segunda-feira, 30 de abril de 2012

Sporting 2 Polga 1


As ressacas de jogos europeus  transformam-se, tantas vezes, em autênticos pesadelos.
Ainda ontem pudemos assistir à derrota do eufórico Bilbao, com um dos últimos classificados do seu campeonato e, hoje, o Sporting despertou do pesadelo de 5ª feira com uma exibição sofrível mas com um resultado que sabe a mel.
Hoje nada mais interessava que a vitória, mesmo que todos desejássemos um reencontro perfeito perante os adeptos, mas há contingências da competição que se sobrepõem ao interesse colectivo.
Alguns momentos da 2ª parte fizeram-me acreditar que seria possível uma primeira parte longe da mediocridade apresentada, mas como as contas fazem-se no fim, e um jogo analisa-se pela totalidade do tempo jogado, vou arquivar essa primeira parte na zona do meu cérebro que está inactiva.
Assim, como acabei de a arquivar, excepção feita ao excelente golo de Carrillo que é possível visionar no Youtube, cinjo-me aos 45 minutos finais, disputados com algum sofrimento, muita entrega, alguma ingenuidade e pormenores que permitiram dar a volta a um cenário complicado.
A entrada de André Martins foi, a meu ver, decisiva, e o clique que era necessário para passarmos a dominar o jogo. O pequeno jogador encheu, literalmente, o campo.
As transições ofensivas só começaram a ocorrer com alguma objectividade a partir desse momento, e quase estou tentado a considerá-lo o homem do jogo, mau grado o golo (que vi no Youtube), alguns desequilíbrios  e a bola na barra de Carrillo.
Pereirinha, mesmo que tenha tido um ou outro momento em que não foi perdoado pelo público, apresentou-se a um nível muito superior a J.Pereira, e nessa substituição também esteve a chave para inclinar o campo para o lado academista.
Apesar de gostar de destacar os jogadores que mais sobressaem da manobra colectiva, devo dizer que hoje, excepção feita a Pereirinha, achei a totalidade da defesa a um nível muito baixo, e não fosse termos defrontado o pior ataque do campeonato e poderíamos estar a lamentar-nos da nossa sorte.
Polga contribuiu para que a Académica se destacasse do grupo das equipas com 23 golos, ainda tentou fazer dois penalties mas hoje não estava para aí virado e Onyewu, mesmo a uma rotação muito mais baixa, não conseguiu discernir alguns dos lances de maior perigo, e teimou em complicar situações de fácil execução. Insua, tão só, estava sem pilhas.
Esperemos que na próxima semana, sejam quem forem os escolhidos para abrilhantar a festa do título, se apresentem à imagem desta última parte da época, e retornem a Alvalade com fundadas esperanças de conquistar o 3º lugar, ainda há 4 jornadas atrás uma autêntica miragem.
Não o fazer significa participar, como convidados, a duas festas de consagração, sendo uma delas em Alvalade.
Nota de destaque, para não variar, vai para alguns comentários dos senhores que se escondem atrás dos microfones.
É quase surreal, a meio da primeira parte, um comentador dizer que..."Izmailov tem andado desaparecido do jogo. Ainda mal tocou na bola!!."
Era visível, aos olhos de todo o Portugal e arredores, que Izmailov não estava em campo, e que nem sequer se sentava no banco de suplentes.
Perante esta perspectiva, só mesmo se tivesse sido chutada uma bola para a bancada é que Marat poderia ter tocado na chicha. 
Estes é que não merecem o pão que comem!!



Favas contadas


Faltam duas jornadas para o final do campeonato, e as contas do Sporting são fáceis de fazer, mas muito difíceis de concretizar, isto se a U.Leiria não sucumbir ao seu próprio funeral ou a incentivos para fazer o enterro.
Centrando-me exclusivamente na contabilidade leonina, não deixo de achar curioso que, uma vez mais, alguns jornais ou jornalistas sejam tão displicentes na apreciação da conjuntura futura.
Hoje pode-se ler que "os leões de Ricardo Sá Pinto passaram a ter a matemática do seu lado, no que concerne às contas do último lugar de acesso às pré-eliminatórias da Liga dos Campeões".
Esta frase é em tudo idêntica às tão comuns, também feitas por treinadores e jogadores, de que "dependemos só de nós!!".
Não quero ser eu a vergar-me aos números, ou ser refém do pessimismo mas, se dependemos somente da matemática, da calculadora ou do ábaco, o que dirão os apaniguados do Braga?
É que nós temos que vencer no Dragão e derrotar o Braga por mais de dois golos, enquanto os bracarenses "só" têm que despachar o tranquilo Beira Mar e evitar uma derrota por dois (ou mais golos), algo que nenhuma equipa  foi capaz de fazer esta época, frente aos minhotos.
Mais que as derrotas do Braga frente a Benfica e Porto, o empate em Paços de Ferreira e a derrota caseira com o Olhanense relançaram a luta pelo 3º lugar e permitiram acreditar que mais resultados anormais possam acontecer mas, colocar-nos na pole position em termos de favoritismo a esse posto, só na cabeça de algum visionário ou  de um distraído.
O que convém, acima de tudo, é não deixar de focar o jogo de hoje com a Académica e, findo este, voltar a pegar na calculadora.


p.s. Após um reparo feito por um leitor e uma consulta aos critérios de desempate, faço a rectificação de que ao Sporting "basta" vencer por 1-0 o Braga, desde que chegue a esse jogo com 3 pontos de diferença.

(Artigo 13.º Regulamento das Competições Organizadas pela LPFP)
a. Número de pontos alcançados pelos clubes empatados, no jogo ou jogos que entre si realizaram;

b. Maior diferença entre o número de golos marcados e o número de golos sofridos pelos clubes empatados, nos jogos que realizaram entre si;

c. Maior número de golos marcados no campo do adversário, nos jogos que realizaram entre si;

d. Maior diferença entre o número dos golos marcados e o número de golos sofridos pelos clubes nos jogos realizados em toda a competição;

e. Maior número de vitórias em toda a competição;

f. Maior número de golos marcados em toda a competição

domingo, 29 de abril de 2012

Não há cá démica


É evidente a discrepância de relacionamento entre os mais diversos clubes e o Sporting, em oposição aos nossos rivais.
As mais recentes investidas do Nacional ou do Marítimo mais não são que a exteriorização de sentimentos que, muitas vezes, propagam-se aos seus adeptos.
Não me recordo de muitos clubes que tenham relações privilegiadas com o Sporting, como o próprio Nacional ou o V.Setúbal têm com o Porto ou como o Guimarães ou Leiria têm com o Benfica, só para dar alguns exemplos.
Muitas vezes somos críticos relativamente a negócios que os nossos dirigentes fazem, ou deixam de fazer com clubes do nosso campeonato, mas o certo é que estes não nos respeitam enquanto instituição ou, ao invés, estão demasiado submissos, relativamente aos interesses com os clubes que os acolheram por debaixo da sua asa protectora.
Basta recordar os recentes negócios do Porto com o Nacional, ou a recusa destes em antecipar o jogo do campeonato, por forma a preparar a nossa participação europeia, para constatar esta realidade.
Há clubes pelos quais nutro alguma simpatia (quando não jogam contra o nosso clube), nunca pondo em causa a hierarquia de sentimentos, no qual o Sporting ocupa o único lugar disponível.
Contudo, certas atitudes dos seus dirigentes ou até de adeptos ficam gravados ad eternum na minha memória, e já podem chover calhaus que não alterará a minha mágoa.
Mesmo tendo trabalhado na cidade dos estudantes e residindo há largos anos na zona de Coimbra, o certo é que a Académica nunca me tocou particularmente.
Reconheço em muitos dos seus adeptos a característica que marca a maioria dos adeptos dos clubes, fora do âmbito dos 3 grandes. Quase todos sofrem por Sporting, Porto ou Benfica, em paralelo com a sua Académica. Não vem mal nenhum ao mundo, porque inclusivamente há quem coloque a briosa por cima do seu grande de estimação, mas pelos vistos há quem fique ofendido com isso.
Este assunto ser-me-ia completamente indiferente se não tivesse reparado num artigo colocado num blogue, em que o Sporting é desrespeitado e vilipendiado.
Nunca me passou pela ideia fazer uma crónica aludindo um clube que me é completamente indiferente mas que, a partir de agora, desejarei que tenham um futuro da cor que os representa.
Muito menos me passou pela cabeça fazer publicidade a um blogue que trata o Sporting e os seus adeptos abaixo do exigível, pelo que nem irei referir a origem de tais textos, apesar de ser do conhecimento de muitos.
Este post surge na sequência do meu comentário nesse espaço que, estranhamente, ou talvez não, nunca foi publicado, apesar de muitos serem os protestos de sportinguistas naquela página.
Nem sequer me dei ao trabalho de fazer considerações relativas ao facto de chamarem os outros grandes pelo nome, enquanto ao Sporting é arranjado uma panóplia de diminutivos, mas isso são detalhes.
Já agora, esta crónica poderá não representar todos os sócios do Núcleo da Carapinheira, alguns deles academistas convictos.

O infeliz chorrilho de asneiras, e alguns comentários, rezam o seguinte:

Da Académica é apenas quem é 100% da Académica, e esta é a nossa Final!
Temos orgulho na nossa cor, e por isso queremos um sector 100% negro no dia 20 de Maio.
Misturas de cores farão de nós um clube pequeno qualquer, mas é a nossa Académica, a cor de 1969, que estará no Jamor.
Para manter a nossa tradição, EU VOU evitar que qualquer bilhete da Ac.Coimbra vá parar às mãos de qualquer adepto do Sp.Lisboa ou bi-color. No nosso sector, NÃO SERÃO ACEITES TRAIDORES!!!
O nosso adversário nesse dia será o zbording de lisboa, um clube pseudo-grande da freguesia de alvalade que nos ultimos 30 anos ganhou tanto quanto o Boavista, foi ultrapassado pelo Braga e maior que a Briosa só tem a ajuda da imprensa Lisboeta e dos homens do apito (que tanto adoram corromper).. tudo isto na sequência de uma suposta crise que dura há tanto tempo quanto a vida inteira da maioria dos seus adeptos!!!
Nunca é demais lembrar que o Sporting Lisboa copiou o nome ao Sporting Gijon (fundado 1 ano antes), as cores ao Celtic de Glasgow (fundado 19 anos antes) e o símbolo ao Aston Villa (fundado 32 anos antes).
Os adeptos desse clube, que idolatram animais africanos e as cores dos católicos Celtic de Glasgow, na sua grande maioria, nunca puseram os pés no estádio da sua equipa e só estão presentes nos momentos de festa. Não sabem o que é sentir um amor incondicional por um clube como muitos de nós. São simples membros de um rebanho sem personalidade que tem de ficar na bancada oposta à Briosa.
Aos que dizem ter simpatia pela Académica e Sp.Lisboa simultaneamente...faz sentido apoiar o benfica e porto, que lutam pelo mesmo título ao mesmo tempo? Não. Então nem tentem misturar o Orgulho de ser Diferente e Especial, da Académica, com ser membro de um rebanho banal
...
Ficou-se também ontem a saber que o Nacional da Madeira vai apresentar uma participação disciplinar na FPF contra o zbording de lisboa por considerar que estes não tem legitimidade para estar presentes na final da taça assumindo ainda a hipótese, caso a decisão não seja tomada rapidamente Rui Alves disse ainda colocar a hipótese de avançar com uma providência cautelar para impedir a realização da final da Taça de Portugal.

Comentários:
João António disse...
Quem entra neste blogue deve antes de mais saber que temos todo o Orgulho de sermos 100% da Briosa, e acima de tudo de não pertencer a 1 dos 3 rebanhos Estarolas. benfica, porto, sportim, é tudo merda igual.
A nossa equipa não é ganhadora, mas não somos pseudo-adeptos de vitórias...somos apenas adeptos de um clube que é nosso e não "o-clube-dos-outros-todos". NÃO É DE GRANDEZA QUE SE TRATA. Nós não precisamos de encobrir nenhuma pequenez pessoal, e o facto de serem FALHADOS, apoiando uma equipa 'grande' que supostamente seria vitoriosa. Grande parte de 90% da população Tuga é induzida a fazer isso, mas o facto de serem todos iguais uns aos outros não os fazem maiores, e muito menos especiais.
Tudo o que aqui alertamos é para os que foram levados pela sociedade tri-neurónica e pela imprensa Lisboeta a apoiar o pseudo-grande de Lisboa abrirem os olhos para quem é verdadeiramente o nosso adversário na Final. Quem ri por último, ri melhor. Mas para nós, rir, basta observar os que apenas vêem à frente o olho do cú da ovelha da frente.
Lagartos = Patos disse...
A nossa Briosa pode não ganhar nada há 70 anos mas nós não fomos enganados! Porque Nós próprios é que escolhemos ser deste clube que não é ganhador, por motivos que os Estarolas não têm capacidade mental para entender!...
Não nos deram a escolher entre apenas 3, e muito menos nos induziram a apoiar o Zborting de Lisboa, que seria um grande ganhador mas afinal nunca ganha nada do que prometeram... esses inúmeros tristes é que se devem sentir bastante ENGANADOS!
João António disse...

Os zportingistas que não são de Lisboa, aqueles a quem os Lisboetas (zportingistas ou não) chamam de Provincianos, não escolheram o clube, o clube foi-lhes impingido pela sociedade, seja por pais tios ou afins, seja pela imprensa Lisboeta. A sua liberdade de escolha foi afinal à partida limitada a 3 clubes. É como colocar alguém dentro de uma prisão e dizer que é 'Livre' pois pode escolher a cama de cima ou de baixo do beliche.
Esses adeptos 'Provincianos' (usando a expressão dos seus ídolos Lisboetas) foram levados a apoiar o Zportem por supostamente ser um grande. Obviamente que continuam a existir nos dias de hoje... Basta ver que apesar de irem para mais uma década sem título e estarem num vergonhoso (para o seu orçamento) 4º lugar, continuam a ter a publicidade massiva, diária, em toda a imprensa Lisboeta que se proclama de nacional! Não é preciso estudar Marketing para saber o efeito disso.
Agora esses adeptos, que só à posteriori de terem sido feitos adeptos de 1 Estarola é que tentam encontrar justificações para o ser (e vão inclusive buscar títulos de atletismo e badminton), obviamente que (além do facto de não ganharem títulos) não têm nada em comum com os adeptos do V.Setúbal, Braga, V.Guimarães, Boavista ou Académica, que apoiam um clube genuinamente.
E muitos dos adeptos destes clubes 'pequenos' quando eram crianças também foram feitos de 1 dos 3 estarolas, mas entretanto cresceram, ganharam a inteligência e não tiveram vergonha de mudar.
Falta de personalidade não é mudar de clube, é manter-se agarrado aquilo que os outros lhe impingiram.
Anónimo disse...
Eu sou da AAC e vivo em Lx. Os sportinguistas são uma espécie em vias de extinção em Lisboa. 90% do povo de Lx é do Benfica. Mas tb digo uma coisa, se eu fosse de Lx de certeza que não era do benfas... Os gajos são insuportáveis (os do SCP também, mas como são bem menos consegue-se tolerar melhor). Os do SCP que estão a gladiar-se por a AAC estar quase nos lugares de descida, que não falem mto, que o SCP ainda toma o lugar da Briosa na segunda divisão...

O meu comentário, que não foi publicado, era simples e conciso:

Pese o facto de dar o devido desconto a um artigo tão patético, provavelmente escrito por algum jovem imberbe, não resisti a vir aqui rir-me um pouco com ele, bem como com alguns comentários.
Claro está que o futebol e as suas paixões empurram alguns para apreciações a roçar a irracionalidade mas, quando se está a escrever, dá algum tempo para pensar e repensar, antes de publicar o chorrilho de asneiras.
Quando li aquele azedume todo, a primeira coisa que me veio à ideia era a de um benfiquista frustrado com os últimos resultados da sua equipa. Ora, a acreditar no autor, e no seu suposto clubismo, então deixa de fazer muito sentido.
Já foi referido em alguns comentários que o post está repleto de inverdades, mas para lá de algumas que já foram identificadas, gostaria de dizer que denota grande desconhecimento da história do clube, ao referir determinados pormenores.
O facto das camisolas serem listadas é do conhecimento público, mas pelos vistos ainda não chegou a Coimbra. Toda a gente com um mínimo de cultura geral ou futebolística sabe que a camisola Stromp era o equipamento oficial, e que numa digressão ao Brasil foram pedidos os equipamentos ao râguebi (que como deve saber costumam ter equipamentos listados) por serem de um material mais fresco. Como a jornada correu bem, a partir dessa data ficou a camisola às riscas como equipamento principal.
Quanto ao leão, realmente estou mesmo a ver, em 1906, os fundadores do clube discutir qual dos símbolos iriam copiar. O leão do Aston Villa, o leão do Bilbao, do Chelsea…ou talvez do Marítimo, que só por acaso ainda não tinha sido fundado mas que provavelmente já tinha registado o símbolo na Conservatória.
Eles ainda tentaram encontrar na net um símbolo menos usado, mas o facto desta ainda não ter sido inventada pesou negativamente, mas por unanimidade foi escolhido imitar um desses.
Já agora, chamar Sporting de Lisboa tem a nítida intenção de ofender os seus apoiantes. No entanto, mesmo que o clube se chame, com orgulho, Sporting Clube de Portugal, o facto é que é reconhecido internacionalmente como Sporting de Lisboa, ou Sporting Lisbon. Exacto, leu bem, internacionalmente, porque isso se deve ao facto de ser conhecido, reconhecido e respeitado, ao contrário da agremiação do Calhabé, que se formos comprar rebuçados a Badajoz já ninguém sabe o que isso é.
O Sporting tem, ao contrário do que reza o post e alguns comentários ainda mais acéfalos , apoiantes , adeptos e até sócios nos 4 cantos do mundo, e isso é outro  motivo de grande orgulho para nós, ao invés do que tentam demonstrar.
Espero que um dia o Sporting possa chegar ao nível de um Manchester , Madrid ou Barça, que tem adeptos incondicionais nos mais recônditos locais do mundo, e além do mais estão a salvo de mentalidades tão tacanhas como as de quem escreveu estas linhas, e os seus defensores.
Dá-me um grande gozo ver, ler… por exemplo, que um adepto polaco sofre pelo Sporting  a 3000 km de distância, sem nunca ter posto os pés em Portugal. Actualmente, esse polaco já tem outros amigos que sofrem pelo Sporting…e eu tão orgulhoso.
Que se grite golo do Sporting, não só desde o Algarve até Trás-os-Montes mas também em Angola, Moçambique, São Paulo ou New Jersey enche-me de satisfação.
Temos Núcleos, filiais e delegações nos 5 continentes, como por exemplo o Núcleo de Goa na Ásia, o de Sidney na Oceania bem como mais umas dezenas na América, África e Europa.
Pela visão absurda e retrograda do autor do post e um ou outro comentário tal não seria possível, pois os habitantes desses recônditos locais teriam que ser adeptos dos Crocodilos de Sidney  F.C. ou pelos Elefantes Goeses Desportivo Clube, por exemplo.
Aliás, tendo eu já sido morador em Coimbra, e conhecedor da realidade local, gostaria de apelar a uma pequena reflexão, mesmo que seja complicada, por motivos óbvios.
Se, como proclama, os adeptos de Coimbra deveriam só puxar pela Académica, então presumo que os milhares de estudantes que passaram pela Universidade e que, por portas travessas, também se tornaram simpatizantes do Atlético do Calhabé, deveriam ser proibidos de o fazer. 
Nem pensar nisso. Deviam ser adeptos do clube da sua terra, por decreto.
Eu calculo que no caso que aponto, não houve qualquer coacção, nem ditadura, nem fenómeno de massas que os levou a apoiar o clube de Coimbra, mas é curioso verificar que no caso de acolher adeptos doutras regiões…já vale.
Aliás, até acho que os de Coimbra nem sequer deviam poder casar-se com mulheres de fora (ou homens, conforme o seu género), mas sim com alguém da freguesia a que pertencem ou, na pior das hipóteses, uma freguesia de distância. É que isto de cruzamentos de academistas com outros credos pode gerar seres estranhos.
Já agora, fazer compras só no Continente, Makro e Pingo Doce…e nem pensar em ir a Leiria ou Aveiro fazê-lo, pois isso é contra-natura.

Tenho dito!!

sábado, 28 de abril de 2012

1,2,3...picadora Moulinex


Como não há duas sem três, o andebol do Sporting imitou o futebol e o futsal, na eliminatória europeia que hoje disputou.
Se nos tempos mais recentes, as expectativas relativamente a estas participações eram elevadas, e enchiam de novo de orgulho todos os adeptos que se revêem no ecletismo do clube, o certo é que a esperança de enriquecimento do nosso museu  foi-se desvanecendo, dia após dia. 
Foram 3 meias-finais europeias em 3 dias, foram 3 desilusões, quase sem tempo para as digerir.
Era possível qualquer dos cenários, desde a presença das 3 equipas nas  respectivas finais, até a eliminação de todas elas, passando até por um quadro intermédio de sucesso, mas foi o pior dos cenários possíveis o que se concretizou.
A picadora europeia Moulinex encarregou-se de reduzir os nossos sonhos europeus a uma amálgama de sentimentos, em 3 tempos. 
Se à partida era no futsal onde menos esperanças depositava, dada a diferença de valores que, em campo, se vieram a confirmar, o frustrante resultado de San Mamés acabou por depositar no duelo com o Barcelona as esperanças goradas na véspera. No entanto a lógica acabou por imperar, bem como hoje, na meia final da Taça Challenge, o "azar" ou a "sina" só vieram confirmar que aquela equipa não está talhada para grandes sucessos.
Esta análise pode parecer demasiado redutora, mas o facto é que, se exceptuarmos o grande êxito que constituiu a vitória nesta mesma competição, em 2010, e a Taça de Portugal deste ano, o percurso desta secção tem sido de mais baixos que altos, algo que não se coaduna com a nossa história.
Hoje mesmo o Porto sagrou-se de novo campeão nacional, e empatou a 17 os títulos conquistados, depois da nossa larga travessia num deserto de títulos e na hegemonia nortenha, tal como tem acontecido noutras modalidades de pavilhão, já que o futebol é aquilo que todos sabemos.
Não quero especular sobre a valia dos nossos jogadores, nem que esta equipa suíça estava perfeitamente ao nosso alcance. Empatar no computo geral da eliminatória mas ser eliminado por golos marcados fora é indiferente, pois é tão só uma fórmula de desempate, da qual beneficiámos nos 1/8 de final.
Devíamos era reflectir sobre a equipa que se apresentou sem soluções durante 50 minutos na 1ª mão, e que permitiu uma vantagem confortável ao adversário.
Devíamos era reflectir sobre a incapacidade de jogar em ataque organizado, desde há vários anos a esta parte, com confrangedora capacidade de meia distância.
Mesmo com todas estas lacunas, estivemos a poucos segundos de voltar a disputar uma final, onde partiríamos como claros favoritos, pois esta terá sido, em meu entender, a final antecipada.
Ricardo Tomás, vogal do Conselho Directivo do Sporting com o pelouro das modalidades, no final do encontro com o Wacker Thun, disse: “É um sentimento de profunda tristeza, porque facilmente se conclui, pelo que viu nos dois jogos, que a equipa do Sporting é superior e se calhar elementos exteriores ao jogo levaram a que o resultado não fosse outro."
Pois mesmo que lhe reconheça razão, era por demais evidente que isso iria acontecer, e mais incompreensível foi terem dado 50 minutos de avanço no Casal Vistoso.
Numa luta fratricida, o andebol sobreviveu no clube, num referendo que enviou para o purgatório o então campeão nacional de basquetebol. Este vai felizmente regressar com as nossas cores, assim como o râguebi, e o hóquei em patins está a um pequeno passo do seu regresso à primeira divisão, mas o meu sonho é o que todas essas modalidades se apresentem com projectos vencedores.
Esse sim é o verdadeiro Sporting.

Wacker Thun-Sporting e Porto-Sporting (directo)


Hoje joga-se a última cartada europeia da época para as nossas cores, depois das desilusões dos juniores de Sá Pinto na NextGen Series, dos novos comandados de Sá Pinto na Europa League e dos comandados de Orlando Duarte no futsal. 
Há uma semana atrás tinha fundadas esperanças na competição maior, tanto em termo de prestígio como de encaixe financeiro, mas a visita a Bilbao marcou o início da queda das peças de dominó.
A competição de futsal, mesmo sendo a maior e mais valiosa neste desporto, é contudo menos cotada quando comparada com as suas congéneres de relva, mas não é por isso que desdenharia uma grande fase final da nossa equipa.
Tal não foi viável, e no jogo das meias-finais estivemos muito longe de, sequer, achar possível outro resultado que não a derrota.
Agora que foi perdida a UEFA Futsal Cup,tal como já tinha acontecido com  a Taça de Portugal e a Supertaça,  resta lutar pelo campeonato, único troféu que permite salvar a época da secção e reabrir as portas para a competição europeia correspondente.
Este blogue tem, naturalmente (ou não fosse dedicado a um clube que tem adeptos nos 4 cantos do mundo) habituais leitores da Suíça. Não sei se a alguns desses leitores é possível deslocar-se a Thun, mas não podia deixar de fazer aqui o apelo aos nossos adeptos para que se desloquem em grande número ao Sporthalle Lachen para apoiar a nossa equipa, e deste modo ajudar a minorar o factor casa.
Antevê-se um jogo muito complicado, e a meio da segunda parte do jogo da 1ª mão consideraria mesmo a que menores hipóteses teria de garantir uma final, por detrás do futebol e futsal.
Depois, não só inverteu os péssimos primeiros 50 minutos de jogo, como se apresenta em Thun com possibilidades de avançar para a final da competição e deste modo vingar, ou minorar as duas decepções da véspera.
Se tal não acontecer, como é perfeitamente passível de acontecer, é guardar a viola no saco e apontar baterias a outro ano, porque o que restará de época serve só para defender a honra e a história da secção.

Muita sorte, campeões!!!

Jogo de andebol do Sporting em directo (clica aqui) ou (aqui) a partir das 16.00 horas.





Também a nível interno se joga um campeonato com tradição para os sportinguistas, mas que também está complicado, como quase sempre para as nossas cores.
Nada nos é oferecido, e quando é conquistado é com muito sacrifício e sofrimento.
Os juniores jogam hoje no Olival, e como é sabido não depende só de nós a conquista do título, mesmo vencendo fora de portas ao Porto.
Quando faltam apenas 3 jornadas para o término da competição, aos comandados de Abel Ferreira (os treinadores passam sempre a ter dois nomes, por isso temos que deixar-nos de intimidades e tratar o senhor de outra maneira) não lhes basta vencer na deslocação ao Porto, bem como na ida à Choupana e na recepção ao Guimarães. Terá também que esperar por uma escorregadela do Benfica, actual líder e que já nos fez o favor na última jornada, mas na qual demonstrámos que a irregularidade desta equipa não permite sensações positivas nem grandes anseios futuros.
A seguir com atenção, para quem preterir o andebol.

Boa sorte, miúdos!!!



sexta-feira, 27 de abril de 2012

Pichota e os seus pendrucalhos


Hoje há futsal.
Capítulo 2 do duelo luso-"espanhol", mas com baixas expectativas quanto à inversão do resultado final, relativamente ao que ontem aconteceu.
Não bastasse a diferença entre as duas equipas, ainda teremos pela frente, de novo, um ambiente hostil com perto de 8 mil catalães a puxar pela sua equipa e, provavelmente, uma equipa de arbitragem que quererá fazer o favor à UEFA por os ter nomeado para este fim-de-semana inesquecível.
A época passada escapou-nos de forma inglória a conquista do troféu, e esse era o nosso ano. 
Este que hoje se começa a disputar não me parece que esteja ao nosso alcance, mas acredito que a equipa dê tudo o que tem para inverter a superioridade catalã, alicerçada em vários campeões do mundo, tanto pela Espanha (Torras e Rodriguez ) como pelo Brasil (Gabriel, Ari e Wilde).
A equipa do Sporting continua a ser bastante competitiva mas o certo é que continua, desde a saída de Cardinal, a ter um fraco rendimento ofensivo, e a provável ausência de João Matos, por lesão, também poderá pesar no rendimento defensivo, perante tão virtuosos jogadores.
Aliás, em termos de ausências, teremos ainda a de Buiu, por lesão, e de Deo, por castigo, sendo que se Alex e o próprio João Matos virem hoje um amarelo não poderão jogar no Domingo para o 3º e 4º lugares ou para o jogo do título.
Do lado do Barcelona, não há nenhuma ausência nem nenhum jogador está em risco para o jogo de Domingo.
Neste ciclo de meias-finais de jogos europeus em diversas modalidades, estes foram curiosamente agendados  por ordem de grandeza, ou relativa importância.
Se no primeiro duelo contra bascos o castigo foi demasiado pesado, pela força da equipa adversária e do homem do apito, o jogo de hoje terá outra região que proclama a sua autonomia como pano de fundo, e desta vez a UEFA enviou 4 árbitros de países insuspeitos para assegurar a isenção na competição.
Do quarteto formado por Oleg Ivanov  (Ucrânia), Gábor Kovács (Hungria), Borut Šivic (Eslovénia) e Bogdan Sorescu (Roménia), sairá a dupla que ajuizará as incidências de logo à noite.
Até pode ser que me engane, e espero bem que estes sujeitos me contradigam mas, é por demais conhecida, nas mais variadas modalidades, a propensão que os homens de leste têm para se deixar manobrar.
Mesmo que as 4 potências europeias da modalidade estejam representadas pelos seus campeões nesta final four e, deste modo, haja o impedimento de árbitros desses países, parece-me estranho não haver nenhum árbitro de um país com menos tradição futsalista, mas mais auto-estima.
Bem, por esta ordem de ideias, Atkinson não teria sido protagonista no jogo de ontem, mas o pai pode ser do Azerbeijão ou a avó do Uzbequistão.
Amanhã é a vez do andebol, mas a seu tempo farei a antevisão.
O que me anima é que os árbitros são Bartosz Leszczynski e  Marcin Piechota, dois polacos que, como se sabe, são os habitantes da Polónia.
Ora, a Polónia não é de perto nem de longe um país de leste, se tivermos como ponto de referência a China. Para os chineses, todos nós devemos ser ocidentais.
Caramba, isto cada vez está mais parecido com o Festival da Eurovisão, com o contingente de leste a dominar os acontecimentos.
Só espero não ter de mandá-los para a ...Piechota,sua mãe.

Para quem tiver coragem para ver como se portam os nossos bravos campeões, pode seguir o jogo aqui (clicar) ou aqui (clicar) ,a partir das 20 horas.

O fantasma...da derrota


Eu sei que ganhar e perder é desporto.
Sei também que são de louvar todas as manifestações de fair play, e ainda têm mais significado quando podem criar laços futuros de bom relacionamento entre dois clubes que partilham um símbolo e, em certa medida, uma identidade.
É tocante ver o vermelho, tantas vezes odiado, em plena harmonia com o verde das nossas camisolas, antes durante e depois de um jogo.
Esta simbiose teve como ponto de partida o gesto das claques, em Alvalade, onde homenagearam Iñigo Cabacas, adepto do Athletic morto por uma bala perdida da Ertzaintza, a polícia basca.
É de saudar a homenagem que centenas de sócios e adeptos prestaram à equipa no seu triste regresso a casa, num momento tão delicado.
Apesar de todo este altruísmo, eu queria era ganhar.
Sou incapaz de ficar com um sorriso no rosto pensado na beleza do desporto, quando perdemos uma eliminatória tão importante.
Sou incapaz de dormir bem, quando um árbitro, muito mais que a fraca exibição da equipa na segunda parte, deu de mão beijada uma final europeia aos apaniguados de Angel Maria Villar.
As 500 faltas ofensivas assinaladas a Wolfswinkel, Carriço, Capel, impediram o Sporting de se espairar no campo, sequer de chegar à área adversária. Em oposição a este rigoroso critério está o lance que originou o 1º golo basco, mas sobre Atkinson deve ter pairado o espírito de Villar, que queria os nossos amigos bascos na final.
Às entradas vigorosas, por vezes até maldosas dos nossos grandes amigos, Atkinson brindou Carriço com um amarelo por ganhar uma bola, pelo ar.
Não, não esvoaçam borboletas, nem arco-íris rasgam os céus, quando penso em San Mamés e na pressão que colocaram sobre o árbitro e sobre as suas decisões, mesmo que estivessem a fazer a sua obrigação.
Não, não vou torcer por bascos, nem madrilenos, porque quando se trata de futebol, só quero que haja um vencedor, e esse não pôde lá estar.
Também eu, podem crer, aplaudiria de pé os adeptos do Athletic após um jogo épico, se estivesse com os dois pés em Bucareste, mesmo se soubesse que um fantasma tinha pairado sobre o estádio. 

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Parabéns, Atkinson


Acabou o sonho. 
Talvez nunca tenha passado disso mesmo, a julgar pela vergonhosa arbitragem que, convenhamos, já esperava.
O Sporting esteve longe do seu melhor. Esteve, aliás, perto do pior Sporting da era Sá Pinto mas, tudo o que se possa escrever fica condicionado por um árbitro que Villar deve ter sabido orquestrar.
Um primeiro golo basco, na sequência de um lance precedido de falta e respectivo cartão vermelho, é o que vai ficar para minha memória futura.
Notou-se em demasia, tal como também tinha perspectivado, a ausência de Izmailov, mas o homem de preto tratou de desequilibrar ainda mais o que já se afigurava complicado.
Sá Pinto disse, há segundos, que já sabiam que o árbitro inglês iria permitir os contactos, mas pelos vistos só viu, consecutiva e irritantemente, os nossos. As agressões passaram incólumes, às entradas dos espanhóis era feita vista grossa mas só Wolsfwinkel deve ter feito mais faltas ofensivas que toda a equipa adversária. Curioso que num lance em tudo idêntico, já perto do final do jogo, Llorente usou o corpo, como em todo o jogo, para ficar com a posse de bola mas a regra mudou nesse preciso momento.
A equipa, em suma, mostrou-se demasiado cansada, para quem tinha descansado no último fim de semana, e eu também estou muito cansado para comentar a nossa sina e a nossa pequenez, diante dos interesses que continuam a afastar-nos de grandes êxitos.
Esta crónica envergonhada mereceria uns quantos adjectivos a qualificar alguns agentes desportivos, mas vou resistir à ofensa fácil e seguir a linha que orienta este blogue.
Como a tristeza de uns é a alegria de outros, calculo que, mais que os bilbaínos, haverá uns milhões de portugueses com euforia incontida ou dissimulada.
Parabéns a esses.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Estou farto de meias. Quero-as inteiras!!


Que o Sporting tem um grande prestígio no mundo do desporto, é uma verdade insofismável, mesmo que muitos (porque não podemos alhear-nos dessa realidade, os outros também são muitos) teimem em contradizê-lo, ou mesmo negá-lo, fruto da cegueira que o clubismo e muita inveja provocam.
Esta semana tem tudo para reafirmar a grandeza do clube, permitindo que o Sporting alcance 3 finais europeias ou, sendo menos ambiciosos ou glutões, ao menos uma ...ou duas.
Pode também o capricho da sorte... ou falta dela, algumas decisões arbitrais erradas, o mérito adversário ou  outras variantes que estão intimamente ligadas ao desporto, determinar que nenhuma das três secções/equipas alcancem os seus objectivos e, nesse caso, adiarão por mais uns tempos o regresso às grandes conquistas continentais.
Já por diversas vezes dei comigo a pensar que, dificilmente, alcançaremos títulos europeus e lugares de destaque como os que nos brindaram os solistas Lopes e Mamede, que passeavam a sua classe por esse mundo fora, ou as conquistas dos outros 5 violinos, que davam pelo nome de Livramento, Rendeiro, Chana, Sobrinho e Ramalhete.
No entanto, a história tem contrariado o que acho ser o destino.
O habitual pessimismo que persegue muitos sportinguistas, nos quais me incluo, tende a criar muitas expectativas, dada a grandeza que nos é inata, mas quase sempre com  um sentimento de desconfiança nas nossas possibilidades e capacidades.
Mesmo sabendo que a fronteira entre a vitória e a derrota por vezes é muito ténue, os sportinguistas acham que a nós nos toca quase sempre a fava, mesmo que o palmarés diga o inverso.
Para lá dos milhares de troféus, que fazem de nós o clube mais distinguido a nível nacional, os 23 títulos europeus nas mais diversas modalidades, conferem-nos um estatuto especial.
Ainda que o adepto normal ou o mais fervoroso se identifique quase só com o futebol e os seus feitos, o certo é que foram as modalidades quem mais prestígio trouxe ao nosso clube e, infelizmente, desde 1964 que o Sporting não sabe o que é vencer uma competição com esta visibilidade e reconhecimento.
O andebol, mesmo que passe por um ocaso a nível de títulos nacionais, com a excepção da recente Taça de Portugal conquistada ao Porto, foi a equipa que trouxe a mais recente conquista internacional, com a vitória na Taça Challenge, em 2010.
Nesse mesmo ano, num cenário relativamente parecido com o actual, tivemos  também o atletismo a lutar pela sua segunda Taça dos Campeões Europeus de pista, mas uma vez mais fomos vice-campeões, como já o tínhamos sido em Valência, uns anos antes.
A tal fronteira ténue, tal como em Espanha, foi na última prova,  e a estafeta 4x400  lá nos fez baixar das nuvens e cingir-nos à nossa condição de sportinguistas.
O ano passado estivemos  em duas finais com a chancela da UEFA e da FIFA.
A final da UEFA Futsal Cup e do Mundialito de Clubes de Futebol de Praia voltou a colocar o clube na galeria dos notáveis mas os deuses, uma vez mais, nada quiseram connosco.
Um ano volvido, também com poucos dias de diferença, estamos na antecâmara dos grandes palcos, e mesmo esses serão pequenos, caso a vitória não nos sorria.
Convenhamos que isto de meias-finais, ou meias taças, já sabe a pouco.
Há quem diga que o 2º é o primeiro dos últimos, mas nós, antes de tudo, queremos lá estar, porque também há quem diga que as finais não são para se jogar, mas sim para se ganhar.
Todos os olhos estão postos na equipa que tentará amanhã, em Bilbao, levar-nos até Bucareste para retirar a espinha atravessada desde 2005, quando também os adeptos confiavam que tudo poderíamos, mas a história encarregou-se de dar o protagonismo a outros.
Se esta eliminatória não nos sorrir, de nada servirá, aos olhos da maioria dos milhões de sofredores leoninos, que as outras secções alcancem os objectivos da instituição, que são os de todos nós.
Eu quero muito que a história se escreva em tons de verde, e que o ano de 2012 tenha, para sempre, uma ou muitas páginas de fervor sportinguista mas, como já nos aconteceu anteriormente, se tal não vier a acontecer, certamente iremos ter, futuramente, grandes campeões com o leão ao peito.
Para uns, o ano 2012 será o fim do mundo. Para nós, esperemos que seja o primeiro de muitos, com feitos para serem recordados para todo o sempre.



Quinta-feira
26
Futebol
Liga Europa
Bilbao
20.05
Meia-final
Sexta-feira
27
Futsal
UEFA Futsal Cup
Lleida
20.00
Meia-final
Sábado
28
Andebol
Taça Challenge
Thun
16.00
Meia-final
Domingo
29
Futsal
UEFA Futsal Cup
Lleida
16.00 ou 18.30
3º/4º ou Final
 

domingo, 22 de abril de 2012

Será que alguém viajou com Xistra?


Para mim, todas as vitórias do Sporting são saborosas.
Para alguns, algumas vitórias são especiais, como aconteceu no recente derby lisboeta.
Hoje, para mim, esta vitória teve um sabor especial, depois de uma semana de ataque cerrado e de verborreia inqualificável, por parte do presidente nacionalista.
Não sei se alguém terá viajado com Carlos Xistra, desta vez, mas o que é certo é que voltamos a vencer no reduto de uma equipa que, pessoalmente, já me começa a enjoar, dada a constante investida contra os nossos interesses e contra o bom relacionamento institucional entre as colectividades.
O treinador nacionalista vincou a superioridade da sua equipa relativamente à equipa de suplentes leoninos, e tem alguma razão quanto ao domínio territorial e de posse de bola.
Felizmente  Caixinha não se esqueceu de referir que contra os titulares do Porto a superioridade também foi (ainda mais, digo eu) evidente, mas de vitórias morais estou eu farto.
O jogo tem uma história difícil de contar, para quem gosta de aflorar os pormenores técnico-tácticos. O Sporting não apresentou um futebol fluído, provavelmente fruto de ter apresentado uma equipa de recurso, com a particularidade de o ter feito no campo de um adversário tradicionalmente muito complicado, o que vem valorizar o resultado.
Jogar na Choupana não é o mesmo que jogar em Leiria, e ainda com a agravante de o ter feito durante mais de meia hora com 10 jogadores. 
Contudo, a opção de risco (mas a única possível de ser tomada)  de Sá Pinto foi bem sucedida, e as opções que tomou no decorrer do jogo também foram as mais acertadas. Claro, quando se ganha arrisca-se a ser considerado um "génio", mas a unidade em sub-rendimento na primeira parte era relativamente fácil de vislumbrar. Já a troca de um médio por um ponta-de-lança, após a expulsão de Rubio já não estaria nas previsões de todos, bem como a troca, pouco depois, de um defesa por um médio (Arias por Jeffren) com o recuo de Pereirinha. Estas alterações conferiram maior consistência à equipa, mas permitiu que pudesse, em momentos pontuais, ser mais contundente ofensivamente, e por isso, penso que Sá Pinto também deve ter nota positiva, tal como Marcelo, unanimemente considerado o MVP do jogo.
Não é fácil fazer esta valoração nem comparações, mas não me admiraria que Domingos, numa mesma situação, metesse a marcha-atrás, com a introdução de mais unidades defensivas.Claro está que umas vezes as coisas saem bem, outras nem tanto, mas gostaria de valorizar esta atitude, do nosso treinador.
Uma das vertentes menos positivas, mesmo tendo em conta que a equipa apresentada era de recurso, foi alguma fragilidade defensiva, que redundou em dois golos sofridos, e mais uma série de oportunidades felizmente desperdiçadas pelo Nacional.
Se nos últimos tempos a equipa tem apresentado uma consistência defensiva digna de realce, hoje a tremideira foi constante, mas o que fica para a história é o resultado, e o resto é fogo de artifício.
Como é óbvio, dado que as contas são feitas no final, que ainda é possível olhar para cima e vislumbrar a sombra do Braga, mas para ainda ser viável pensar em chegar ao 3º lugar, mais do que pensar na hercúlea tarefa de vencer os 3 jogos que faltam, de onde realça a viagem ao Dragão, ainda teríamos que esperar por uma derrota (ou dois empates) do Braga, antes da visita a Alvalade. Não é impossível, mas parece-me uma carambola muito difícil de concretizar.
Como essas contas são para se ir fazendo, agora há que pensar no jogo de 5ª feira, esse sim o grande objectivo...desta semana (e quem sabe, do ano).
O Athletic teve também uma deslocação importante para as suas aspirações europeias da próxima época e venceu em Santander por 0-1.
Segundo as crónicas, foi um passeio bilbaíno no Sardinero, mas há que realçar que, ao invés de Sá Pinto, Bielsa colocou a equipa quase na sua máxima força, tendo só feito descansar Muniain e Llorente.
Teremos portanto, na 5ª feira, duas equipas moralizadas mas,  como quase sempre que o Sporting defronta equipas de países de outro nível monetário e de influência, espero que a 3ª equipa também se apresente a bom nível.

sábado, 21 de abril de 2012

Segue o andebol em directo - Sporting X Wacker Thun

Ao mesmo tempo que meio mundo estará de olho no Camo Nou, para seguir as incidências do jogo e das equipas mais mediáticas da actualidade, o Pavilhão do Casal Vistoso será palco do jogo de andebol entre o Sporting e o Wacker Thun, a contar para a 1ª ao das meias finais da Taça Challenge.
Não terá certamente tantos espectadores como o Barça-Real, não contará com o interesse da comunicação social, não terá a presença nem o visionamento de Eduardo Barroso, mas todos poderemos ver, no link seguinte.

Clicar para ver o jogo (Clica aqui)

Penso que o browser aconselhado é o Internet Explorer. 

Jogo de extrema importância para a época do Sporting, pois com mais um adeus ao título e com a Taça de Portugal na mochila,  só uma vitória nesta competição poderá dar outro sabor a uma época que augurava uma maior aproximação à equipa que domina o panorama português, há largos anos.
O jogo, infelizmente, vai encontrar o Sporting na fase mais negativa da época, depois de duas derrotas consecutivas, mas espero que a motivação por, uma vez mais, poderem alcançar um resultado de relevo numa competição europeia, inverta a tendência dos últimos jogos.


FORÇA SPORTING

(em actualização)

Sporting 12 Wacker Thun 15 (intervalo)

Tal como seria de prever, está a apresentar-se no Casal Vistoso um Sporting muito abaixo do que seria expectável, e a confirmar , até ao momento, que está num preocupante abaixamento de forma.
Perante uns suíços que, no meu entender, demonstram ser uma equipa com bons índices físicos mas que não deslumbra, estaria perfeitamente ao alcance de um Sporting ao seu nível.
Sofrer 15 golos ao intervalo (perspectiva-se portanto perto de 30 golos no final do jogo) está longe da média que a nossa equipa permitia a qualquer adversário do nosso nível, que andava na casa dos 22/24 golos, quando nos exibíamos a um nível mais elevado.
Algumas falhas técnicas ofensivas estão a inviabilizar lutar por outro resultado e são recorrentes e irritantemente ingénuas mas, enquanto o Sporting mantiver um desnível de 2/3 golos, acredito que possa ter uma palavra a dizer na eliminatória.

FINAL

Sporting 31 Wacker Thun 29

Não foi uma segunda parte ao seu nível mas sim 10 minutos à Sporting. Esse período foi suficiente para demonstrar que o Sporting poderia, já hoje, ter carimbado o passaporte para a final, mas ao menos não comprometeu definitivamente essa possibilidade.
Sinceramente, acho muito difícil manter esta diferença na Suíça, principalmente se lá se apresentar o Sporting dos primeiros 50 minutos, ou o dos dois últimos jogos.
Quando o binómio defesa/contra-ataque está em pleno, o Sporting pode ombrear com o Wacker, em Portugal ou na Suíça.
Veremos o que nos reserva esta eliminatória mas, pode ser que estes últimos 10 minutos tenham feito regressar a confiança à equipa.

Parabéns pela vitória 

p.s. Na outra meia-final, os gregos do Diomidis foram a Israel vencer o Maccabi por 26-29, pelo que estão praticamente à espera de quem saia desta eliminatória, para discutir o título de campeão.





O taliban


De acordo com uma publicação desportiva (que não refiro, para não lhes fazer publicidade) : 
"O Sporting enviou, após o encontro frente ao Benfica, um pedido ao Nacional para que o encontro de amanhã, na Choupana, fosse antecipado para o passado fim de semana, altura em que apenas se disputou a final da Taça da Liga entre Benfica e Gil Vicente, mas os madeirenses recusaram esta requisição dos leões alegando que o seu plano de trabalho já estava delineado.
O Sporting pretendia jogar este fim de semana de modo a que pudesse ter um maior período de recuperação entre as partidas com o Athletic Bilbao - na passada (19) e na próxima quintas-feiras (26) e a recusa dos nacionalistas não caiu bem em Alvalade, pois os leões entendem que os madeirenses poderiam ter tido um maior sentido patriótico, tendo em conta que o Sporting, neste momento, é a única equipa portuguesa presente numa competição europeia."

Pois bem, esta notícia não tem nada de estranho, pois o Nacional há muito nos habituou a marimbar-se para o Sporting e para os seus interesses, ou para o bom relacionamento entre clubes.
A intervenção do presidente dos insulares, por ocasião do caso Paulo Pereira Cristóvão é, aliás, a regra relativamente ao seu ódio de estimação para com o nosso clube.
Digo isto porque acredito que, se fosse um funcionário do seu aliado FCP a ser suspeito do que se imputa ao dirigente leonino, certamente não ouviríamos o discurso inflamado e reivindicativo que teve em relação ao Sporting.
Digo isto porque sempre nos prejudicou, mesmo quando havia negócios em que as contrapartidas para o Nacional seriam iguais às que o Porto apresentava.
Digo isto porque, em situações semelhantes, o plano de trabalho foi mandado às malvas.
"O encontro entre o FC Porto e o Nacional da Madeira, da 20.ª jornada da Liga portuguesa de futebol, foi antecipado para 26 de Janeiro, anunciou hoje a Liga de clubes no seu sítio oficial.
O encontro, inicialmente previsto para 20 de Fevereiro, será jogado às 19:45 e terá transmissão em sinal aberto na TVI, disputando-se no mesmo dia em que se realizam os jogos em atraso dos quartos de final da Taça de Portugal.
O encontro com os insulares estava encaixado entre as duas partidas do FC Porto com o Sevilha, dos 16-avos de final da Liga Europa."


O que me estranha é que o Alves continue a sentar aquele traseiro no palco presidencial, quando visita Alvalade. (não sabem a dificuldade que tive em ser educado, ao escrever este parágrafo).



sexta-feira, 20 de abril de 2012

De jogar as mãos à cabeça


Isto é jogar à Sporting, seja lá o que isso for.
O Sporting não tem, historicamente, um tipo de jogo que se reconheça, como algumas equipas que fazem escola, mas jogar à Sporting tem que ser jogar para ganhar...(e ganhar). 
Por isso, reconheço que Sá Pinto está a criar escola.
Fazer um balanço deste jogo é tarefa ingrata, porque ao mesmo tempo que nos sentimos orgulhosos por uma exibição que calou (por momentos) os perús espanhóis, sempre inchados e com um ego que faz rebentar as costuras, por outro sabemos que podíamos ter liquidado a história desta meia-final, mas "optámos" por deixar os espanhóis vivos e de boa saúde.
Ver este jogo fez recordar o derby da última jornada do campeonato, com a diferença dos equipamentos. 
Um Sporting que soube preencher os espaços, que soube quase sempre o que fazer à bola, um Sporting com uma intensidade altíssima, um Sporting que perdoou, uma vez mais, uma goleada que poderia ficar para a história. 
Estes dois jogos tiveram esse paralelismo, com a diferença que, enquanto no duelo ante o Benfica, golear significaria dar verdade ao jogo mas, essencialmente, dar corpo a uma rivalidade histórica, no jogo de hoje ter perdoado uma goleada poderá significar ver pela televisão um jogo em Bucareste que os nossos jogadores, uma vez mais, fizeram por merecer. 
Apesar de, novamente (a exemplo do que sucedera com o City) partirmos como o patinho feio, esta primeira parte da eliminatória trouxe de volta à terra  não só alguns espanhóis, que julgam que são o umbigo do mundo, e tudo gira à sua volta, como de alguns sportinguistas, que achavam não ser possível vencer ao mini-Barça.
Por momentos pairou no ar a tremenda injustiça que seria não vencer o jogo, mas que o futebol, e o desporto em geral, são tantas vezes pródigos.
Valeu o penalti de cabeça de Insua e a raiva de Capel, que trataram de dar expressão ao caudal ofensivo do Sporting.
Dizem os espanhóis (e alguns portugueses) que se aquela bola de Amorebieta ao poste tivesse entrado, teria sido a estocada final.
Pois, pergunto eu, e o que teria acontecido se a grande penalidade tivesse sido assinalada, se alguma das 3 ocasiões claríssimas de Wolfswinkel tivesse entrado, ou a de Insua, Carrillo ou João Pereira?
Já que falo de opiniões, é curioso verificar nos media espanhóis a unanimidade da justiça da vitória leonina, assim como o facto do resultado ter sido muito curto para o que se passou em campo, mas atribuem esses factores ao sub-rendimento do Bilbao.
Pois, mais do que ser eu a dizer, aqui fica a opinião de Fernando Llorente:
"Não estivemos como noutros jogos, mas a culpa é do Sporting, que fez um grande jogo."
Contudo, acho ter havido um pormenor na parte final do jogo, onde a diferença de ritmo era notória, que pesou a nosso favor. Os 3 jogos que o Bilbao efectuou, no espaço de 10 dias, contra nenhum do Sporting, pode ter pesado nas pernas dos jogadores, algo que não acontecerá no jogo da segunda mão.
É imperioso o Sporting apresentar contra o Nacional, a exemplo do jogo de Leiria, uma equipa de recurso, sejam quais forem as consequências.
No jogo da segunda mão haverá outras condicionantes que poderão marcar a eliminatória. A ausência de Izmailov parece-me ser muito mais preponderante que a de De Marcos, pois o russo está numa forma irrepreensível, a exibir-se a um nível altíssimo, e neste momento não vejo quem possa pautar os ritmos da posse de bola, como ele o tem feito.
O regresso de Matias também marcará o de Javi Martinez, que conferirá mais equilíbrio ao meio-campo basco, pelo que parece-me que ficaremos a perder, nestas ausências e regressos.
O Athletic já passou por uma situação semelhante, quando eliminou o Lokomotiv de Moscovo, ao perder por 2-1 na Rússia e vencer por 1-0 em casa, e a marcar o golo da classificação para os 1/8 de final a jogar só com 10.
As equipas guerreiras são assim, mas também o Sporting tem demonstrado essa faceta, bem como superar eliminatórias onde levou um perigoso 2-1, como a última com o Metalist.
Para finalizar, se ambas as equipas se entregaram com denodo, e nas bancadas se viveu um ambiente fervoroso, mas fraterno e saudável, o senhor Eriksson (não sei se será problema do apelido) pareceu gostar muito do vermelho e, para lá de ter perdoado amarelos a jogadores bilbaínos, que os afastaria do segundo jogo, ainda perdoou uma grande penalidade, que daria outro curso a este encontro.
Por esta ordem de razão, é impossível saber o que poderá pesar mais no jogo da 2ª mão.
Se os adeptos bascos e a generalidade dos entendidos dizem que o ambiente na Catedral (San Mamés) é único e inigualável, que o Sporting irá sofrer as consequências do clima infernal que aí se faz sentir, e ao qual o facto das bancadas ficarem a "10 centímetros" do campo provavelmente não serem alheios, também fica por saber como o árbitro a escolher (ou já escolhido) irá responder a este ambiente, ou a outros valores que se levantam.