes que contaminaram o futebol português vivem felizes no lodaçal.
Esses não vão deixar de ir ao estádio enquanto a sua equipa ganhar...cheire ou não a trampa.



"Rui Alves, candidato à presidência da Liga , afirmou que nas eleições de quarta-feira vai definir-se a alteração ou a manutenção do "status quo" do futebol português.

"É isso que está em jogo a 11 de junho e é por isso que os maiores partidos políticos portugueses se envolvem nestas eleições. Pelos interesses poderosos que estão em jogo", defendeu o ex-presidente do Nacional, em entrevista à agência Lusa.

Rui Alves sublinhou que os dirigentes que o apoiam têm sofrido "pressões enormíssimas vindas dos estados-maiores dos partidos, protagonizados pelos mais diferentes intérpretes".

"São coias inacreditáveis que eu jamais pensei que pudesse existir num Estado de direito, mas o meu lema é acreditar e vencer, no conforto do voto secreto os dirigentes vão ter que decidir entre a socialização do futebol português ou a manutenção deste estado das coisas", rematou.

O ex-presidente do Nacional apontou o candidato Fernando Seara, ex-presidente da Câmara Municipal de Sintra, que concorre tal como o atual presidente da LPFP, Mário Figueiredo, às eleições, como o da continuidade e recorda a rábula do peão e dos cardeais. "Pela primeira vez, em relação àquilo que eu chamei que eram os dois cardeais (Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira), que estava por trás do peão (Fernando Seara), um deles, que joga sempre ao póquer nas eleições, para a opinião pública, não pode dizer que esteve do outro lado. É falso", referiu.

Benfica e FC Porto, de acordo com Rui Alves, "querem a manutenção deste sistema, que é uma espécie de Telexfree [empresa acusada de fraude financeira com base num esquema de pirâmide ou bolha] do futebol em que eles os dois ganham e todos os outros perdem", rematando: "E têm estado sempre juntos".

Aliás, Rui Alves considerou que a eleição de Mário Figueiredo, para substituir Fernando Gomes na LPFP, ficou a dever-se a "uma distração na organização das candidaturas", que permitiu que vencesse "o candidato do povo".

Ao atual presidente da LPFP, o dirigente madeirense elogiou a rutura "positiva" para a centralização dos direitos televisivos, mas contestou a "perversão" da não descida de divisão, que considerou inaceitável.

"Infelizmente, Mário Figueiredo deixou-se enredar, por não ter sido o candidato de todo este lóbi, que suporta a lógica do Telexfree no futebol profissional", salientou.

Rui Alves recorreu à sua experiência no dirigismo desportivo, com uma "gestão exemplar" no Nacional, para se distinguir de Mário Figueiredo, que "não acrescentou nada porque não tinha conhecimento", e de Seara, a quem não reconhece capacidade de liderança. "Um homem de comentário, não um líder, que se predispôs a ser peão da estratégia de manutenção do atual sistema", adiantou, assinalando que o "dado novo que é o facto de Benfica e FC Porto apoiarem o mesmo candidato [Fernando Seara]".

Na sexta-feira, a LPFP anunciou que foram apresentados quatro dossiês de candidatura, dois em nome de Fernando Seara, um de Rui Alves e outro de Mário Figueiredo. A "regularidade das listas e a elegibilidade dos candidatos" para as eleições de quarta-feira vai ser anunciada na segunda-feira, de acordo com o comunicado da LPFP."

By Roscoff

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Trampa

A generalidade dos amantes do futebol não apreciou a figura de estilo utilizada pelo presidente do Sporting para caracterizar o futebol português.
Até alguns sportinguistas mais sensíveis não se identificaram com o vocabulário ontem utilizado por BdC.
Gostaram do conteúdo da prenda mas não do embrulho, por assim dizer.

Realmente, trampa é um termo demasiado forte para designar o nosso futebol.
Cocó talvez fosse o mais adequado, e já receberia o aval da totalidade dos adeptos leoninos.

"O futebol funciona como um buraquinho, que tem duas badanas que se enfrentam uma à outra 'eu sou melhor do que tu'. Aquilo ou funciona ou sai cocó e vento mal cheiroso."
Acho que a parte do vento mal cheiroso não incomoda.
Mas, por outro lado, trampa assenta que nem uma luva.
É um vocábulo que caiu em desuso, mas que em Espanha utiliza-se com frequência.
No outro lado da fronteira, trampa é uma armadilha, um engano...uma mentira.
Tramposo é uma pessoa desonesta que vive a aplicar golpes e a enganar os outros. 
É um batoteiro.

Parece-me, então, que trampa define integralmente o futebol português.
Os espanhóis diriam também, sem complexos, que o nosso futebol "es una mierda".