sábado, 31 de março de 2012
Sporting Belenenses (directo) Andebol 29-21 FINAL
Meia final da Taça de Portugal (Tavira)
Ao intervalo, o Sporting vai vencendo por 13-7
FINAL Sporting 28 Belenenses 21
Ver o jogo no Internet Explorer
FapTv
Pedro Solha 10 golos
João Pinto 5 golos
Frankis Carol 5 golos
Amanhã, 17 horas, o Sporting irá medir forças com o Porto, que na outra meia-final venceu o Madeira SAD por 29-27, para decidir quem irá levar para casa a Taça de Portugal 2011/2012
Benfica vs Sporting- juniores (directo) 1-1 FINAL
Golooooo Sporting
56 min Gael Etock
0-1
Inacreditável autogolo, repartido entre Ié e (principalmente) Rafael Veloso
1-1
Algumas ligações para poderem seguir o jogo em directo.
Contudo, tentem ver sem som, porque os comentários são pouco aconselhados a pessoas sensíveis.
BenTv1
BenTv2
BenTv3
No outro jogo para o cimo da classificação, Braga 1 Porto 2.
A classificação ficou assim ordenada.
Benfica 17
Sporting 16
Porto15
Braga 15
Tudo em aberto, portanto
56 min Gael Etock
0-1
Inacreditável autogolo, repartido entre Ié e (principalmente) Rafael Veloso
1-1
Algumas ligações para poderem seguir o jogo em directo.
Contudo, tentem ver sem som, porque os comentários são pouco aconselhados a pessoas sensíveis.
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BenTv3
No outro jogo para o cimo da classificação, Braga 1 Porto 2.
A classificação ficou assim ordenada.
Benfica 17
Sporting 16
Porto15
Braga 15
Tudo em aberto, portanto
quinta-feira, 29 de março de 2012
Agridoce
Tenho que começar pelo fim, porque o que fica para a história e para o decurso da eliminatória é o resultado.
Mesmo
que saibamos que os jogos duram 90 minutos, e que já por diversas vezes
beneficiámos deste factor, o certo é que dói passar de uma situação
bastante confortável para um resultado que comporta elevado risco.
Soube-nos
a ginjas quando em Alkmaar fizemos a festa depois da hora e quase tão
saboroso, também, quando eliminámos o Twente, também com Rui Patrício
como protagonista.
A grande diferença é que ainda estamos no intervalo da eliminatória, ao contrário desses golos misericordiosos.
Tem
que dar-se mérito a uma equipa desconhecida para muitos, mas que com
intérpretes de elevada qualidade técnica comportava um duelo de
dificuldade acrescida. O percurso destes ucranianos na Europa não é obra
do acaso, mas a segunda parte do Sporting fez acreditar que a noite
poderia ter sido perfeita.
Se
a primeira parte foi bastante descolorida, em parte por demérito nosso,
o certo é que a posse de bola e aparente superioridade do Metalist
também não se traduzia em oportunidades de golo.
Um
par de remates, de ambas partes, era fraco rendimento para equipas que
precisavam de fazer algo para justificar o seu estatuto.
O
Sporting que ganhava consecutivamente em casa, para as provas
europeias, há seis jogos, defrontava uma equipa que não sabia o que era
perder fora esta época, também na Europa.
A
balança pendeu para o lado verde e branco, felizmente, mas agora terá
que tentar inverter a tendência recente de perder, fora de portas, o que
se afigura tarefa complicada.
A
segunda parte trouxe um Sporting transfigurado, atitude que se notou
logo nos primeiros segundos, quando as incursões e a agressividade
incutida inclinaram o campo para a baliza adversária.
As
situações de perigo começam a empolgar o fantástico e numeroso público
presente em Alvalade (perto de 41 mil), mas também a própria equipa, que começou a
acreditar no seu valor.
O golo de Izamilov, aos 51 minutos, era o corolário do assédio à baliza adversária, e a culminar uma jogada de canhotos.
Esse
lance trouxe maior tranquilidade à equipa, que passou a trocar a bola
com outra objectividade. As arrancadas de Matias iam pondo em
sobressalto a defesa contrária, mas do lado ucraniano a explosividade de
Taison só a muito custo e sacrifício era parada.
O
segundo golo, num livre de Insua, levou-nos às portas do paraíso, e
poderia obrigar a férrea defesa ucraniana a abrir um pouco mais, pois
teria que ir em busca de um golo.
No
entanto, a condição física dos nossos desequilibradores e o amarelo a
Carriço, um gigante que hoje se plantou no nosso meio-campo, fizeram o
jogo pender para o nosso campo e perdermos a capacidade de gestão da
posse de bola.
Apesar
de Renato Neto ter estado globalmente bem, notou-se sobremaneira a
forma menos intensa de abordar determinados lances, o que começou a
causar alguns calafrios junto à nossa área.
As
substituições poderiam ter causado um desequilíbrio maior na
eliminatória, pois a velocidade de Jeffren e Carrillo, em detrimento de
Izma e Capel, poderiam dinamitar a defesa contrária, mas tal
infelizmente não veio a acontecer.
Foi
numa das muitas incursões pelo meio, e na incapacidade para ocupar um
determinado espaço, que ocorreu o remate frontal que proporcionou mais
uma fantástica defesa de Patrício, que no entanto acabaria por cometer
penalti, numa abordagem precipitada pois o controle de bola de Devic não
foi o mais correcto.
Foi
uma pena para o Sporting, para os seus devotos adeptos e também para
Patrício, que deveria ficar na memória pela relevante exibição, mas pode
ter ficado ligado ao futuro da eliminatória.
Após
o golo, já após o minuto 90, o treinador do Metalist deu claras
indicações que este era um resultado do seu agrado (obviamente) e
inclusivamente operou uma substituição para queimar tempo.
O apito final fez-se ouvir , com esse sabor agridoce da vitória pela margem mínima.
Uma
história completamente diferente será a da segunda mão. Não há jogos
iguais, mas são várias as condicionantes para esse jogo, que esperemos
nos conduza ao mais que provável duelo com o Bilbao.
Logo
à partida, o estado do relvado não deverá ser o propício para equipas
técnicas, mas convém recordar que a própria equipa do Metalist, fruto do
seu sotaque sul-americano, fundamenta o seu jogo nessas capacidades.
O ambiente, obviamente, será adverso, mas o Sporting tem que estar preparado para suportar essa pressão.
Contudo,
a ausência de Carriço vai ser a nossa maior dor de cabeça, mas a nossa
"Aspirina" poderá ser a ausência da dupla de centrais que hoje jogaram
em Alvalade.
Torsiglieri e Papa Gueye não poderão figurar no onze adversário, e esperemos que o Sporting saiba aproveitar esta ausência.
É que marcar golos em Karkhiv é quase obrigatório.
Como encontrar o caminho da baliza
Se
exceptuarmos o saudoso jogo contra o Guimarães, a versão Sporting do
reinado Sá Pinto tem sido marcada pela escassez de golos.
Já
na "era Domingos"....assim era, mas como a excepção faz a regra, também
contra o Gil Vicente fizeram questão de tirar a barriga de miséria.
No
período que mediou a antiga e a nova era, raras eram as oportunidades
de golo o que, por si só, já inibe a tarefa de meter a bola dentro da
baliza.
Os
tempos mais recentes já fazem vislumbrar uma equipa mais lúcida e com
ideias próprias mas, como se costuma dizer, os caminhos da baliza é que
são difíceis de encontrar.
Pelos
vistos, os adeptos do Magdeburgo, equipa que anda a fermentar pelas
divisões inferiores na Alemanha, adoptaram uma nova estratégia para
ajudar os jogadores a encontrar esse mesmo caminho.
Cá
está uma ideia a adoptar pelas nossas hostes, caso Wolkswinkel e
C&ª teimem em jogar às escuras, no que toca a meter a bola entre os 3
pauzinhos.
Grandes setas fluorescentes, interactivas, que indicam constantemente o caminho a seguir.
Os adeptos tudo devem fazer para ajudar a equipa nos seus propósitos.
Resta saber se o 12º jogador está a ter o efeito desejado!!
Ataque...à bomba
O jogo de hoje, tal como a maioria, estará
rodeado de curiosidades. Servem estas para adoçar os pormenores que,
alguns especialistas, teimam em tornar demasiado monótonos e
entediantes.
Assim, ficámos a saber que um grupo de 24 japoneses, vítimas de Fukushima, seguirá atentamente as incidências do encontro de logo à noite.
Os
jovens, com idades compreendidas entre os 12 e os 15 anos, são órfãos
ou perderam familiares nessa tragédia que assolou o Japão, de que
resultou o gravíssimo acidente nuclear.
Pois, dá-se o acaso que vão assistir a um jogo onde participam ucranianos, que também se viram a braços com tragédia semelhante.
Chernobyl jaz na memória de muitos, mas não deixará de constar no rol das grandes catástrofes nucleares.
Neste
cocktail explosivo de logo, resta esperar que Alvalade se transforme
num grande reactor em ebulição, activado por uma contagiante exibição da
sua equipa. Um "Cocktail Izamilov" poderia ser o detonante da reacção,
mas não me importo que seja outro qualquer explosivo, desde que faça
tremer as bancadas de Alvalade.
A nossa defesa tem que estar atenta ao corrosivo poder de leste, mas tem que fazer um ataque...à bomba!!
Espero
que fique na memória colectiva de todos nós pelos melhores motivos, e
que os de Karkiv sejam evacuados do nosso estádio sem motivos para
sorrir.
Se levarem alguma imagem na retina, que seja das bombas dos tempos mortos!!
Presidente RIDÍCULO
Já
estamos em contagem decrescente para a primeira das muitas finais que
temos até final da época, mas só à hora deveremos saber com quem vamos
contar para o jogo.
É
que apesar de Capel e Izmailov terem sido convocados, não há garantias
que façam parte dos 18 em quem recairá a responsabilidade de defender as
nossas cores.
Da
lista apresentada sairão 3 nomes, pelo que ao provável Tiago se
juntarão mais dois, que bem podem ser os dois médios, se bem que eu
preferiria que Ilori e Ribas (perdoem-me a sinceridade) fossem os
eleitos.
Até
à hora das grandes decisões vou lendo algumas notícias, e como há
sempre uns meios de comunicação que andam atrasados, ou a reboque de
outros, hoje voltam a ser mencionadas as declarações de Alexandre Kalil, presidente do Atlético Mineiro, acerca da abortada transferência de Matias.
Já
ontem abordei esse tema, mas vou voltar a fazer uma última incursão
para recordar um episódio passado com esse dirigente, e com o nosso
clube.
Nos
negócios, como noutros assuntos de extrema importância e interesse, não
deve haver rancor mas, sinceramente, sermos passados por parvos e dar a
outra face, é uma atitude pouco inteligente.
No
famigerado negócio Kleber, que o Sporting tentou adquirir para colmatar
a saída de Liedson, uma vez mais ficou a ver navios, em detrimento do
do costume, mas as versões nunca foram condizentes.
O Atl. Mineiro era quem detinha os direitos desportivos do jogador, mas o Marítimo era parte interessada no negócio.
O
Porto, com as suas manigâncias habituais, passou por cima dos
interesses do Marítimo e tentou negociar directamente com os
brasileiros.
O Sporting teve um comportamento ético para com as partes interessadas, mas de nada lhe valeu.
O sujeito que agora tentou adquirir Matias Fernandez é o mesmo que, há sensivelmente um ano, dizia o seguinte:
“A proposta é ridícula. O Sporting quer pagar no final de 2012, dividir
em quatro pagamentos, um valor menor que o Porto já tinha oferecido, é
uma piada. Eu não me interesso se o Kleber e o Maritimo estão de acordo.
O jogador é do Atlético e eu não ligo a mínima para o que o Kleber e o
Marítimo pensam. Principalmente o Marítimo, que atrapalhou muito o
Atlético numa parceria, na qual eu quis ajudar o Maritimo. Eu dei tudo
de graça para o Marítimo. Em troca, ainda atrapalhou uma venda de 2,4
milhões de euros para o Porto, no meio do ano. Foi a retribuição que eu
tive. Era uma venda para o Porto, sim. Eu só faço comprometimento com a
minha mulher, não com o Porto. A proposta do Sporting é ridícula. É uma
proposta ridícula!”.
Acontece
que os documentos provaram o contrário, ou seja, que a versão do
Marítimo sempre foi a verdadeira, e o Sporting ofereceu mais que o Porto
e com as mesmas modalidades de pagamento.
Como na altura já desconfiávamos, o jogador acabou por ir para Norte, seguindo o exemplo de Paulo Assunção, Adriano...e outros.
Preferirem
uma proposta inferior leva a pensar se não há outras formas de
pagamento, como por exemplo sardinha em tomate ou pêssego em calda.
Como
esta história já tem barbas, o que aqui me interessa é que este sujeito,
de seu nome Alexandre Kalil, recusou uma proposta e apelidou-a de
ridícula.
Kleber, um ilustre desconhecido, valia muito mais de 2, 5 milhões por metade do seu passe.
Agora,
julgamos saber que pretende levar Matias, que foi considerado em 2006 o
melhor jogador sul-americano, por uma verba a rondar os 3 milhões de
euros.
Mas,
será que houve mesmo início de negócio? Será que ninguém disse que esses
valores são ridículos? Bom, pode ter havido a tentativa de adquirir a
percentagem de um passe...social, ou de um passe vite, ou de um passe
partout, mas ainda assim alguém do Sporting deveria ter vindo a público
dizer que esta proposta é RIDÍCULA!!
Mais
ridículo ainda é negociar com estes parasitas, que nem sequer têm
vergonha de papaguear à comunicação social inverdades que atentam o bom
nome do Sporting, bem como o secundarizam relativamente a terceiros.
quarta-feira, 28 de março de 2012
Rai's partam a cartola
Queria muito que o Sporting estivesse a fazer bluff.
Na conferência de imprensa de hoje, Sá Pinto diz que o plantel está na máxima força (excluindo os lesionados...suponho).
As notícias da tarde trazem-nos Capel e Izmailov praticamente descartados para o jogo contra o Metalist, por problemas físicos.
A
ser verdade, será uma péssima notícia para os nossos interesses. Para
lá de estarmos a contas com lesionados crónicos ou com lesões de longo
prazo, praticamente durante o que levamos de temporada, a possibilidade
de perder as duas unidades mais desestabilizadoras e imprevisíveis, num
dos jogos do ano, será catastrófico.
Já nos habituámos a que de vez em quando saiam coelhos da cartola, mas a nossa cada vez tem menos coelho e mais tecido!!
terça-feira, 27 de março de 2012
Mercado da Páscoa
O Record noticia hoje que Matías Fernández esteve muito perto de
rumar ao Atlético
Mineiro. Esta possibilidade fez manchete nos desportivos durante algumas
edições mas, não passou disso mesmo, de uma possibilidade ...ou de uma
notícia de encher chouriço.
De acordo com a publicação, o presidente do clube, Alexandre Kalil,
garante que a qualificação do Sporting para os quartos-de-final da Liga
Europa foi o que impediu a transferência.
"Infelizmente a equipa dele qualificou-se
para os quartos-de-final da Liga Europa e não conseguimos. O negócio
estava muito bem encaminhado e tínhamos mesmo interesse nele", pode ler-se.
Uma transferência em Março??
Mas, as janelas de transferência na Europa não ocorrem entre 1 de
Julho e 31 de Agosto e no mercado de Inverno entre 1 e 31 de Janeiro?
Isto sou eu a perguntar, por isso tem os pontos de interrogação!!
Eu sei que no Brasil essa janela está aberta até 8 de Abril, mas
desconhecia que o Sporting o pudesse fazer mas, o que mais me interrogo é
que estivesse interessado em fazê-lo, para mais pelos valores que se
aventaram.
Às tantas trata-se do mercado da Páscoa, e assim ia embrulhado num ovo e enviado com um cartão de boas festas!
Sporting - Wacker Thun
Tal
como já tinha sido possível adiantar na eliminatória anterior, e também quando
tive conhecimento dos apurados para esta ronda, considerei à priori o
Wacker Thun a equipa a evitar.
Claro
está que se o Sporting pretende vencer esta competição teria quase
obrigatoriamente que os defrontar, fosse nas meias-finais ou na final,
mas acredito que os comandados por Pokrajac tenham uma palavra a dizer.
Esta equipa que nos tocou em sorte teve, até este momento, um percurso quase perfeito na competição.
Nos
1/32 avos de final eliminou a equipa madecónia do Skopje, com vitória
fora por 19-27, confirmando o apuramento em casa com novo triunfo por
25-20.
No primeiro jogo
destacaram-se o ponta esquerda Linder, com 10 golos, o lateral esquerdo
croata Franic e o ponta direito Dahler, ambos com 5. No segundo jogo
foram também Linder e Franic os mais eficazes, com 6 golos. Aliás, estes
jogadores lideram as estatísticas individuais da equipa também na
competição interna. Franic tem 141 golos (média de 5,22 por jogo),
Linder 125 (média 5/jogo) e Dahler 108 (3,22/jogo).
Nos
1/16 avos, contra os sérvios do Kolubara, o empate caseiro a 32 poderia
demonstrar alguma fragilidade desta equipa. Desta vez sobressaíram os
suiços Buri e Getzmann com 6 golos, tendo acabado o jogo Linder, o checo
Szymanski e o sérvio Isailovic com 4. A normalidade foi reposta em
terreno sérvio, com vitória por 30-36, sendo que Franic voltou a liderar
os marcadores com 8 golos e Linder com 7.
Na
ronda que antecedeu esta meia-final, voltaram a ter dificuldades em
casa, vencendo os italianos do Bozen por 33-32, com Linder a marcar 11
golos, secundado por Franic com 6. Nova vitória, e por números mais
esclarecedores foi a conseguida pelo Wacker em Itália. O resultado final
de 25-31 mostram mais uma vez uma equipa acima dos 30 golos, e claro
está com Linder e Franic em evidência. Dez e seis golos,
respectivamente, ajudaram a catapultar a equipa para as meias-finais,
onde iremos medir forças.
Os jogos serão a 21/22 de Abril, em nossa casa, e 28/29 em terreno suíço.
Já agora, mais umas informações acerca destes dois jogadores que se destacam no plantel.
O
suíço Linder, como já disse, é um ponta esquerda de 23 anos, com 1.78,
78 kg, e já leva marcados 48 golos nesta competição. Deverá ser um Pedro
Solha à moda suíça.
O croata Franic, lateral esquerdo de 36 anos, tem 1.93, 98 kg e marcou até ao momento 33 golos nesta edição da Challenge.
Resta
referir que o Wacker é o actual 3º classificado do campeonato suíço, em
igualdade pontual com o 2º, o Winterthur, mas longe do líder, equipa de
outras andanças, o Shaffhausen, equipa da Liga dos Campeões e que
soçobrou perante o Atlético de Madrid na última eliminatória.
Agora,
é esperar que o Sporting consiga estar à altura da sua história e
pergaminhos para, uma vez mais, poder estar presente na final de uma
competição europeia.
Sorteio Andebol
Foram neste momento sorteados os emparelhamentos para as meias-finais da Taça Challenge, em Andebol.
As bolas acabaram de ser abertas, e convenhamos que não foi o sorteio mais favorável para as nossas cores.
Se havia um relativamente acessível Maccabi e um mais complicado Diomidis, acabou por sair-nos o mais cotado dos semifinalistas, os suiços do Wacker Thun, que ainda não perderam nesta competição.
Para complicar (ou não) um pouco mais a eliminatória, o primeiro jogo disputar-se-à em nossa casa.
segunda-feira, 26 de março de 2012
Segredo bem guardado
As publicações desportivas têm que arranjar um eficaz jogo de cintura para tentar cativar os seus leitores, diariamente.
É
sobejamente conhecida a predilecção de alguns por determinados clubes,
em detrimento de outros, sendo que não há nenhum jornal ou
televisão que nutra simpatia especial pelo Sporting.
Não bastava não
termos, nem se vislumbrar um canal de televisão próprio, ainda temos que
andar em guerras e disputas por notícias que visam enfraquecer-nos,
enquanto outros fazem geralmente capa com o que interessa aos seus
adeptos, bem como outras notícias que não interessam nem às famílias dos
visados.
Este tratamento diferenciado sempre me causou
estranheza, pois se para além de "informar", estes meios de comunicação
também pretendem ser viáveis financeiramente, o facto de tentarem
inferiorizar um clube com largos milhões de adeptos não parece uma
estratégia inteligente.
Com a contribuição de minha parte, quem acompanha este blogue sabe-o, não contam.
Mesmo que, globalmente, sejam parciais e pouco éticos,
não têm aparentemente nenhuma guerra declarada ao Sporting, nem há
frentes de batalha activas, excepto quando o Sporting se põe a jeito.
Assim,
também há que adoçar a boca do fiel adepto sportinguista, todos aqueles
que ainda compram os jornais desportivos, numa hábil manobra de
aparente idêntico tratamento. Por isso, temos acesso também. quando
Cardozo não fez nada de especial nesse dia, ou aproveitando o facto de
Hulk ter ido ao dentista, a saber das banalidades dos jogadores
leoninos.
O tal jogo de cintura que falei no início tem que ser
bastante imaginativo, e os adeptos agradecem por poder ocupar o seu dia,
ficando a saber de pormenores dos seus ídolos, por pouca importância
que possam ter.
Já nos habituámos, há anos, a ter telejornais que
debitam 20 ou 25 minutos de notícias que podem ter interesse, e os
restantes 40 ou 50!!! minutos são a extensão do jornal O Crime, o
Correio da Manhã ou O Jornal do Incrível. Longe vão os tempos dos telejornais de 30 minutos, pois a luta pelo share e audiências a isso obriga.
Os jornais desportivos também têm 3 ou 4 páginas de interesse, e o resto é papel para embrulhar copos (para não fazer alusão a hábitos de higiene quando falha o papel higiénico ou o papel de embrulho).
Os jornais desportivos também têm 3 ou 4 páginas de interesse, e o resto é papel para embrulhar copos (para não fazer alusão a hábitos de higiene quando falha o papel higiénico ou o papel de embrulho).
Como
de quando em vez também gosto de saber o que não interessa, hoje pude
ler, online, claro está, que Matias Fernandez precisa de mimo.
Ainda pensei no popular tarifário de rede móvel, mas uma leitura mais atenta deu para desvendar que o chileno é muito sensível e precisa de ser acarinhado pela equipa técnica.
Diz também o referido jornal que..."Matías Fernández é um jogador que tem especial
necessidade de se sentir acompanhado e apoiado pela equipa
técnica, tal como já confidenciaram a O JOGO treinadores
que orientaram El Crá no Chile. O médio acusa os maus
momentos e carece de especial acompanhamento psicológico.
Conhecedor do perfil do internacional chileno e sempre preocupado em
injectar moral no conjunto,Ricardo
Sá Pinto conseguiu transmitir a confiança que El
Crá tanto gosta de sentir. Tal factor não será
estranho à maior regularidade e influência demonstradas
pelo atleta nos últimos tempos".
Ao ler esta passagem fiquei
preocupado, por saber que Matias pode ter ataques de ansiedade ou
qualquer outro efeito secundário, caso não tenha o acompanhamento
adequado.
Todos nós reparámos na subida de rendimento do chileno,
mas pensava estar relacionado com o posicionamento que agora ocupa no
campo, na subida de rendimento global da equipa, e em índices físicos
ligeiramente superiores.
Afinal, parece que o segredo está no acompanhamento psicológico.
No entanto, já Domingos devia ter algum tipo de atenção pois, em circunstâncias normais,
quando Bojinov empurrou Matias para marcar a grande penalidade da
desgraça, o chileno deveria ter feito uma birra, ou deveria ter chorado
compulsivamente, agarrado à bola.
Como nada disto aconteceu, acredito piamente que já lhe tinham lido o último livro de Eduardo Sá umas 15 vezes.
Como nada disto aconteceu, acredito piamente que já lhe tinham lido o último livro de Eduardo Sá umas 15 vezes.
E uns beijinhos e umas palmadinhas nas costas, também !!
Sorteio Andebol
São já conhecidos os possíveis adversários do Sporting para as meias-finais da Taça Challenge, em Andebol.
Os suiços da Wacker Thun, os gregos do A.C. Diomidis Argous e os israelitas do Maccabi "Tyrec" Tel Aviv são, junto com os nossos andebolistas, quem vai pugnar pela conquista da competição.
Não
posso deixar de registar alguma surpresa pela qualificação de gregos e
israelitas. Não que conheça o seu valor, mas porque eliminaram equipas
que, no papel, e por força da tradição dos seus países, seriam
superiores.
O
Diomidis é uma equipa praticamente sem historial nas competições
europeias, pois só por duas vezes competiu a nível europeu. Em 2005/06
passou a fase de grupos, com 3 equipas muito acessíveis, mas cairia logo
no primeiro confronto a eliminar, graças às duas derrotas com os
romenos do Steaua Bucareste. Na época 2009/10 só fez dois jogos na Taça
EHF, e também perdeu por duas vezes com os italianos do Gammadue, pelo
que a presente época constitui, de longe, a maior proeza para esta
equipa grega.
O
passado é completamente indiferente para os nossos interesses, pois o
percurso deste ano comprova que a equipa tem outros argumentos para se
bater a este nível. O plantel tem 3 jogadores sérvios, dos quais se
destaca Davor Taskovic, o melhor marcador da equipa, bem como um
albanês e um cipriota. Até ao momento, os gregos eliminaram os polacos
do Stal Mielec, os ucranianos do Portovik e os suiços do Kriens-Luzern.
Recordo
que a última vez que defrontámos uma equipa grega não ficámos com boas
recordações. O ano passado, quando defendíamos o troféu conquistado no
ano anterior, fomos eliminados pelo A.E.K., na transformação de livres
de 7 metros, depois de uma vitória e uma derrota por 27-23.
Já os israelitas do Maccabi
Tel Aviv não têm historial nas competições da EHF e chegam a esta fase
da competição com um desempenho igualmente positivo, mas onde eliminaram
adversários menos cotados que os eliminados pelo Diomidis. Se uma equipa turca e uma grega eram
equipas de baixa cotação, já os eslovenos do Maribor partiam, a meu ver,
como favoritos nos 1/4 de final da competição, mas o Maccabi conseguiu
inverter a derrota pela margem mínima, conseguida no campo adversário.
O
suiços do Wacker Thun são, em meu entender, o adversário a evitar nas
meias-finais, mesmo que sejam uma equipa com a qual o Sporting possa
bater-se, se competirmos ao nosso melhor nível.
Vencedores desta mesma competição na época 2004/05, ao bater na final o ABC, a
prova deste ano tem sido pautada pela supremacia que tem ostentado nas
eliminatórias. Depois de ter eliminado os macedónios do Skopje com duas
vitórias, foi nos 1/8 de final que empataram o único jogo na quase
perfeita carreira na Challenge. O empate com os sérvios do Kolubara não
impediu que avançassem para os 1/4 de final, onde registariam mais duas vitórias frente aos italianos do Bozen.
Um atleta checo, um sérvio e um croata ajudam a compor um plantel onde também se destaca o ponta esquerda Luca Linder.
Terça-feira
ficaremos a saber o que nos calhou em sorte mas, convenhamos, também os
adversários estarão a fazer contas com a nossa equipa, com um palmarés
já digno de registo, desde a saborosa conquista de 2010.
domingo, 25 de março de 2012
Sozinho em casa
O DN de hoje noticia que Bruno Paixão saiu de casa, por ordem da polícia.
Irra, o homem não sai é da capa dos jornais....for god sake.
Depois da semana que sucedeu ao jogo do Sporting, em Barcelos, Paixão quase fez esquecer a crise, a troika ou os juros da dívida soberana.
Irra, o homem não sai é da capa dos jornais....for god sake.
Depois da semana que sucedeu ao jogo do Sporting, em Barcelos, Paixão quase fez esquecer a crise, a troika ou os juros da dívida soberana.
Segundo
anuncia essa publicação,o árbitro foi ameaçado, com descrição exacta
das rotinas da filha de sete anos, após revelação dos dados pessoais na
Net.
Convenhamos que discordo deste tipo de actuação, porque a criança não tem culpa nenhuma. Aliás, sabe-se que os filhos não podem escolher os pais que lhes tocam em sorte.
Dado que BP deve estar, felizmente, de consciência tranquila, devia enviar a família para porto seguro e manter-se sozinho, em casa, como no célebre filme, à espera dos delinquentes.
Haveria de arranjar maneira de conseguir inclinar o campo para seu lado, e levar de vencida essa dura batalha.
Convenhamos que discordo deste tipo de actuação, porque a criança não tem culpa nenhuma. Aliás, sabe-se que os filhos não podem escolher os pais que lhes tocam em sorte.
Dado que BP deve estar, felizmente, de consciência tranquila, devia enviar a família para porto seguro e manter-se sozinho, em casa, como no célebre filme, à espera dos delinquentes.
Haveria de arranjar maneira de conseguir inclinar o campo para seu lado, e levar de vencida essa dura batalha.
Claro
está que estas ameaças só coincidiram com o pós-jogo do Sporting por
mera casualidade, pois sabe-se que os adeptos da esmagadora maioria dos
clubes apitados por BP acham-se com motivos para "amaldiçoar" o árbitro.
A
coincidência desta causa-efeito deu-se nessa semana, data em que foram
publicados os dados dos 25 árbitros e, os furiosos adeptos com mágoas
antigas e recentes, fizeram questão de confirmar se os dados tornados
públicos eram verdadeiros.
BP já veio desmentir a veracidade de parte da notícia, mas confirma ter sido alvo de ameaças.
Se
a moda pega, as autoridades ainda terão que montar um campo de
refugiados, seja com o prestável auxílio da Cruz Vermelha ou de ONG's,
pois devem ser numerosas as famílias dos 25 árbitros em risco potencial.
Não
será de estranhar se tiverem que pedir asilo político, ou desportivo, à
embaixada da Etiópia ou do Sri Lanka, para garantir a sua segurança.
Com um pouco de sorte, ainda convidam alguns para arbitrarem nestes países!!
sábado, 24 de março de 2012
Capelli e Dalila
"Nós somos o Sporting e jogamos em casa".
Esta
frase "de combate" do nosso treinador, na antevisão do jogo desta
noite, contra o Feirense, confirmou-se. Realmente, o Sporting jogou em
casa, e a equipa apresentou-se com o equipamento tradicional.
De
resto, muito pouco, para quem esperaria uma exibição como a que nos
presentearam, quando o Guimarães visitou Alvalade. Aliás, o registo de
hoje já é quase uma imagem de marca, venham cá os milionários de
Manchester ou os últimos classificados do campeonato português.
Pessoalmente,
não estava à espera nem de muito, nem de pouco, simplesmente pretendia
uma vitória, como é sempre o meu desejo, mas no caso concreto era
importante não intranquilizar a equipa e motivar os adeptos para o jogo
da próxima 5ª feira. Não acredito que estes últimos tenham saído do
estádio com motivos para grandes recordações, mas salvou-se o resultado.
Apesar
das palavras de Sá Pinto, no final do jogo, onde volta a referir o
cansaço acumulado pela carga de jogos, num curto espaço de tempo,
acredito que algo mais poderia ter sido feito, principalmente para não
ter que jogar os últimos minutos com o coração nas mãos, e o credo na
boca.
Aliás,
crendo que o cansaço é o principal óbice a uma actuação mais lustrosa,
então iríamos ter na recepção ao Metalist uma equipa ainda mais cansada
mas...não acredito nisso.
Para
a obtenção deste resultado, valeu também esta equipa da Feira,
que veio demonstrar porque ocupa a posição mais ingrata, e porque também
se destaca como a equipa menos concretizadora. O Sporting, voltou a
demonstrar uma relativa solidez defensiva, mas também saltou à evidência
que, com caudal ofensivo tão escasso e eficácia tão reduzida,
dificilmente poderíamos aspirar a outros lugares.
Sou
da opinião que temos sido absurdamente prejudicados no capítulo
arbitral, que deveríamos estar muito mais próximo das decisões do
campeonato, mas parece-me pouco credível que uma equipa com 37 golos ao
fim de 24 jornadas (11 deles em 2 jogos), pudesse ser um sério
candidato.
Não
vou entrar em análise detalhada dos momentos do jogo, simplesmente
realçar que, mesmo sem deslumbrar, algumas triangulações e movimentos
ofensivos fizeram os adeptos despertar do seu leve sono, mas a má
decisão na hora da finalização ou na tomada da melhor opção adiaram a
tranquilidade, dentro e fora do campo.
A
segunda parte trouxe um Feirense mais descomplexado, mas mesmo que Quim
Machado advogue que mereciam o empate, não me recordo de uma
oportunidade de golo flagrante, para lá de aproximações mais frequentes à
nossa baliza e cruzamentos que causaram alguma apreensão.
Quanto
a destaques individuais, diria que a dupla de centrais esteve na
globaliade acertada, que João Pereira talvez tenha sido o nosso mais
acutilante elemento de ataque e que Capel, ao contrário de Sansão, o
corte de cabelo parece ter-lhe dado uma renovada força.
Por esta ordem de ideias, todos a cortar o cabelo, para 5ª feira!!Juniores
Mandam
as regras jornalísticas que se confirmem ou cruzem as fontes, antes de
publicar uma notícia. No entanto, apesar disso não ser possível, dado
que o site do Sporting continua igual a ele próprio e não acompanha a
modernidade nem dá a devida importância a quem tenta a ele aceder, devo
dizer que, consta, o Sporting, que perdia ao intervalo em Guimarães, a contar
para fase final do campeonato nacional de juniores, por 3-1...acabou por dar a volta e vencer por 3-4.
Esta notícia, repito, carece de confirmação.
No
entanto, este resultado pode relançar a equipa, dado que na próxima semana defronta o líder Benfica, no campo adversário.
Espero que este resultado se confirme, e que a segunda parte seja um bom pronúncio, para uma equipa que tem demonstrado uma preocupante irregularidade exibicional.
Com a vitória do Braga por 3-1, frente ao Setúbal,e do empate do Benfica na Madeira, frente ao Nacional, a classificação continua comandada pelos encarnados, com 16 pontos, mais um que Sporting e bracarenses.
Entretanto, o resultado de Guimarães sempre se confirma, bem como a excelente recuperação encetada na 2ª parte.
Parabéns equipa.
Espero que este resultado se confirme, e que a segunda parte seja um bom pronúncio, para uma equipa que tem demonstrado uma preocupante irregularidade exibicional.
Com a vitória do Braga por 3-1, frente ao Setúbal,e do empate do Benfica na Madeira, frente ao Nacional, a classificação continua comandada pelos encarnados, com 16 pontos, mais um que Sporting e bracarenses.
Entretanto, o resultado de Guimarães sempre se confirma, bem como a excelente recuperação encetada na 2ª parte.
Parabéns equipa.
sexta-feira, 23 de março de 2012
Centrais...e outros que tais
Não sou nenhum expert em tácticas, nem presumo ser. Posso por
vezes não compreender certas opções, mas publicamente não faço análises
desse calibre, sendo que já me sinto capaz de comentar ou dissecar
prestações individuais ou colectivas, assentes em vários pressupostos.
A
pseudo-notícia da incredulidade de Eliseu Trindade,pai de Elias, ao
vê-lo a actuar a central na 2ª parte do jogo contra o Gil também me
estranhou mas já estou habituado, após tantos anos a ver futebol e a ler
notícias onde os pais, os avós, os empresários, os analistas desportivos, os analistas clínicos,
ou os pandas gigantes vêm prestar declarações, muitas vezes desprovidas
de sentido.
O normal acabou por acontecer, quando Elias veio dizer
que jogaria, até a guarda-redes. Qual foi o jogador que nunca disse
isso, sem contar com os guarda-redes?
Curiosamente, mesmo que
tenha lido alguns comentários discordantes da estratégia com que Sá
Pinto abordou a 2ª parte desse jogo, penso que foi a mais correcta e,
inclusivamente, já tinha manifestado, em privado, que esta poderia ser
uma alternativa a utilizar, em determinados momentos.
Esse, era um dos momentos. A equipa a perder, o adversário quase sem sair do seu meio-campo, um único ponta de lança para marcar, de estatura baixa e, deste modo, ganharíamos superioridade numérica
no meio-campo. Durante um determinado período, o jogo parecia estar
controlado, e até os comentadores já prognosticavam o golo do Sporting,
mas este desenho táctico só durou 20 minutos, até à expulsão de Schaars.
Curiosamente,
pude assistir esta época a dois jogos dos juniores onde Sá Pinto adoptou o mesmo
modelo. Na recepção ao Benfica, na primeira fase do campeonato,
perdíamos por 0-1 quando, após o intervalo, abdicou do central Ilori e
"recuou" o trinco Agostinho Cá, com a dupla função de fechar aquela zona
mas, essencialmente (penso eu) de dotar o meio-campo de mais um
elemento, pois Cá só a espaços era visto na zona central, dado o pouco
caudal ofensivo adversário. Contra o Inter de Milão, para a NextGen
Series, mais uma vez a fórmula posta em prática. Golo italiano aos 56
minutos e aos 60 sai Ilori para Cá assumir, novamente, o eixo da defesa.
Como
ficou provado nesse jogo, como no de Barcelos, nem sempre a ousadia de
Sá Pinto resulta, mas não nos podemos queixar de ter um treinador que,
como muitos, espera que caia do céu alguma dádiva.
Das críticas,
essas, não se há-de livrar a menos que, como no jogo em que a
reviravolta aconteceu, a vitória acabe por cair, talvez para alguns também caída do céu.
quinta-feira, 22 de março de 2012
Shakespeare, grande ponta-de-lança
Já aqui referi várias vezes que deixei, há muito, de comprar o lixo jornalístico que abunda nas bancas. O
Sporting é uma paixão, igual a tantas outras, e é cada vez mais
frequente depararmo-nos com notícias, crónicas ou artigos de opinião
onde o nosso clube é vilipendiado, maltratado publicamente ou tratado de
modo tendencioso, pelo que me abstenho de contribuir monetariamente
para a causa por que estes pugnam.
Quando no café me cai no colo um Correio da Manhã não
lhe deito fogo, mas folheio-o quase sempre de modo apressado, fintando
os crimes, os classificados e as páginas cor-de-rosa, pelo que resta a
meteorologia e as palavras cruzadas. Às páginas de desporto, dado
conhecer o ADN desta publicação, também só passo os olhos, mas com o
único intuito de descobrir alguma notícia das modalidades amadoras, das
quais sou seguidor atento.
Ontem, quando mais um destes espécimes deu à costa na minha mesa de café, saltou-me imediatamente à vista o título de um artigo, na sua última página:"Síndroma de Calimero".
Se
a analogia ao simpático galináceo não fizesse parte das habituais
tácticas usadas por terceiros para justificar os roubos a que o Sporting
é sujeito, não estranharia. No entanto, como é um termo há tanto tempo
usado pela generalidade de não-sportinguistas , logo desconfiei do seu
conteúdo.
Sem estranheza, pude ler:
"A personagem do Calimero, o pintainho
chorão infeliz com o mundo, tem muitos émulos em Portugal. Nas empresas,
na política, nas escolas, até na vida privada, a culpa das falhas é
sempre dos outros. A responsabilidade é um conceito estranho neste País.
Um exemplo do síndroma é a reacção do Sporting face à derrota em
Barcelos.
Houve
erros claros de arbitragem, mas a equipa do Gil Vicente foi superior.
Se não aprender a corrigir os erros, o Sporting não ganhará nada, para
tristeza dos adeptos. Se lerem os clássicos, os responsáveis leoninos
podem aprender alguma coisa com Júlio César, de Shakespeare, que lembra:
"A culpa, caro Brutus, não está nas estrelas, mas em nós próprios."
Armando Esteves Pereira, director-adjunto
Mesmo que este blogue tenha o mesmo valor para este
Sr. Armando como o Correio da Manhã tem para mim, gostaria de dizer ao
director-adjunto que já é bom que admita que houve erros claros
de arbitragem. Até me estranha que consiga chegar a essa conclusão. Já
não me estranha que não admita que erros graves de arbitragem, na maior
parte das vezes, estejam directamente ligados à dicotomia
vitória/derrota.
Também gostaria de ter a acutilância visual que lhe permitiu descobrir que o Gil Vicente foi superior. Já Shakespeare dizia: "As pequenas mentiras fazem o grande mentiroso".
Que o Sporting não tenha sido dominador durante o primeiro terço do
jogo é uma certeza, mas daí até achar que os gilistas foram superiores,
vai uma grande distância. As estatísticas assim o demonstram, bem como um olhar despudorado ao encontro.
Também diz o adjunto que, se o
Sporting não corrigir os erros não ganha nada. Como acontece até com os
mais inaptos, pode ter ponta de verdade nesta afirmação, mas convenha-me
acrescentar que, mesmo corrigindo os erros, pode não ganhar nada, desde
que os erros crassos continuem a prejudicar-nos, como até aqui.
Aliás, poderia voltar a citar Shakespeare, dizendo: "O diabo pode citar as Escrituras quando isso lhe convém".
O jornalismo está em crise profunda, a par da arbitragem e, porque não, citando o próprio adjunto, as empresas, a política, as escolas, e até a vida privada.
Aproveitando o saber deste escritor, nada como adaptar a algum jornalismo, como a quase toda a política, outra frase de Shakespeare, com muita propriedade: " É uma infelicidade da época, que os doidos guiem os cegos".
Como já devem estar fartos de Shakespeare, vou citar o padre-escritor António Vieira:
"A cegueira que cega cerrando os olhos, não é a
maior cegueira; a que cega deixando os olhos abertos, essa é a mais cega
de todas."
quarta-feira, 21 de março de 2012
Camuflagem
Regra geral, neste espaço só comentamos ou analisamos assuntos
relacionados com o Sporting. Por vezes a vontade para nos alongarmos por
outras realidades é enorme, mas temos conseguido afastar-nos dessa
tentação.
Numa semana que tem corrido do pior modo, tanto pelo
resultado da equipa principal, como pelas réplicas desse pequeno
terremoto, saltou para as primeiras páginas a arbitragem desse jogo e a
posição oficial dos nossos responsáveis à pouca vergonha que teima em
ganhar contornos de escândalo.
Esta semana ficou marcada também
pelas declarações de Domingos (já tardava em comentar a actualidade
leonina), pelo documento de José Eduardo, por outro de Bruno de
Carvalho...enfim, o normal no universo sportinguista, quando a equipa
não ganha (sim, eu sei que alguns já tinham agendadas as iniciativas
antes do jogo).
No entanto, como não me apetece choramingar com
tanta tristeza, e como o tema arbitragem ainda fervilha por todas as
publicações, não fiquei indiferente com as notícias da divulgação na
internet dos dados dos 25 árbitros mas, principalmente, não pude deixar
de esboçar um sorriso pelos conselhos dirigidos aos juízes das
competições profissionais.
Assim, e passo a citar "O presidente da APAF garantiu que os 25 árbitros já foram aconselhados a
alterarem, tanto quanto possível, os dados pessoais agora divulgados,
entre os quais números de telefone, moradas, nome de familiares, números
de contribuinte e números de contas bancárias."
Se consigo
compreender que alterem uma profusão de dados que se querem privados, o
facto de proporem que alterarem os nomes dos familiares é que me provoca
alguma confusão.
Será que basta alterarem os nomes do pai, mãe e
avós...ou também terão que alterar os nomes dos filhos?Até que geração
deverá esta medida ser adoptada?
Aliás, eu acho que, em primeiro lugar, deveriam ser os próprios árbitros a mudar de nome. E a usar bigode!!
Não é que, passados 5 minutos de uma arbitragem "à Paixão" não desconfiássemos quem
estava ali a calcorrear o relvado, mas já seria bom não vermos o seu
sorriso sarcástico, por detrás de um bigode farfalhudo. José Pratas, por
exemplo, sempre se deu bem com o seu bigode, e até chegou a ter de
fugir à frente de uma legião de fãs, do F.C. Porto.
Vamos ver o alcance destas propostas da APAF mas vai, com certeza, haver uma procura desenfreada aos Centros de Identificação deste peculiar país.
terça-feira, 20 de março de 2012
Never ending story
Já
ninguém nos restitui os pontos perdidos, tudo continuará como até aqui
ou ...pior. A classe irá unir-se em torno de Paixão e infernizar ainda
mais, se possível, a vida do Sporting.
Eu
não posso fazer nada, mas posso isso sim recordar aos sportinguistas
mais esquecidos ou aos visitantes deste blogue que são adeptos doutros
clubes, que o que aconteceu ontem não foi um acaso.Deixem-se das balelas
do choradinho, porque o que aqui se passa tem contornos graves.
Medidas
urgentes são necessárias mas, desconheço o que possa ser feito, pelas
vias legais e na forma altruísta com que o Sporting rege os seus
princípios.
Por portas travessas sei, isso sim...que muita coisa se endireitaria.
Ao revermos este vídeo, estamos a ver uma história já com muitos anos, e que só terminará... quando eles quiserem.
segunda-feira, 19 de março de 2012
Só em Portugal
E pronto. Voltámos para Portugal, país de bons costumes, de óptimas praias e clima ameno.
Só
em Portugal é que os sucessivos ataques, com medidas anti-sociais a que
as classes baixa e média estão sujeitos, são encarados com resignação.
Só em Portugal é que os crimes de colarinho branco passam impunes.
Só em Portugal é que a corrupção no desporto, com provas flagrantes registadas em gravações, cai em saco roto.
Só em Portugal é que os processos em tribunal ganham caruncho, até prescreverem.
Não é só em Portugal que se passa esta pouca-vergonha a que voltámos hoje a assistir, mas ser sempre com o mesmo já mete nojo.
Só
em Portugal é que toda a gente acha que um determinado árbitro é
incompetente (para não entrar no campo dos ataques à sua honorabilidade)
mas...como em todos os exemplos anteriores, encolhe-se os ombros e
mostramos ao mundo que somos o povo mais conformado que existe.
Até
a comunicação social é unânime em considerar este sujeito inapto para a
função mas, invariavelmente, chegam à conclusão que...foi mais uma
arbitragem "à Paixão"!!.
Só neste país é que os incompetentes são pagos principescamente, e ainda prejudicam e gozam com quem lhes paga parte do chorudo part-time.
Não tenho vontade de comentar o jogo
porque, logo à partida, não se pode analisar algo que foi condicionado
em largos períodos do seu tempo útil.
A
verdade desportiva deste campeonato, ao que ao Sporting diz respeito,
foi aldrabada desde o primeiro jogo. Não há Liga da Verdade que reponha
pontos ou que nos diga o rumo que tomaria um jogo deste calibre.
Os
jogos duram 90 minutos, e também não vou estar a alimentar falsidades, dizendo
que durante 15, 20 ou 30 minutos não jogámos ao nosso nível. Os jogos
duram 90 e é no somatório desse tempo que temos de ser melhores. Fomos
melhores durante grande parte do jogo, mesmo com 10, e não fomos os 90
porque há 11+3 do outro lado que fazem pela vida.
Tinha feito duas pequenas crónicas
de antevisão a este jogo, e só tenho pena que ninguém tivesse
respondido ao desafio que lancei, para saber com quantos jogadores
acabávamos. Bruno Paixão esteve quase ao seu nível, mas penso que ainda
conseguiu elevar os parâmetros da sua sui-generis forma de inclinar um
campo.
É lamentável que, uma vez mais, o futebol passe para 2º plano mas, pior ainda, que este fulano continue, sine die, a pavonear-se pelos campos com um sorriso sarcástico, a provocar e a gozar com o nosso clube.
Auto da Festa ou da Barca do Inferno?
Apesar da enorme jornada de Manchester, acredito que na maioria dos
espíritos leoninos paira uma grande dúvida sobre que Sporting se
apresentará logo à noite, em Barcelos.
Mesmo que a promessa dos
responsáveis seja de que a atitude e querer se manterão, já há muito nos
habituámos a situações semelhantes, a passar de bestiais a bestas ou do
80 ao 8 em pouco tempo, a dar primeiras partes de avanço ou a andar ao
ritmo do futebol português.
Se não fosse normal esta bipolaridade, então não seria necessário os próprios responsáveis virem proclamar que o Sporting se apresentará com a mesma atitude de 5ª feira.
Estas dúvidas ou suspeitas só serão desfeitas no decurso do jogo,
isto se Bruno Paixão não se armar em protagonista, como tanto gosta, de
modo a que todas as questões técnico-tácticas passem para segundo
plano.
Dúvidas também podem pairar sobre que Gil Vicente fará
frente ao Sporting. Já me daria por satisfeito se fosse um Gil com um
desempenho entre o que nos venceu para a Taça da Liga e o outro a quem
lhes aviámos 6 para o campeonato. Contudo, salvo raras excepções, tal
como o Sporting de duas caras, também os nossos adversários geralmente
têm uma questão psiquiátrica pendente. Quando nos defrontam tentam
sempre fazer o jogo da época, ao passo que se resumem à sua grandeza
quando jogam com os do seu campeonato ou com os outros grandes, dentro e
fora do campo.
Desde a decisiva vitória em Alvalade para a Taça
Lucílio, os gilistas só voltaram a vencer mais uma vez, e nos últimos 4
jogos só lograram um empate, tendo perdido os outros 3 jogos. Estes
números não nos devem fazer esperar facilidades, pois para lá da natural
motivação que, como disse, todos adquirem quando nos defrontam, a nossa
tradição no estádio barcelense deixa muito a desejar.
As
estatísticas existem, é certo, mas só servem para florear a história.
Aliás, até podem/podemos usá-la para contornar ou mascarar outras
certezas. A certeza, contudo, é que não é famosa a nossa performance por
aquelas bandas, como atestam as 6 vitórias em 15 jogos.
6
vitórias, 5 empates e 4 derrotas é o fraco pecúlio de uma equipa grande
perante um adversário de poucos créditos. Só para justificar o que digo,
se compararmos estes números às nossas visitas a Guimarães ( 39 V, 20 E
16 D ) sendo este um adversário de outro gabarito, dá para perceber que
de Barcelos não correm bons ares para as nossas cores.
Como
disse, as estatísticas também podem servir outros interesses, como hoje
atesta a primeira parte do Record: "Treinador foi o pai da última
vitória em Barcelos, há 7 anos, ao marcar 2 golos". Efectivamente, uma
verdade insofismável.
Poderiam também dizer que, daí para cá, só
jogámos na época seguinte (2005-06), com o resultado final a quedar-se
por um empate a 2, após o que os gilistas foram relegados para outros
campeonatos.
O blogue do Núcleo também foi investigar, e descobriu que o Sporting já não vence em Évora, para o campeonato, desde 1965. Sá Pinto ainda não era nascido, pelo que não sabemos quem foi o pai dessa vitória.
domingo, 18 de março de 2012
МАРАТ ИЗМАЙЛОВ
São vários os factores que levaram à recente transfiguração do
futebol leonino. Se muitos apontam Sá Pinto como o grande obreiro desta
operação de cosmética, não nos devemos esquecer dos que, em campo,são os
impulsionadores das ideias e estratégias do treinador.
Um dos jogadores mais acarinhados mas também com mais qualidade do
nosso plantel tem nos seus pés um talento quase sem comparação no nosso
futebol, mas é ao mesmo tempo pouco dado a aparições públicas, pelo que uma entrevista de Izmailov é sempre para ler com agrado.
Hoje, o Jornal O Jogo faz, na sua versão online, um resumo da entrevista dada pelo nosso 10 ao jornal russo "Soviet Sport".
Na versão completa podemos por exemplo ler e compreender as
diferenças no estilo de jogo, porque se passou do passe longo para o
controle da posse de bola e passes curtos, ou sobre as expectativas para
a época.
A entrevista foi concedida antes da eliminatória com o City, mas continua bastante actual.
Se nos munirmos da ferramenta de tradução do Google, podemos ler na íntegra esta entrevista,
mas dado que à tradução online ainda temos que juntar alguma dose de
paciência e bom-senso para perceber certas passagens, deixo aqui o
resumo feito pelo O Jogo.
É Izmailov quem o garante: há uma nova filosofia com a
chegada de Sá Pinto. É fundamental dar tudo no relvado,
com enorme sentido coletivo e acabar de consciência tranquila, de
preferência com a obtenção dos resultados
desejados. "A confiança é mútua, dentro e fora do
campo, e libertadora", enfatiza o Czar, explicando em que medida as
coisas mudaram. A atitude trouxe vitórias (para além da
"derrota" no Estádio Etihad os leões só
caíram - de pé - em Setúbal) e os jogadores
começaram a dar os primeiros sinais de que as mudanças
impostas iam na direção certa: primeiro Marcelo disse que
todos passaram "a correr", depois foi Capel a afirmar que estavam "com
Sá Pinto até à morte" e agora foi a vez de
Izmailov, em entrevista ao "Soviet Sport", regozijar-se pela forma como
são tratados internamente e os efeitos positivos daí
resultantes.
Recordando que "as lesões são passado", Izma diz que
responde à confiança que Sá Pinto lhe transmite
com "produtividade". "Vamos para os jogos com sede de luta e de
vitória. Encaramos todos os adversários com a mesma
responsabilidade", garante, descrevendo ainda como o estilo de controlo
do balneário mais liberal e mais próximo levou a maior
rigor e disciplina dentro de campo: "Não há um controlo
tão rigoroso. Antes, quanto à disciplina fora de campo,
havia muitas regras e limitações. Às vezes coisas
pequenas, como telefonemas, brincadeiras, hora de apagar as luzes...
Agora temos mais liberdade. A confiança é libertadora,
até porque somos uma equipa de adultos que sabe como se preparar
para o trabalho. No campo não pode haver indulgência.
Aí somos exigentes. A disciplina é clara! Tenho as minhas
funções pelas quais tenho de responder. Confio no
Sporting..." O russo exemplificou o estilo e a relação
com Sá Pinto revelando que este "reagiu de forma calma e
afável" em vez de o "repreender e mandar para o quarto" quando o
apanhou à meia-noite, antes do jogo com o Rio Ave, a tomar um
café. E resultou, pois marcou o golo da vitória!
Izmailov chegou a ser citado como mais um jogador de cristal, dada a
reincidência de lesões, mas o russo não fica
magoado com quem faz a comparação, até porque,
recorda, "não faz sentido negar" que perdeu praticamente metade
dos jogos em Portugal por lesão. "Não magoa", dispara,
explicando a sua postura perante as críticas e os azares:
"Não fui o primeiro nem serei o último a ter de lidar com
muitas lesões. Gosto de olhar sempre em frente, e de
fazê-lo com otimismo." A indisponibilidade para jogar gerou
problemas a Izmailov, nomeadamente quando em outubro de 2010 atacou
fortemente a estrutura dos leões no mesmo jornal russo desta
entrevista, o "Soviet Sport". "Desde essa altura toda a estrutura do
clube mudou. Os mal-entendidos fazem parte do passado. Hoje está
tudo bem", conclui.
Para Izmailov o sucesso pessoal só faz sentido com o
coletivo, de forma a poder ter "emoções positivas" no
final dos jogos. Daí que diga que lhe é indiferente
"marcar ou dar a marcar desde que a equipa ganhe". Contou como de forma
espontânea lhe saiu mais um "cocktail Izmailov" contra o Rio Ave
("A bola ficou-me mesmo a jeito"), e justifica o facto de estar mais
concretizador (cinco golos): "Muitas vezes caio em zonas centrais, na
posição de apoio ao ataque. Logo, fico em boas
posições para rematar e marcar. Antes era mais
defensivo."
Izmailov não deixa de ter em mente o regresso à
seleção. "Três vagas livres? Claro que gostava de
ir ao Europeu. Em alguns meses tudo pode mudar. Quem produz no seu
clube pode ter uma chance", comentou o sportinguista, que considera "um
paradoxo" o facto de agora não ser chamado. Um entendimento que
vai de encontro ao do ex-selecionador Yuri Semin, que defende que "tem
condições para jogar no Euro 2012". "É
ótimo jogador com talento, não entendo porque não
foi chamado", acrescentou o técnico que o lançou no
Lokomotiv.
sábado, 17 de março de 2012
O seu a seu dono
Foi tal a euforia que nos invadiu, após a
jornada gloriosa de Manchester, que apesar de tanto ter sido dito... muito
ficou por dizer.
As luzes dessa épica
noite incidiram sobre alguns dos que estiveram directamente ligados aos
momentos chave. Foram eles Matias e Wolfswinkel, pelos golos alcançados
ou Izmailov e Patrício, pelas suas performances decisivas em momentos
chave.
Nas crónicas que se sucederam
ao jogo, foi unânime o elogio ao comportamento da equipa, no seu todo,
tanto por parte da comunicação social como da generalidade da blogosfera
e fóruns leoninos.
A crítica
contundente e arrasadora que brindou parte da época de Domingos, ou mesmo
no início do legado de Sá Pinto, era extensível a quase toda a equipa.
Patrício continuava a não agradar a muitos, os laterais não tinham
qualidade para envergar a nossa camisola mas os centrais sempre foram os
mais visados.
No meio campo Rinaudo
sempre foi consensual, mas Matias tem uma legião de fãs e outra de
detractores. Izmailov, de astro da companhia passou a peso morto, e não
faltava quem se lamentasse por não ter sido transaccionado quando ainda
tinha o joelho operacional. Elias foi por muitos apelidado de bluff e
colocado no rol dos piores negócios de sempre, a par de Pongolle.
Schaars passou do betão do meio campo a plasticina mole, Carrillo irritava os
mais sensíveis e Capel perdera todo o gás e aura com que chegara.
Jeffren foi um erro de casting e Ricky já só marcava de penalti...ou nem
isso.
As nossas crónicas nunca foram
muito mordazes, mas uma ou outra vez tivemos que ceder à dor que ia na
alma e criticar abertamente o desempenho de toda a estrutura ligada ao
futebol. A decadência do futebol praticado e de algumas opções tomadas
saltavam à evidência e não havia como mascarar essas debilidades.
Tal
como a maioria, também nós temos aqueles jogadores por quem nutrimos
uma especial afeição ou admiração. Em sentido inverso isso também
acontece, neste blogue, noutros, nos adeptos do Sporting ou doutro
qualquer clube.
No topo dos mal-amados pela generalidade dos nossos adeptos aparecem os nomes de Pereirinha, Polga, Evaldo, André Santos ou Carriço.
Curioso é que nesta eliminatória de tão boa memória, três destes "renegados" tenham dado um contributo de enorme importância.
Já tive oportunidade de criticar
algumas actuações de Polga, que chegou a exibir-se a níveis
inacreditáveis, mas também o elogiei quando elevou o seu futebol à
qualidade que nos habituou, quando veio para o Sporting.
Contudo, há um jogador que merece um elogio sentido e ainda não tive a oportunidade de o fazer.
Numa crónica relativa a Pereirinha, com data de 8 de Novembro de 2011 e intitulada, "A que horas passa o 25?",
já tinha tido a oportunidade de referir as esperanças adiadas, a
angústia por ver um jogador da formação com o chavão de eterna
esperança, e onde salientava não lhe augurar grande futuro...de leão ao
peito.
Já tinha feito alusão, em privado, aos bons indicadores de Pereirinha nos minutos que Sá Pinto lhe brindara, em jogos recentes.
No
entanto, este jogo de Manchester irá figurar como um dos melhores jogos
no meu imaginário, quando quiser recordar alguns seus desempenhos de
excepção.
Perante figuras de proa do futebol
mundial, o Pereirinha tímido, com falta de sangue na guelra, com aquele
sorriso quase infantil e com futebol insípido e pouco empreendedor que
acostumou os sportinguistas deu lugar a um verdadeiro leão, como nunca esperei ver.
A sua postura personalizada e transfigurada irá agora sofrer um duro revés, dada a forçosa paragem a que estará sujeito.
É uma pena quebrar esta sua ascensão, pois estava a ganhar um lugar nas primeira opções a saltar do banco.
Contudo,
como devemos tirar sempre algo de positivo de alguns contratempos,
ficará para a posteridade a fotografia do nosso lateral de ocasião, com
uma postura combativa e ainda com as marcas dessa dura batalha.
As veias saídas, o punho fechado, o seu ar de guerreiro
substituíram o ar angelical e imberbe do que habituou os
sportinguistas. Lamento o seu infortúnio ao mesmo tempo que desejo o
rápido restabelecimento, mas também desejo que o seu regresso seja
imbuído do mesmo espírito que faça acreditar que...desta vez é que é.
A um passo das meias-finais
O Sporting está com pé e meio nas meias-finais da Taça Challenge, em Andebol, ao vencer na Roménia o C.S:U.Suceava por 24-33.
Ao intervalo o resultado já era favorável às nossas cores por 13-18.
Apesar
das publicações desportivas indicarem um sorteio desfavorável para o
Sporting, na crónica posterior ao sorteio referi que este era um dos
adversários a não enjeitar, mesmo sendo proveniente de um país com
algumas tradições na modalidade.
A
confirmar o apuramento, as dificuldades serão exponenciadas nas
meias-finais, com os previsíveis apuramentos das duas equipas suíças,
sendo o Wacker Thun a mais credenciada, e a equipa eslovena do Maribor.
Para
isto acontecer, o Sporting terá que confirmar o excelente resultado
alcançado, e as equipas teoricamente favoritas, no meu entender, fazerem
valer o seu estatuto.
Mais um grãozinho para a excelente semana europeia das nossas cores.
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