sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Sporting - Madeira SAD (directo) Andebol

O andebol do Sporting já começou a mostrar que, este ano, teremos mais do mesmo.
Apesar de ser um indefectível defensor das modalidades, e o andebol ser uma das que mais alegrias nos deu, este marasmo porque passa a secção...há anos, faz pensar na legitimidade da sua existência.
Ainda estamos na pré-época, onde já se perdeu com o Benfica, e hoje joga-se a meia-final da Supertaça, onde defrontamos o Madeira SAD.
O jogo é possível visionar aqui no blogue, para quem tiver coragem de ver o mesmo que se tem visto, nos últimos anos.
De momento, com 20 minutos da primeira parte, Sporting 5 Madeira 9.
Até agora, as deficiências são iguais às que sempre vislumbrámos!!
Positivo: Os equipamentos da secção

Para ver o jogo, clicar no seguinte link, usando de preferência o Internet Exlporer

Sporting - Madeira


INTERVALO: Sporting 10 Madeira 15 


Final: Sporting 25 Madeira SAD 24

O resultado final e a qualificação para a final da competição não muda em nada a minha opinião sobre a equipa.
O Sporting acabou por beneficiar de uma sucessão de falhas técnicas e opções tácticas do treinador rival, Aleksander Donner, que permitiu passar de 18-23, quando faltavam pouco mais de 5 minutos, até aos 25-24 finais.
Salvou-se o resultado,e a consequente possibilidade de ainda manter viva a esperança de conquista desta Supertaça.
A final realiza-se no Domingo, dia 2 de Setembro, com transmissão...aqui no blogue, e onde defrontará o Slb, que venceu o Fcp por 28-27, na outra meia final.


Entradas, saídas e adiamentos

Neste último dia de mercado parece que não irão haver novidades que nos interessem sobremaneira.
Das poucas boas notícias, poderá surgir a efectiva venda de Moutinho ao Tottenham, o que implicaria um significativo encaixe financeiro para as nossas cores, se os valores que se baralham tiverem algum fundo de verdade.
Para lá do dinheiro, o empobrecimento do meio-campo azul também não seria desprezível, mas também já estou habituado a ver sair contentores de jogadores "imprescindíveis" deste rival, sem danos equivalentes nos resultados.
Do outro grande parece que também se fala na saída de um dos seus caceteiros. Ora aqui estaria outra boa notícia, não fossem ficar ainda três ou quatro que confundem a bola com a canela e arredores.
Desse outro clube também foi anunciado o empréstimo de Djaló. Estou em crer que esta saída relaciona-se com os problemas de índole pessoal que o afectam, pois foi-nos garantido pelos seus responsáveis que o Mestre da Táctica iria potenciar ao máximo as suas qualidades.
Ficará para outra ocasião, com certeza.
Já no que se refere ao Sporting, parece que Wolfswinkel irá mesmo ter que aguentar sozinho, até à Passagem de Ano ou Dia de Reis, as despesas do ataque da equipa.
Mesmo que tenhamos dois ou três miúdos na equipa B que possam ser chamados, em altura de desespero, ou mesmo que Viola seja incumbido dessa tarefa, caso o holandês seja castigado,se lesione ou esteja chateado com a vida, o facto é que dificilmente encontraremos um plantel com tão poucas alternativas para aquela posição específica.
Como eles sabem melhor que ninguém (segundo alguns defensores da causa leonina) com que linhas se cosem, estar a criticar esta estratégia na composição do plantel profissional é poder ser considerado anti-sportinguista. Ainda assim, a menos que apareça um ponta-de-lança 5 minutos antes de fechar a secretaria, quer-me parecer que iremos ter dores de cabeça com esta lacuna.
À falta de entradas, vamos observando as saídas a conta-gotas, mas com uma cadência admirável.
Foi Wilson Eduardo a ser cedido à Académica, quase com a garantia de nos "espetar" um golo no dia 28 de Outubro, quando os estudantes vierem a Alvalade. Também Bojinov volta para Itália, de onde nunca deveria ter saído. Depois de, alegadamente (pelos jornais), meio mundo se ter interessado pelo possante e irreverente búlgaro, o futuro acaba por recair numa equipa da 2ª divisão. Sorte que não se irá cruzar com Matias, ou ainda lhe roubava a bola outra vez.
Curioso é também o percurso de Thuran. Tal como Boji9, foi adquirido no ano transacto, mas parece ter dificuldade em assentar arraial.
Veio como alternativa a Evaldo, posteriormente pensou-se que poderia alternar com Ínsua mas acabou emprestado ao Beira Mar, para fazer 8 singelos jogos, 3 deles a titular e onde apenas num fez os 90 minutos. A equipa só venceu 1 desses 8 jogos. Esta época lá foi despachado para a equipa B, mas o titular na lateral esquerda tem sido Mica, pelo que nem admira a sua cedência aos turcos do Orduspor , mas dá que pensar onde estará escondido o propalado talento do francês.
Já João Gonçalves, depois de ser cedido pela 6ª época consecutiva (desta vez para Guimarães) dificilmente voltará a vestir a camisola do Sporting, até porque a renovação da lateral direita está garantida. 
Depois de Nuno Reis ter sido cedido ao Olhanense, resta saber o futuro de Onyewu, que estará a pensar que mais valia ter ido para professor. É que isto de estar até ao último dia sem saber para onde vai, pensava ser apanágio dos docentes.
Se a dificultosa gestão do plantel tem sido feita, com os naturais avanços e recuos, há outras medidas que tenho dificuldade em compreender, mesmo que admita que à primeira vista a lógica tenha prevalecido.
É pública e notória a dificuldade de relacionamento institucional que por vezes temos com outros clubes, quando se trata de defender os nossos interesses.
Seja na aquisição/venda de jogadores, onde facilmente somos passados pela concorrência, bem como noutras áreas de interesse leonino, a realidade é que nunca nos podemos considerar beneficiados neste relacionamento.
Na matéria de agendamento de jogos, temos muito que invejar a superioridade moral que alguns detêm sobre outros, e facilmente conseguem adiar/antecipar jogos de modo a melhor agendar os seus compromissos europeus. Ainda na época passada, o Nacional recusou adiar o jogo da Taça (com toda a legitimidade) mas baixa as calças cada vez que os seus superiores pretendem algo semelhante.
Ora, no caso mais recente que envolve o Sporting, a menos que esteja a ver as coisas de um modo pouco racional, parece-me que o adiamento do jogo com o Marítimo, desta vez, serve mais os interesses dos insulares que os nossos. Ou seja, uma vez mais estaremos a ser prejudicados, por culpa própria. Curioso é que também partiu do Sporting o pedido de adiamento.
É que, pelas minhas contas, tanto Sporting como Marítimo jogaram no dia 30, e em circunstâncias normais jogariam na 2ª feira, dia 3. Teriam, portanto, 3 dias de descanso. Contudo, o Marítimo viria de uma viagem à Geórgia e chegaria com maior desgaste ao jogo, sem esquecer que o plantel do Sporting é mais profundo e poderia gerir melhor o desgaste do jogo.
Com o adiamento para dia 16, dado que jogam para a Liga Europa no dia 20, ficam com...3 dias de descanso, igualmente. Por sorte calhou-nos jogar em casa (Basileia) nesse primeiro jogo da fase de grupos mas, se eventualmente fossemos à Hungria, seríamos nós a ter que fazer uma viagem à Madeira, seguida de outra para Leste.
Como o Marítimo também joga em casa na estreia, ficarão em muito melhores condições para preparar o jogo, mas o nosso pedido deve ter tido isso em consideração (ler-se em modo sarcástico).
Acredito que haja quem arranje uma justificação para este adiamento, mas eu dificilmente encontrarei razões que o sustentem.
Só se for para sermos simpáticos com o clube que, também ele, reclamou publicamente que deveríamos descer de divisão, após o caso Cardinal...ou PPC.
No dia 4 de Outubro iremos então à Hungria, para no dia 7 irmos ao Dragão (que deverá jogar dois dias antes), mas falando com jeitinho com o Costa ele irá certamente adiar o jogo para a interrupção lectiva de Dezembro.
Não custa nada tentar!!

Sorteio da Liga Europa

Sorteio da Liga Europa



Grupo G

Sporting Clube de Portugal
Basileia (Suíca)
Genk(Bélgica)
Videoton (Hungria)



O Basileia, actual campeão suíco,  é o actual 4º classificado do campeonato  e na equipa pontuam os avançados internacionais Marco Streller e Alexander Frei.
Já o Genk foi 3º classificado na época passada e actualmente ocupa o 6º lugar do campeonato belga. 
O Videoton, treinado por Paulo Sousa, é o actual 5º classificado do campeonato húngaro e está minado com jogadores de língua de camões, como os nossos Renato Neto, Caneira, bem como Filipe Oliveira (ex-Chelsea e Marítimo) ou  Kaká (ex-Académica).

Resumindo, apesar das dificuldades inerentes a qualquer competição deste calibre, parece-me ter sido um sorteio simpático. Só temos uma deslocação que possa causar algum desgaste (relativo), enquanto as outras duas são para países do centro da Europa e onde, tradicionalmente, poderemos ter algum apoio nas bancadas.
O Basileia é, apesar da tradição ser favorável às nossas cores, o maior adversário para conquistar o primeiro lugar do grupo.
Recordar também que os suíços falharam o acesso à fase grupos da Champions, tendo sido eliminados pelo Cluj, com derrotas por 1-2 e 1-0, enquanto o Videoton eliminou no play-off da Liga Europa os turcos do Trabzonspor nos penalties, depois de dois empates a zero. Já o Genk perdeu no campo dos suíços do Luzern por 2-1, rectificando em casa com uma vitória por 2-0.
Resta terminar dizendo que os adeptos dos nossos adversários poderão também fazer uma análise similar, e concluir  que o Sporting é o actual 12º classificado do campeonato português.
Pode ser que os distraia!!

Una manita

 
Não há fome que não dê em fartura!!
É sempre bom assistir a uma vitória do Sporting e, melhor ainda, fazê-lo descontraidamente e desfrutando de todos os momentos do jogo, sem ter o coração nas mãos...ou boca.
Se nos recordarmos que, na época passada, vencemos o Gil Vicente por 6-1 e o Guimarães por 5-0, bem como mais uma dúzia de jogos por 2 golos de diferença, chegamos à conclusão que estivemos perto de uma síncope em cerca de 50 jogos oficiais da época.
Na época anterior (2010-11), também marcámos 5 golitos por duas vezes e igualmente na Liga Europa, onde despachámos o Gent e o Levksi Sofia por 5-0 e 5-1. Além destes, tivemos 7 ou 8 jogos sem estarmos ligados à máquina, o que deixa uma quantidade ainda maior de jogos onde estivemos à beira de esgotarmos os stocks de anti-depressivos nas farmácias.
Na época de 2009-10 vencemos o Rio Ave por 5-0 e em mais 7 jogos vencemos por mais de um golo de diferença.
Já começo a ficar traumatizado, ao recordar que a nossa sina mais recente tem sido de sofrimento constante.
É melhor ficar-me por aqui, em termos de historiar o passado recente do nosso clube, e das dificuldades que temos encontrado em marcar golos e em superiorizar-nos a qualquer adversário.
Ora, porque é que trago estas estatísticas superficiais logo num dia de extrema felicidade e, como disse, onde se pôde observar  saudável e descontraidamente um jogo do Sporting?
Porque a experiência e a história recentes dizem precisamente que as goleadas e o futebol descomplexado não fazem parte das rotinas do nosso clube.
Se o arranque dos jogos oficiais foi a confirmação da paupérrima pré-época que pudemos assistir, não vou (ou não devo) entrar em euforia por um jogo contra-natura, para mais onde o adversário demonstrou mais fragilidades que a massa muscular de Rodriguez.
A próxima deslocação à Madeira poderá dar mais indicações do Sporting que está em fermentação, mas tenho plena convicção em como irá ser mais um jogo de taquicardia e nervos à flor da pele.
Claro está que nem será necessário espreitar alguns locais virtuais onde se juntam muitos sportinguistas para adivinhar que os futuros-ex-apoiantes incondicionais de Sá Pinto virão desancar em todos os que ousaram duvidar das suas capacidades, bem como do plantel que defende as nossas cores.
Apesar de também considerar que a vitória teve tanto de merecida como de escassa e de reconhecer mérito à nossa equipa pela abordagem ao jogo (quantas vezes obtivemos resultados negativos com coxos como estes!!), vou ser comedido nos elogios pois, como o próprio Sá disse após o jogo, a equipa é avaliada de 3 em 3 dias.
Ora, por essa e muitas outras razões, vou simplesmente deleitar-me com a vitória e deixar uma análise mais conclusiva para daqui a 3 ...ou 17 dias, quando tivermos que defrontar uma equipa do Pote 4 da Liga Europa ( o tal pote onde estão as equipas que os sportinguistas considerarão que temos obrigatoriamente que vencer).
É claro que me refiro ao Marítimo, onde teremos oportunidade de nos vingarmos da derrota do ano passado. Depois do Rio Ave ter feito história em Alvalade, toca-nos agora a nós contrariar a tradição, que se começou a escrever na época passada.
Por falar em potes e em Liga Europa, já está definido a composição de cada um, de onde sairão os nossos adversários para a competição europeia.
Apesar de uma ou outra eliminação relativamente inesperada, o certo é que os pesos pesados estão lá todos, e quando a Champions enviar os seus excedentários, esta competição deverá ter um nível tão elevado quanto o ano transacto.
Há adversários que não calhavam nada bem, mas também o Sporting deverá ser temido pela maioria, principalmente se virem o resumo do jogo desta noite.
Se virem qualquer outro desta época, baterão palminhas e assinarão por baixo.
Pela minha parte, também assinaria um grupo com os azeris do Neftchi, os belgas do Genk e os israleitas do Hapoel mas, como os sorteios raramente querem algo connosco, não me admiraria ver um grupo com Nápoles, Borussia e Anzhi.
Amanhã ficaremos a saber.


POTE 1
At. Madrid
Inter
Liverpool
Lyon
Marselha
Sporting
PSV
Tottenham
Bayer
Bordéus
Twente
Estugarda

POTE 2
Basileia
Metalist Kharkiv
Panathinaikos
At. Bilbao
Copenhaga
Fenerbahçe
Rubin Kazan
Nápoles
Udinese
Club Brugge
Hapoel Tel-Aviv
Hannover

POTE 3
Lazio
Steaua
Sparta Praga
Rosenborg
Newcastle
Young Boys
Levante
Genk
Borussia Monchengladbach
Partizan
Viktoria Plzen
Dnipro Dnipropetrovsk

POTE 4
Helsingborg
Marítimo
Rapid Viena
Académica Coimbra
Anzhi
Maribor
AIK Estocolmo
AEL Limassol
Hapoel Kiryat Shmona
Molde
FC Fehérvár
Neftchi Baku

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Por terra

Mais uma vez tive que esperar que a noite e o sono fossem bons conselheiros para poder vir escrever.
Se o tivesse feito ontem teria arrasado os responsáveis pelo feito, após a delirante derrota em casa perante mais uma equipa que lutará para não descer de divisão e que fez desta visita a Alvalade a sua primeira vitória no nosso reduto em toda a sua história.
Já nos vamos habituando a estes reinados da última década que se têm pautado pela quebra de recordes históricos, com derrotas dignas do Guinness (como a do Bayern), classificações miseráveis, ciclos sem vencer dignos do mais miserável clube, entre outros.
A nossa história mais recente parece querer dar razão a quem acha que podemos estar perante a benfiquização do Sporting (que ainda vai salvando as épocas com a Taça da Cerveja) ou até mesmo a belenização, pese embora a diferença de grandeza de ambos os clubes não faça vislumbrar, para já, tal descida aos infernos.
O certo é que, um ano mais, à segunda jornada está instalada a crise.
Claro está que podemos agarrar-nos ao Real Madrid para considerar que até os melhores podem arrancar mal um campeonato, e que a distância que nos separa dos líderes até é inferior à dos merengues relativamente ao Barça mas, enquanto José Mourinho deve ter instaurado trabalhos forçados aos seus muchachos, como castigo pela derrota e exibição em Getafe, Sá Pinto continuará a aplaudir as nossas patéticas exibições e a elogiar o empenho dos nossos atletas.
Por falar em Sá e nos jogadores, é difícil estar a separar as águas, no momento de encontrar culpados para o lastimável início de época.
Todos os olhos viram-se inevitavelmente para as falhas ou acertos dos jogadores mas, no meu modesto entender, reside no nosso treinador a maior quota de responsabilidade nesta miserável imagem que se vai deixando.
Este cenário começou a traçar-se há mais de um mês, quando as mesmas maleitas se deixaram antever no triste jogo com o colosso Charlton, da 2ª divisão inglesa.
Com uma ou outra excepção, o redondo zero manteve-se no nosso marcador jogo após jogo, chamassem-se eles Atlético, Belenenses ou Getafe, mas os virtuosos comentadores virtuais logo se lançaram contra os críticos, de garras aguçadas, alardeando que a feijões nada interessa.
Pois bem, a feijoada já acabou e continuamos pacientemente ( uns mais que outros) à espera que o Sporting regresse de férias.
Se for o mesmo que acabou a época contra a Académica, por mim podem continuar de férias.
Já levamos três jogos oficiais, um golo, zero vitórias, todos os embates contra equipas que só serão faladas por fazerem gracinhas contra o Sporting, e continuamos à espera da propalada máquina de empolgar adeptos que alguns dizem ir aparecer.
Eu quero muito que isso aconteça, tanto ou mais que esses apaniguados de Sá Pinto, mas tenho que ser sincero e dizer que cada dia mais duvido que tal seja possível com este treinador, com este modelo de jogo.
Esta barcelonite que contagiou o nosso treinador tem parte do perfume blaugrana. O problema é após a troca de bola entre Patrício e os centrais.
A percentagem de posse de bola continua a encher alguns de orgulho, mas eu e mais alguns trocaríamos metade dela por um golito...de vez em quando, só para nos recordarmos de como é celebrar um golo.
Também não consigo vislumbrar as oportunidades claríssimas que dizem gozarmos, e neste jogo com os vilacondenses, foram mesmo deles as melhores oportunidades para desnivelar ainda mais o marcador.
A posse de bola foi esgotada, em última instância, em inócuos cruzamentos para a área, onde os centrais adversários se sentiram como peixe, nas Caxinas.
Sabemos que o nosso ponta-de-lança é exímio nas grandes penalidades, razoável em bola corrida mas a responder a cruzamentos de cabeça, só por mero acaso é que a bola poderá entrar.
Já os médios, que são preponderantes no tal modelo do Barcelona, têm papel fundamental na criação de desequilíbrios e, inclusivamente, na finalização.
No Sporting, estes são meros figurantes, sempre de olhos postos nas poucas unidades ofensivas, e isto redunda em raríssimas ocasiões claras de golo.
Assim sendo, manter esta estratégia que até agora nada produziu, à espera que algo aconteça, parece-me pouco menos que suicida.
Sá Pinto disse, há um par de semanas, que o Sporting estava preparado para o começo da época.
Enganou-se redondamente.
Tem-se enganado noutras situações, como em opções tomadas e estratégias assumidas.
Vamos ver até onde irá este contínuo erro colossal, ou até quando os responsáveis e adeptos aturarão a sua sucessão.
Ontem ainda podia ouvir-se: "Aperta com eles, Sá Pinto!!".
Veremos, então, até quando dura este cântico.
A minha independência nunca me permitiria cantar isso, porque só o Sporting me encanta mas, espero que esta aparente miopia de alguns adeptos não  ilibe eternamente o treinador.
É que descarregar a ira nos jogadores não facilita a tarefa deles, em campo.
Como diria Paulo Bento..."se quiserem assobiar, façam-no a mim".


sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Procura-se vitória

Ontem, uma vez mais, abdiquei do prazer da escrita para evitar ser precipitado na análise ao decepcionante resultado que o Sporting obteve na Dinamarca.
Decepcionante...porque todos nós desejávamos, como sempre, vencer, e de preferência por margem folgada.
Decepcionante porque o que pudemos comprovar foi a diferença abismal que existe entre as duas equipas, pelo que o empate final  sabe a muito pouco.
O que pude constatar não me apanhou minimamente desprevenido, por diversas razões.
Em primeiro lugar, tal como pude escrever aquando do sorteio, é que a história dos nossos confrontos com estas pêras doces não é amarga mas, nunca nos adoçou a boca com facilidade, mesmo que muitos sportinguistas e blogueiros exigissem a goleada da ordem, perante sorteio tão simpático. 
Já tinha prevenido (basta consultar a respectiva crónica) que antevia um resultado equilibrado, até pela nossa deprimente eficácia ofensiva. 
Desta vez houve algo que mudou o habitual figurino dos nossos jogos, e a vontade de vencer desde o primeiro minuto de jogo veio em contra-ciclo com o que vem sendo hábito, neste e noutros plantéis recentes do Sporting.
Não sei se Sá Pinto despertou de algum marasmo que o tem tolhido ou se foi consequência da assumpção da sua evidente superioridade, mas o certo é que foi agradável ver o Sporting (finalmente) assumir as despesas do jogo logo após o apito inicial, mesmo que essa vontade tenha posteriormente esbarrado na habitual inépcia dos nossos jogadores em conseguir enfiar a redondinha no meio dos três pauzinhos encavalitados.
Todos nós queremos que a equipa ganhe mas, no meio de tantas condicionantes e equações que um jogo de futebol apresenta, convenhamos que é um pouco mais agradável constatar que a equipa cria duas mãos cheias de oportunidades de golo em lugar do deserto de ideias e ocasiões de golo de alguns dos mais recentes jogos.
Claro está que esta superioridade estatística, que não teve repercussão no resultado, pode ser fruto da tal diferença de valores, e só os próximos jogos poderão desvendar se a atitude dominadora é para continuar (esperemos que acompanhada por uma melhor pontaria, e por guarda-redes menos inspirados) ou se se terá esgotado no jogo da Dinamarca, até aparecerem outros coxos.
O universo leonino dividiu-se quase em partes iguais na análise a este jogo, e calculo que os optimistas crónicos tenham visto alguns dos bons minutos com natural excitação, e tenham fechado os olhos a algum desnorte evidenciado que podia ter colocado a eliminatória muito complicada.
Os pessimistas devem ter ficado com as fífias defensivas como ponto de referência, e a obrigação de golear os frágeis nórdicos deve ainda pairar nos seus espíritos nos próximos dias.
Eu, que pertenço à classe dos desconfiados, vou situar-me pacientemente na faixa que separa estas duas classes de sportinguistas, mas esperançoso, como sempre, que os resultados e as exibições melhorem significativamente.
Como sou desconfiado, vou continuar a não acreditar que o Sporting vá golear o Horsens na sua visita a Alvalade, mas mais desconfiado irei estar porque, como disse na mesma crónica que referi umas linhas acima, estes dinamarqueses têm demonstrado ser muito melhores fora de casa, como o comprovam os resultados que têm conseguido neste início de época.
Por tudo isto, e porque cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém, convém abordar com o máximo rigor e entrega o importante jogo da segunda mão, de modo a poder defender este ano o estatuto de semi-finalista tão dificilmente conquistado o ano transacto.
Depois de digerido este empate, urge focalizar e incidir todas as energias no jogo do campeonato, por forma a tentar quebrar esta sina que tem martirizado os adeptos sportinguistas.
Os arranques de cada época são acompanhados por uma esperança sempre renovada, mas os resultados têm sido desanimadores.
O ano passado arrancámos a época com 3 empates, perante adversários também de segunda ou terceira águas, e este ano arriscamo-nos a fotocopiar esta triste sina.
A eterna pressão de vencer parece ganhar outros contornos quando se veste a nossa camisola, e nada melhor para libertar essa pressão que começar a ganhar, o quanto antes possível.
Depois do desaparecimento da mascote do rival, também no Sporting procura-se a vitória, com urgência.







segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A zério...isto já me começa a chatear


Depois de alguns dias em que me dediquei mais às águas temperadas do sul, tal como tinha antecipadamente prevenido os caros leitores, eis que regresso à escrita, mesmo que neste lapso de tempo tivessem havido motivos suficientes para antecipar o meu regresso.
Se o tivesse feito ontem, como previsto, tal indiciaria uma vitória do Sporting, e a euforia contida ter-me-ia impelido a escrever logo após o final do jogo, mesmo que tivesse compromissos agendados.
Dado que o resultado e a exibição foram mornos, guardei para hoje, sem grande vontade, um breve comentário ao que pudemos ontem assistir.
Para os mais optimistas e para aqueles que se atiraram aos mais cépticos com a pré-época, os indícios são excelentes, pois demos uma goleada na percentagem de posse de bola, pois esteve quase 2/3 do tempo nos nossos pezinhos.
Também vencemos folgadamente nos apartados de cantos, remates, faltas e amarelos. Estes últimos dois estão intimamente ligados, mas nem sempre assim é. No entanto, Capela e sus muchachos quiseram que este jogo não fosse excepção...a essa regra.
Tudo isto deverá ser suficiente para confirmar o optimismo dos que julgaram extemporâneas as preocupações dos muitos que viram...muito pouco nos jogos a feijões. O problema para esses muitos, é que o que se tem visto tem muito de parecido com o que vimos em largos períodos da época passada, já com Sá Pinto.
No entanto, apesar das estatísticas do jogo penderem todas para o nosso lado, e Sá Pinto ter ficado uma vez mais muito satisfeito com o empenho dos atletas (como sempre o faz, em vitórias, empates ou derrotas) o que mais interessa é que, pelo quarto ano consecutivo, arrancamos o campeonato aos soluços. A diferença é que esta época não partimos a olhar para cima (para os rivais) logo no tiro de partida, pois estes  fizeram questão de se solidarizar para com esta sina mais recente do nosso clube.
Tal como fiz referência em crónicas recentes (basta para isso fazer uma breve incursão por escritos do princípio do mês) os problemas que todos auscultamos continuam vivos e de boa saúde. 
Diria que um dos que mais me intriga continua a ser o de dar primeiras partes de avanço. Já o tinha dito no jogo contra o Olympiacos, mas é algo que já vem de longe. Quarenta e cinco minutos a ver o que a coisa dá, a estudar o adversário ou seja lá  o que for, reduz drasticamente o tempo útil para tentar fazer golo. Claro está que depois Sá Pinto se revolta (justificadamente) por Capela terminar a primeira parte 3 segundos antes de tempo, mas talvez fosse de melhor tom preparar a equipa para tentar vencer o jogo logo após o apito inicial do árbitro.
Por falar em tempo de jogo e nas inevitáveis comparações, foi curioso verificar como nos minutos finais  no jogo de estreia do actual campeão, o árbitro Duarte Gomes deu 5 minutos de tempo adicional, sendo que este acabou por estender-se até aos 7 minutos. O respeitinho é muito bonito.
No entanto, também pude constatar que nesse jogo, esses minutos foram jogados dentro da área gilista, com sobressaltos constantes para os adeptos locais e para mim próprio, dado que os azuis e brancos chegaram a ter 9 jogadores dentro ou nas imediações da área.
No nosso jogo de ontem, não me recordo de uma aceleração no coração nos últimos minutos, apesar das pressas finais nas reposições de bola em jogo e de Wolfswinkel ter tido, por momentos, a companhia de mais algum jogador de verde e branco na área adversária, quando o zero no marcador já parecia tudo menos inevitável.
Muitas vezes os jogos também se ganham no banco, e há treinadores com estrelinha que conseguem, com um passe de mágica, vencer jogos com alterações miraculosas. A entrada de Jeffrén aos 89 minutos pode ser entendida como uma tentativa de verificar em que estado está a sua estrelinha, mas 4 minutos em campo parece-me pouco para grandes milagres, quando a equipa cria 2/3 oportunidades de golo por jogo.
Não vou criar nem tenho anticorpos com o nosso treinador, porque penso que o trabalho ainda pode ser proveitoso, mas não alinho em euforias gratuitas com o seu estado de sportinguismo intocável ou com o seu passado de leão ao peito.
Quero simplesmente que o trabalho que executa há largos meses ( e não desde o início da época) comece a dar os seus frutos, por forma a não começar a comprometer-se mais uma época, e evitar que se comecem a traçar cenários preocupantes.
É que da minha parte já me começa a cansar (para não dizer que estou exausto de ouvir esta cantilena) o facto de virem dizer que tivemos azar na finalização, que a relva estava alta ou que estava demasiado seca para a nossa capacidade técnica, quando o que se pode constatar é que a equipa cria menos que uma mão de oportunidades. 
Muito pouco, com Wolfswinkel ou com qualquer outro que esteja ali...à espera que algo aconteça.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Mais um cheirinho de futebol


Ontem foi dia de futebol, naquele que foi o último teste antes de começarem os jogos a doer.
Para os muitos que acreditam que estes jogos não têm interesse nenhum nem são sintomáticos do que pode ser a época, certamente terão estado relaxadamente em frente ao ecrã (excepto aqueles que se puderam deslocar ao Estádio) enquanto os mais cépticos e que seguem com preocupação estes encontros, terão ainda encontrado motivos suficientes para torcer o nariz em relação às ambições de mais uma época. 
Talvez tenham sido alguns desses que ensaiaram uns tímidos assobios numa sonolenta primeira parte, nas infindáveis trocas de passes entre os elementos da defesa, à imagem de tantas primeiras partes de tantos treinadores que têm passado pelo Sporting. 
Paulo Bento foi um visionário, ao implementar o famoso charuto para a frente, ao qual se associaram os seus sucessores mas Sá Pinto tem preferido adoptar um modelo "à la Barça", com uma posse de bola consistente e um domínio avassalador nesse parâmetro. O problema é que o Barça fá-lo nas redondezas de onde se decidem jogos, ao passo que a nossa equipa põe os olhos em bico a adversários e adeptos, enquanto não automatizam as ligações com os elementos do meio campo.
A segunda parte já trouxe mais alguma objectividade, mas o certo é que...para o meu exigente gosto, criar 3 ou 4 oportunidades em meia parte de jogo é pouco...e poderá ser pouco quando jogarmos no pantanoso futebol português.
Jogar meia parte, com as nossas dificuldades de concretização e de criação de jogadas de perigo, é manifestamente pouco quando tivermos os autocarros, as autocaravanas ou os comboios estacionados em frente à baliza, quando se sucederem as lesões e começarem a cair jogadores adversários como caem as folhas de Outono e quando os próprios juízes da partida começarem a alinhar neste futebol à nossa moda.
Por isto, e porque os adeptos pagam para ver 90 minutos de jogo, seria bom começar a ver a equipa preocupar-se menos em passar 45 minutos a estudar o adversário (como os analistas tantas vezes tentam justificar os primeiros compassos do jogo)  e tentar ganhar jogos desde o início, para poupar também os cansados corações dos adeptos leoninos que passam épocas a fio sem ver um jogo em que não se ganhe pela margem mínima. 
É claro que houve alguns detalhes e alguns jogadores que fazem acreditar mas, se não formos acreditar nesta altura da época, nunca o faremos.
Também ficámos a saber qual será o quarteto defensivo, e que as dúvidas de Sá Pinto poderão residir daí para a frente.
O pior é que, para lá da parca e irritante falta de objectividade e consistência ofensiva, o jogo de ontem deixou outros indícios.
Se o Porto teve na sua apresentação contra o Lyon o amigo Soares Dias e o Benfica teve no seu jogo de festa, contra o Castilha (ou Real Madrid B) o compincha Bruno Paixão (mas poderia ter tido João Ferreira, Paulo Baptista ou ainda outros à escolha) o Sporting teve Duarte Gomes...talvez para se começar a ambientar ao que se está a fermentar...um ano mais.
Se por exemplo a Eusébio Cup de 2008 teve Bruno Paixão, a de 2009 João Ferreira, a de 2010 Proença, a do ano passado Duarte Gomes e a deste ano Bruno Paixão..ou seja, recomeçou o ciclo de árbitros com paixão clubista a apitar a equipa, a nós foi-nos nomeado um árbitro que todos sabem sofrer pelo rival, que tem um litígio com Carlos Freitas e que há uns anos teve a rocambolesca história com o treinador de guarda-redes do Sporting, ao começar a empurrar o membro da equipa técnica, antes de o expulsar.
Se isto não é para nos prepararmos para o que aí vem, então não sei.
Esta apreciação não está sustentada na perseguição que se move a Rinaudo, pois a pantufada que deu é tão merecedora de amarelo quanto denota que o argentino continuará a pôr-se a jeito, mesmo que na maioria das vezes em que é admoestado, as acções que protagoniza sejam mais aparato que outra coisa. A apreciação baseia-se na falta de critério e bom-senso de quem nomeia, e de quem iliba os autores dos sucessivos atentados à arbitragem, e ao futebol que temos que comer. 
Duarte Gomes não teve tarefa complicada, felizmente, e o pouco que teve para decidir fê-lo com a habitual mestria, mas convenhamos que tem que haver mais Sporting para ultrapassar estes pedregulhos que irão aparecer na engrenagem, quando estiverem pontos em disputa.
Valeu, acima de tudo, a vitória perante o campeão grego por 1-0, e mesmo que os Cinco Violinos (expoente máximo do futebol ofensivo que se jogou de leão ao peito)  não se pudessem rever no futebol actual, o que importa é que as vitórias empurram tudo o resto para segundo plano.




sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Rai's partam os vikings


Outra vez os vikings.
Pelo terceiro ano consecutivo, o sorteio ditou uma equipa dinamarquesa no caminho do Sporting para a fase de grupos da Liga Europa.
Desta vez calhou em sorte (resta saber de quem) o AC Horsens, mas ainda estão frescas na memória as eliminações de Nordsjaelland (nos dois últimos anos) e do Grão-de-Bico, também conhecido como Brondby, na segunda pré-eliminatória de há dois anos atrás .
Já na década passada e portanto um pouco mais longe das nossas recordações também esteve o Midtjylland, que felizmente teve a mesma sorte de todos os seus conterrâneos.
A história mais recente aponta, portanto, para um domínio avassalador nas eliminatórias com dinamarqueses mas (...convém sempre colocar um mas e alguma água na fervura)  foram sempre confrontos equilibrados e, quase todos eles, jogados com o coração e o credo na boca até ao final da eliminatória.
Dando um olhar rápido pelo pulsar do sentimento sportinguista na blogosfera, já deu para constatar que muitos consideram que menos que um saco de golos é mau resultado. É sempre bom constatar que o habitual optimismo leonino continua em alta, mesmo que, geneticamente, não partilhe de tão alto astral.
É que, como já aqui referi por inúmeras vezes, o caudal atacante e eficácia ofensiva  do Sporting há anos que deixa muito a desejar, sendo quase motivo de tanta preocupação como aquela que assalta os nossos espíritos...quando defendemos bolas paradas.
Por esse motivo, desejo ardentemente que o Sporting passe a eliminatória, mesmo que fique longe da meia dúzia de golos que muitos esperam ver a equipa "espetar" no adversário.
Por norma, considera-se que jogar a primeira mão fora de casa é uma vantagem, por forma a tentar rectificar em casa algum resultado menos conseguido. É óbvio que a história está repleta de situações que podem confirmar ou desmentir esta preferência mas pode e deve ser tido em conta este pormenor.
No entanto, é curioso verificar que estes dinamarqueses, neste início de época, têm conseguido melhores resultados fora de casa. Por exemplo, o Horsens eliminou os suecos do Elfsborg, actual líder do campeonato sueco, e após um empate caseiro foi à Suécia  vencer por 3-2 e deixar no ar esta propensão para bons resultados extra-muros. Também no campeonato indígena, o adversário do Sporting venceu os seus dois jogos fora de casa, enquanto nos dois jogos perante os seus adeptos ainda não conseguiu fazer uma gracinha.
É claro que acredito que o Sporting é favorito na eliminatória mas (...outro mas) poderá depender muito de que Sporting se apresente nos dias 23 e 30 de Agosto.
É que terá que ser muito mais equipa que aquela que defrontou...e perdeu, com o 13º classificado do campeonato português, a que defrontará o 4º do campeonato dinamarquês, por muito que custe aos mais eufóricos e optimistas adeptos leoninos.
Entretanto, o treinador Johnny Mølby, apesar de considerar haver dois grandes em Portugal (!!!) e o Sporting vir logo atrás (só por esta havias de apanhar a tal meia dúzia) e recordar a mais recente meia-final europeia do ano passado, acha possível eliminar o Sporting, tendo por base a renhida eliminatória do ano passado, em que eliminámos o Nordsjaelland com grande sofrimento.
Martin Retov, médio titular e capitão de equipa, em princípio não estará em condições para qualquer dos jogos, o que pode ser uma boa notícia. É que isto de ter os mais capazes no estaleiro não pode ser só um monopólio das nossas cores.
Espero que até lá, Jeffrén, Izmailov e companhia não tratem de me contrariar.

























Forum Horsens Arena
                                                                   Lotação: 10400

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Buen descanso, Jeffrén

Ontem foi "notícia", à falta de melhor, o facto de Jeffrén ter sido insultado no Twitter por um alegado adepto leonino pouco tolerante.
Digo alegado porque realmente não há provas que quem dirigiu as palavras pouco simpáticas é realmente sportinguista mas, o facto de hipoteticamente o ser também não torna o facto mais bizarro.
É que as palavras ofensivas para com os jogadores é algo a que eles infelizmente estão habituados, sejam proferidas através das redes sociais, à saída do estádio ou do aeroporto após um jogo pouco conseguido, ou mesmo no decorrer de um qualquer encontro de futebol.
Claro está que nem todos encaram da mesma forma estas abordagens nem sequer estas são primazia dos portugueses, tanto que o caso mais recente foi o encerramento da conta de Twitter por parte de Diego Rubio, depois de se ter fartado dos reiterados "piropos" de adeptos chilenos.
Recordo, para os mais distraídos, que Jeffrén escreveu no Twitter um pacífico A descansar un poco. Buenas noches  após a derrota contra o Getafe, no qual jogou singelos 30 minutos. Passado pouco tempo, um irritado adepto respondeu “A descansar? És mesmo c*, correste 20 metros e estás cansado? Não mereces a camisola que vestes, põe-te a andar fdp!”.
Pois bem, devo dizer que, tal como o aziado adepto, todos nós temos jogadores predilectos ou outros pelos quais nutrimos um ódiozinho de estimação. 
Desde o adepto mais paciente até ao que rói as unhas até ao sabugo...sejam eles da classe operária ou das mais selectas famílias, o facto é que há sempre alguns jogadores que tiram os adeptos do sério e aos quais é sempre exigido muito mais que aos seus colegas.
Só para dar um exemplo, a grande maioria encara com normalidade um passe falhado de Izamilov mas, se for o Pereirinha a fazê-lo....mesmo que seja no primeiro lance do jogo, sabe que a mãe será insultada, que decerto lhe chamarão alguns nomes de índole zoológica bem como outros quase impronunciáveis.
Se por exemplo Rinaudo fechar os olhos e levar metade da equipa adversária pela frente e ainda virar um apanha-bolas do avesso é ovacionado até as palmas das mãos deitarem fumo, mas se Carriço fizer uma entrada fora de tempo e apanhar o amarelo da ordem, logo surgirão enormes pontos de interrogação a sobrevoar Alvalade, como que a questionar o que faz este produto da Academia com a nossa camisola vestida.
Jeffrén, esse, é dos tais que passou rapidamente do estatuto de contratação de luxo a foco de embirração colectiva, fruto da sua débil condição física, que o colocou mais minutos na fisioterapia que nas convocatórias para as inúmeras provas que o Sporting participou.
Apesar de, aparentemente, os problemas dentários estarem ultrapassados e, com isso, o foco dos males que o atingiram definitivamente erradicado, da tal memória colectiva só constam as sucessivas lesões e um fogacho de futebol nas primeiras jornadas, onde marcou um golo de livre mesmo que, na sequência desse fulgurante remate, tenha ficado uma vez mais agarrado às suas partes moles (daquelas que se lesionam).
Talvez por isso a paciência de alguns adeptos esteja no limiar mais baixo...ao passo que certamente irão tolerar alguns disparates aos desconhecidos Viola ou Labyad, ainda frescos e tenrinhos.
Pela minha parte, até prova em contrário, continuo à espera do melhor do extremo espanhol, e desejo que siga os passos de alguns (como Acosta) que fizeram desesperar muitos, que inclusivamente o colocaram na prateleira dos grandes flops leoninos, até que a fera despertou e se tornou num ícone daqueles frutuosos anos.
Claro está que Jeffrén, como qualquer outro, só poderá render ao nível que todos pretendemos quando a orquestra estiver afinada e a sinfonia for apelativa e convidativa para os mais exigentes.
Era bom que começassem já a tocar os primeiros acordes nos "Cinco Violinos" mas é indispensável que o "Maestro" Sá Pinto ponha todos a tocar a mesma música, em vez dos desgarrados concertos a solo que temos podido assistir.
Vamos esperar que a musica mude, para melhor, com ou sem Viola!
 
 

sábado, 4 de agosto de 2012

Tédio 1 Golos 0


Ainda vou no primeiro parágrafo e já sei que vou enfrentar alguns comentários de desagrado mas, vou tentar não ser muito contundente.
Não vou entrar em análises específicas criteriosas sobre os jogadores nem sequer sobre o modelo de jogo, porque quer-me parecer que este nem sequer existe.
Muito menos quero entrar em patéticas comparações com o futebol que os rivais praticam e com a amostra de futebol que temos jogado.
Seria fácil bater em meia dúzia de jogadores que se exibiram a nível de equipa B ou inferior, ou apontar erros gritantes que decantaram o jogo para uma débil equipa espanhola, mas o que salta à evidência e me deixa profundamente preocupado é um vazio total de ideias que fazem parecer vulgar uma equipa totalmente remodelada o ano passado... e recauchutada este ano.
O pior é que este panorama desolador é reincidente, e o treinador nem sequer é novo e, portanto, não colam (em mim) aquelas desculpas de entrosamento e  balelas habituais.
Eu sei que muitos acharão uma heresia apontar algo ao intocável Sá Pinto mas, caros amigos, eu sou sportinguista há muitos mais anos que o treinador leonino e, portanto, acho-me no direito de apontar o que acho estar mal.
É que isto de se dizer sportinguista, bater com a mão no peito e apelar aos mais nobres ideais leoninos nem sempre é suficiente para se demonstrar a capacidade necessária para determinados cargos.
Já foi aqui abordado o percurso de Sá Pinto até aos dias de hoje e não vou voltar a apontar dados estatísticos comparativos, pois ficou bem evidente que o legado do actual treinador não trouxe melhorias acentuadas relativamente ao antecessor.
A equipa chegou a prometer mas, agarrados aos eternos "quase", finalizámos uma época sem honra nem glória e com bastantes interrogações relativamente à que está prestes a começar.
Com os ajustamentos possíveis para a corrente época,  logo muitos aventaram ter-se conseguido um plantel de qualidade única nos últimos anos, mas o certo é que os resultados e, essencialmente, a qualidade de jogo apresentada começam a cair como baldes de água, que estão a arrefecer o teimoso entusiasmo precoce do adepto leonino. Aliás, corremos o risco de ver um início de temporada com os ânimos bem mais esbatidos que na temporada passada, dado o início periclitante do Sporting versão 2012.
Claro está que se o Sporting vencer  o colosso Tetouan no jogo para o 3º e 4º lugar, mesmo que os mais recentes embates com equipas de "segunda apanha" sejam pouco prometedores relativamente a este jogo a feijões, as coisas poderão mudar radicalmente.

Quem sabe, poderá até mesmo bater o Olympiakos no último jogo de pré-época e saltarem a terreiro os defensores intransigentes de Sá, Coração de Leão, mas como eu só sou defensor intransigente do Sporting estou bem à vontade para dizer o que me vai na alma.
Não precisaria ser tarólogo, cartomante nem adivinho para saber que o treinador viria falar do terreno de jogo, tal como falou da relva alta na derrota contra o Charlton, e estarei por saber qual foi o mal da relva do Jamor mas, mesmo que fosse visível e deprimente o lamentável estado do terreno no jogo desta noite, de onde saltavam torrões de areia de tal forma que pensei estarem a jogar no FIESA, o Festival de Esculturas de Areia do Algarve, o certo é que  gostaria de ver ali jogar uma equipa de qualidade indiscutível, como  o Barcelona, para saber se realmente seria ou não possível praticar futebol de qualidade. Ficarei com esta questão sem resposta, mas com as minhas convicções inabaladas.
Das palavras de Sá Pinto podem destacar-se as seguintes:

"Nem sempre conseguimos criar muitas oportunidades e nem sempre marcamos as que queríamos, mas a equipa dá confiança para o futuro e não estou preocupado com uma derrota neste jogo... O terreno  de jogo estava difícil, muito seco, e tornou-se difícil jogar o futebol que gostamos de jogar."

Pois, eu também acho que o plantel foi montado para dar confiança para o futuro, só que no dia de hoje estou com pouca confiança na equipa que o comanda.
Eu queria muito vir penitenciar-me por esta crónica mas, duvido muito que o percurso desta equipa venha a ser motivo de grande orgulho.
Escusam de vir recordar-me que os resultados de pré-época pouco importam (porque a mim importam sempre) ou que esta fase é de experiências.
Mesmo que me venham dizer que falta Labyad e Viola, e que estes poderão trazer outra dinâmica , consistência e capacidade ofensiva ao Sporting, devo dizer que vou entrar nos jogos a sério com tanto cepticismo como aquele que me acompanhou durante a maioria dos jogos da época passada.
Espero que me desmintam, já amanhã, se possível.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Sporting - Getafe (directo)


Disputa-se hoje o jogo entre o Sporting e o Getafe, a contar para o Troféu Colombino, num dos últimos encontros de pré-época antes dos jogos a doer.
Ainda assim, o estatuto do Sporting e o facto de haver um troféu em disputa obrigam a máximo empenhamento e dedicação, por forma a tentar enriquecer o palmarés leonino.
O jogo com o 13º classificado do campeonato espanhol não se afigura fácil, mais por tradição que pelo valor adversário. É que não nos costumamos dar muito bem com os ventos de Espanha, mesmo que o adversário não se chame Real ou Barça. Estes espanhóis dos arredores de Madrid têm tido uma pré-época bi-polar, e já foram capazes de perder 3-0 com os belgas do Mechelen ou vencer por 5-1 os bem mais cotados compatriotas do Clube Brugge.
Depois de ontem termos podido assistir a uma entretida e animadora apresentação da equipa B, o facto é que os resultados da pré-época vão ganhando preponderância com o aproximar do início da época e, talvez por isso, o árbitro que ajuizou o Sporting B tenha vindo marcar território de modo a sabermos com o que podemos contar para este ano, chame-se ela equipa A, B ou C.
A mijinha à esquina do homem de azul que apitou ontem fará, certamente, muitos dos que acreditam no Sporting, ano após ano,  rever as suas expectativas para as nossas cores.
Apesar de tudo, foi muito bom poder ver a nossa equipa B ser superior em todos os parâmetros do jogo a um adversário da I Liga e que competirá na Europa este ano.
Quanto ao Troféu Colombino, já sabem que podem seguir o desenrolar do jogo, a partir das 19.00 horas, na SportTv1 ou num dos links que a seguir disponibilizamos.
 
 

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Sporting B - Académica (directo)

O Estádio Municipal de Rio Maior será hoje palco da apresentação da equipa do Sporting B, num jogo em que encontrará a equipa principal da Académica.
Fica a curiosidade de ver se, na próxima grande competição a eliminar, será preferível enviar a equipa secundária para um encontro com os academistas.
O jogo será a partir das 20.00 horas, e será possível seguir online através do site da Bola TV, no link que a seguir disponibilizamos.
 

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Há males que vêm por bem

É sempre com alguma alegria que constatamos que o nosso plantel está recheado de internacionais, na que poderá ser a primeira prova da qualidade do mesmo.
Claro está que, quando chegam os inevitáveis confrontos de selecções, esse orgulho torna-se numa dor de cabeça, tanto para a equipa técnica como para os adeptos mais preocupados com as componentes tácticas e de preparação dos treinos e jogos.
Ainda recentemente uma publicação falava em 16, o número de internacionais que fazem parte do nosso plantel, e se derem um pulinho à equipa B o cenário também está bem composto.
Muito antes de sair a convocatória de Marrocos para os Jogos Olímpicos já todos sabíamos que Labyad iria fazer parte dos escolhidos, e foi com natural curiosidade que assistimos a alguns dos jogos da selecção magrebina.
Hoje não pude seguir com atenção o jogo com a Espanha e, apesar de desejar sempre o melhor para os nossos jogadores, não posso deixar de confessar que foi com alguma alegria que assisti à eliminação da equipa africana, por forma a ter, com a maior brevidade possível, a totalidade do plantel à disposição de Sá Pinto.
É que numa equipa como o Sporting, desde o início que todos os jogos são decisivos e numa época em que muitos têm as baterias apontadas para mais um previsível cataclismo, o futuro joga-se a partir do primeiro jogo oficial.
Por esta razão, convém ter todas as armas disponíveis para as muitas batalhas que se estão a preparar.
 
Por falar em Labyad, agora que tenho seguido com mais atenção as suas performances, devo confessar que vê-lo jogar tem-me feito recordar um jogador que já vestiu as nossas cores,  mesmo que se torne um crime fazer tal comparação.
A sua forma de correr, a sua velocidade, algumas iniciativas nas linhas laterais visando servir o avançado e …até fisicamente (mesmo que o marroquino tenha um porte físico algo superior) Labyad tem-me feito recordar um tal Simão, que aprendeu a jogar no Sporting mas que cedo demonstrou que se esqueceram de lhe ensinar os mais básicos fundamentos de um homem com princípios.
Curioso é que, talvez por o terem confundido com o ex-ídolo do outro lado da circular, também os rivais tentaram assediar o jovem marroquino, mas este, apesar da similitudes que eu encontro, parece de momento estar comprometido sentimentalmente com o Sporting.
Claro está que o mundo dá muitas voltas e ainda é cedo para o poder considerar um símbolo ou um modelo a seguir mas, de momento, ter um jogador com algumas características como as que tinha o outro que encantou e fez sonhar os adeptos leoninos, se bem que considere este Labyad mais crescido tacticamente que Simão com a mesma idade, faz perspectivar uma carreira promissora e um jogador que poderá, a muito breve trecho, ter direito a tarjas alusivas ao novo 20 de Alvalade que, curiosamente, já foi do outro.