quarta-feira, 31 de julho de 2013

Claro, como o derrame do Prestige


Dado que estou em preparativos para alguns dias de férias, hoje não tenho dedicado especial atenção ao que a imprensa escreve, relativamente ao Sporting.
Ainda passei os olhos pelas primeiras páginas dos jornais, mas não havia novidades no que concerne aos necessários ajustamentos no plantel, para enfrentar a época que se avizinha.
Depois de mais uns afazeres terminados, deparei-me com uma má notícia, de acordo com o pouco que estava disponível.
Como do caso Bruma já nada me surpreende, encarei sem sobressaltos.

O Record dizia:
Bebiano Gomes: Sporting fez mal o seu trabalho de casa...
A Comissão Arbitral Paritária (CAP) indeferiu ontem um dos dois pedidos de impugnação que o Sporting fez entrar nos seus serviços a propósito do caso Bruma.

Entretanto, o jornal O Jogo afinava pelo mesmo diapasão:
Caso Bruma: leões entram a... perder 
Segundo informações do advogado Bebiano Gomes, o órgão que irá dirimir o conflito jurídico entre os leões e o jogador rejeitou o requerimento que visava a impugnação do pedido de nulidade de contrato apresentado pelos representantes do atleta, razão pela qual continua em apreciação o processo principal. Esta primeira apreciação não pode, aliás, servir de indicador sobre a posição da CAP sobre a validade do contrato de Bruma.

Não sou, nem pretendo ser especialista em questões relacionadas com direito.
Ler a deliberação do CAP apresentada pelo advogado (a negrito) relativamente à impugnação do pedido de nulidade, parecia claro como água...depois do derrame do Prestige.
Ler aquela passagem ou ler o Corão era para mim quase o mesmo.
No entanto, tanto o advogado como os jornais que a publicaram consideravam-na a primeira derrota leonina no caso Bruma.

O Sporting respondeu entretanto em comunicado, à decisão do CAP, e manifesta que a decisão é favorável ao clube:
Nos pontos principais, diz que:

- A Sporting, SAD, tendo em conta o teor da notificação judicial avulsa recebida no dia 11 de Julho de 2013, entendeu clarificar junto da CAP se aquela notificação correspondia, ou não, a uma rescisão contratual por parte do jogador Bruma.

- A decisão de indeferimento liminar agora proferida pela CAP, ao considerar que a notificação judicial avulsa requerida pelo jogador Bruma não contém uma declaração rescisória, vai de encontro ao solicitado pela Sporting, SAD. Esta decisão vem confirmar que a notificação judicial avulsa recebida pela Sporting, SAD não deve ser entendida como uma rescisão contratual.

É entendimento da Sporting, SAD que a decisão da CAP, ontem divulgada, clarifica que, justamente porque o contrato não foi rescindido, o mesmo permanece em vigor, ou seja, até ao dia 30 de Junho de 2014.

Confesso que, ao ler este comunicado, não fiquei aliviado, porque continuei a ver a luz de um grande ponto de interrogação que pisca sobre a minha cabeça.
No entanto, estou em crer que não podem os dois ter razão.

Por isso, ou a Bebiano Gomes está a vir à tona o facto de ter terminado o seu curso de direito há pouco tempo, e nem sequer consegue perceber os termos da decisão, ou o Sporting está a tentar tapar o sol com uma peneira.

Seja qual for o vencedor desta pequena batalha, de uma guerra que o Sporting não fez por merecer, seria de bom-tom que os jornais esclarecessem os seus leitores.
Depois de evidenciarem a derrota leonina baseados nas declarações de Bebiano, gostava de ver alguma frase taxativa, baseada no comunicado do Sporting…ou a opinião de um insuspeito especialista na matéria.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Roer até ao caroço

Há três ou quatro dias atrás, recordo-me que dei de caras com uma notícia que exaltava a valia do plantel do Benfica.
Não é algo que me apanhe de surpresa, porque os activos dos rivais são exponenciados não só pelos resultados desportivos (uns mais que outros)...
mas também pela comunicação social, 
sempre lesta a  gerar foras-de-série 
no Seixal e no Olival.
 
Como geralmente olho para as notícias dos rivais com um olho aberto e o outro fechado, a verdade é que não prestei atenção aos detalhes, mas hoje fiz um rewind e a manchete dizia:

"Plantel avaliado em 725 milhões de euros. Valor das cláusulas de rescisão".
 
Dado que não tenho acesso à totalidade da notícia, fico sem saber com precisão a que cláusulas se referem.
Se às dos 107 jogadores do plantel, o que daria uma média bem modesta, ou a meia dúzia de pérolas que fazem capas de jornais quase diariamente.
Claro está que todos sabemos que as cláusulas de rescisão são um mero instrumento de defesa dos clubes detentores dos seus passes, sem que isso represente o real valor do jogador.
Aliás, recordo-me até do caso paradigmático de um jogador do Espanyol, chamado Francisco, que no seu último ano como profissional (com 34 anos) e uma carreira modesta, assinou em 1997 por uma época com uma cláusula de rescisão de 70 milhões de euros, a maior do mundo.
Claro está que foi uma medida que serviu para ridicularizar o mundo do futebol, mas também para  chamar a atenção para o (então) fenómeno crescente.
 
Mas o valor das cláusulas, além de turvar a visão de alguns jornalistas, também parece turvar a de alguns adeptos.
Até sportinguistas, que parecem acreditar que os nossos jogadores valem aquilo que as cláusulas ditam.
 
Hoje, curiosamente, vem publicado o valor do plantel leonino.
Sem dele constarem Ilori e Bruma, falamos de 620 milhões, repartidos por 17 jogadores.
Ainda estou à espera que o mesmo jornal exalte este contentor de milhões, mesmo sabendo que, na hora de vender, estes números deixem de interessar.
Que o diga também o Benfica.
Depois de Vieira (alegadamente) recusar 18 ou 25 milhões pelo Oscar Caroço, de acordo com o que foi noticiado, parece que se prepara para vender por 12.
Depois da negociata Roberto, isto demonstra que continua com olho para o negócio.
 
 
 
 


 
 
 

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Venha o Tourizense

O jogo entre o Nice e o Sporting, agendado para a próxima 4ª feira, já não se vai realizar.
Os responsáveis do clube francês alegam problemas logísticos para o cancelamento do jogo.
Apesar disto, na página do clube ainda está disponível a venda de bilhetes. 
Se fosse no clube leonino, não faltariam os comentários jocosos.

Venha lá o Tourizense!!



Ilusão de óptica

Não tenho por hábito ver jogos dos rivais, excepto quando jogam com o Sporting. 
Pontualmente, vejo alguns das competições europeias, onde deixo de lado o hipócrita nacionalismo.
Ontem, tive curiosidade em ver um pouco do jogo de apresentação do Porto, para saber se os indícios da pré-época se confirmavam.
Ao invés de ver uma equipa que tem sido alvo dos melhores elogios, vi um árbitro já em óptima forma, tendo em conta o começo do campeonato.

Hugo Pacheco, da Associação de Futebol (Clube) do Porto, deve ter querido honrar o convite para abrilhantar a festa de apresentação portista.

O que é que isto tem a ver com o Sporting?
Tudo!!
Se o Sporting jogasse sozinho, ou se não tivesse que dar de caras com alguns destes espécimes, as incidências dos jogos dos rivais seriam irrelevantes.

Tenho reparado que alguns dos nossos adeptos demonstram estar muito atentos ao que diz o nosso Presidente, a maioria das vezes com um olhar demasiado crítico, tal como com esta ou aquela contratação, este ou aquele modelo de jogo...entre outras atentas intervenções, mas seria conveniente que aumentassem  o tom do discurso quando chocassem de frente com a pouca-vergonha que continua a conspurcar o nosso futebol.
O Sporting já deu alguns indícios do que pode vir a  ser a próxima época.
No entanto, ao ver estas arbitragens de pré-época, convém não ficar eufórico ou entusiasmado com os resultados e/ou exibições, porque podem colocar-nos em sentido logo que a bola começar a rolar a sério.
Apesar de ser um crónico beneficiado, o Benfica já teve jogadores expulsos no decorrer da pré-época. Sílvio, por exemplo, que se auto-expulsou no jogo contra o Sporting, corria o risco de falhar a primeira jornada do campeonato, caso não houvessem uns cordelinhos por mexer.
Se acontecer uma expulsão de um jogador do Sporting, o critério pode mudar. 
Por isso, convém ter árbitros compreensivos nestes jogos a feijões,  mesmo que por vezes não seja possível evitar o inevitável. Apesar do árbitro desse Benfica-Sporting ser benfiquista, não teve outro remédio senão cumprir as regras.

Já a imagem do golo portista, bem como das agressões de Kelvin a Nolito, do Celta de Vigo, dão a perceber que no Porto nada acontece por acaso.
Alguém publicou a foto que encerra esta crónica, que corresponde ao golo da vitória portista, onde se pode ver a linha imaginária de fora-de-jogo sob o olhar de um adepto portista, ou de um fiscal-de-linha adepto do sistema.
Ou isso, ou aconteceu uma imprevista ilusão de óptica.
Isto tem tudo a ver com o Sporting, porque é esta gente que vamos ter que gramar um ano mais.
É este gente que querem profissionalizar, para tornar árbitros "incompetentes" em profissionais "incompetentes".
Para a história, para o orgulho dos seus adeptos, para a estatística e, ainda, para aumentar o grau de motivação dos jogadores, o que conta é o resultado.

Porque aquela gente não dorme em serviço, nem sequer na inauguração do Dragão, em 2003, deixaram que os acontecimentos decorressem ao sabor da imprevisto.
Martins dos Santos apadrinhou esse jogo, que marcou a estreia de Messi. O Barcelona ameaçou abandonar o jogo, perante a exibição do árbitro portuense, mas acabou vergado a uma derrota, por 2-0.
O Benfica inaugurou o seu estádio e teve direito a ser arbitrado pelo benfiquista Pedro Proença, na vitória por 2-1 perante os uruguaios do Nacional de Montevideu, que viram um jogador seu ser expulso em dia de festa.
O Sporting recebeu e bateu o Manchester United por 3-1, após uma grande exibição. No Sporting é assim. Não tem direito a  ofertas ou arranjinhos. Ganhou porque foi melhor mas, pelo sim pelo não, o árbitro "nomeado" foi Duarte Gomes.

Não devia haver  ninguém que engraçasse mais com o nosso clube.

Vendo de um modo lúcido, quem poderia arbitrar um jogo do Sporting, com as garantias que a coisa corresse bem?
Se alguém arranjar um nome, faça o favor de me avivar a memória.





















domingo, 28 de julho de 2013

Direitos e deveres

Elias revelou hoje, a um jornal local, que o motivo que o levou a abandonar o Sporting foram oito (8!!) meses de salários em atraso.
A confirmar-se a notícia, é mais uma vez lamentável que o nome do Sporting venha à baila pelos piores motivos. A direcção anterior parece um fantasma que teima em pairar.
Apesar disso, mais mês menos mês, não é notícia que me apanhe totalmente desprevenido.

Aliás, ao pensarmos na penosa época desportiva do clube e na falta de empenhamento da maioria dos atletas, leva-nos a crer que a situação seria extensível a outros jogadores.

No entanto, se o normal e ético será um profissional de qualquer metier ter os seus vencimentos em dia, qualquer que seja o valor em causa, há um pormenor que pode ter-se em consideração.
Se pensarmos que a maioria dos clubes da Liga Zon passaram por problemas semelhantes na última época, sem aparente decréscimo no rendimento desportivo, começa a deixar de fazer sentido que um qualquer jogador deixe de honrar os seus deveres, mesmo que estejam a espezinhar os seus direitos.

O caso mais emblemático poderá até ser o do Vitória de Guimarães.
Na última época enfrentaram imensas dificuldades, com meses de salários em atraso, o que chegou a obrigar o plantel a fazer greve aos treinos por forma a pressionar a direcção para regularizar a situação. Alguns jogadores do plantel rescindiram contrato, obrigando à promoção de jovens da equipa B.
Essa equipa que navegou em águas revoltas, ombreou com o Sporting e outras equipas até ao final por um lugar europeu, e culminaria a época com uma vitória histórica na Final da Taça de Portugal, diante do Benfica.

Dá que pensar a situação dramática por que passaram alguns jogadores, eventualmente também do Sporting, como dá que pensar que nem todos tiveram um brio profissional acima de qualquer suspeita.

...nem sai de cima.

É verdade que ainda ecoam alguns dos bons momentos que se puderam apreciar na apresentação contra a Real Sociedad, mas a actualidade leonina continua a ser marcada, em certa medida, por algumas indefinições no plantel.
Não há dúvidas que a vitória, bem como algumas boas indicações, foram o mais relevante do dia, mas o facto de só terem sido apresentados 19 jogadores não deixou de causar alguma surpresa.
Caso ainda se verifique alguma saída, como pode ser o caso de Patrício, torna-se ainda mais evidente que a composição do plantel está longe de estar definida.
Claro está que sabemos da interligação que irá existir com a equipa B, factor que reduz o impacto de um plantel tão curto, mas pode ter ficado patente que há jogadores por chegar, bem como renovações por resolver.
Ontem também se fazia sentir, nesta ou naquela publicação, que o Sporting precisa ainda de preencher/reforçar a posição de extremo.
É certo que temos muitos jogadores que podem fazer aquela posição que, recorde-se, foi completamente delapidada por Paulo Bento, que utilizava um esquema táctico onde jogadores com essas características dificilmente tinham lugar.
No actual plantel, Capel parece ser quem mais garantias oferece para ocupar essa posição, tanto na ala direita como na esquerda.
Isto, claro está, se o espanhol permanecer em Alvalade.
Já Carrillo terá que lavar a cabeça com sabão azul-e-branco, que tem características anti-sépticas,  para remover muitos dos maus hábitos que parecem tardar em ser estirpados.
Resolvidos esses problemas, pode ser um caso sério no ataque leonino.
Temos outros que, mal ou bem, podem movimentar-se naquelas zonas mas, aparentemente, não parece que os responsáveis tenham ainda as ideias bem definidas.
Jeffren, que promete e volta a prometer, desde há dois anos, não sabemos se irá ter mais alguma oportunidade, se irá passear a sua classe pela II Liga, se será cedido, vendido, ou dado.
Viola, que pontualmente também pode fazer da linha o seu habitat, chora baba e ranho para voltar para a Argentina. Quer-me parecer que, perante tanta insistência, a direcção acabará por (a)ceder ao ímpeto do Racing Avellaneda, em perfeito dueto com as pretensões do jogador.
Salomão, que foi resgatado ao Deportivo, depois de uma época com pouco sal de clube e jogador, também parece ter sido colocado na rampa de lançamento. No entanto, essa rampa está orientada para fora do estádio, para desespero de alguns dos seus fãs.
Já Labyad, que pontualmente ocupou essa posição, não tem características de extremo...nem sequer gosta de aí jogar.
Aliás, os seus detratores não gostam de o ver em lado nenhum, mas muito menos com um raio de acção tão limitado.
Esgaio, mesmo que nos últimos anos tenha jogado em posições mais adiantadas do terreno, também não tem características (técnica) que lhe permita efectuar determinadas acções.
Wilson Eduardo é outro jogador que, podendo actuar encostado à linha, não é essa a sua praia...mesmo que também não a seja jogar a ponta-de-lança, como muitos defendem.
Wilson (no meu modesto entender) é jogador que destaca mais em jogo de transição, e realça quando se movimenta atrás do ponta-de-lança.

Parece por isso evidente que o Sporting estará mesmo a procurar um jogador com características de extremo puro.
Não será em vão que os nomes de Bruno Gama ou Hélder Barbosa têm sido apontados ao Sporting, para colmatar o falhanço na contratação de Pizzi.
Eu sei que o presidente do Sporting diz que só perguntaram pelo jogador mas, as mensagens de Pizzi nas redes sociais tornaram evidente que o interesse era mútuo, e intenso.

Ao ler hoje que o Benfica apresta-se para emprestar Pizzi, três dias depois de o contratar, não deixa de me causar alguma urticária.
Acredito que o Sporting não terá cedido às exigências do clube detentor do seu passe, único motivo que encontro para o insucesso na contratação, enquanto o Benfica tem actualmente outros argumentos negociais.
No entanto, este tipo de intromissão do rival num negócio (num cenário meramente especulativo) faz-me lembrar tempos passados, onde os clubes grandes contratavam um jogador com a única intenção do rival não o ter.
Se se confirmar o empréstimo de Pizzi, isso não vai resolver o nosso problema na ala mas, confesso, acaba por deixar-me satisfeito.
No entanto, pode também confirmar um velho ditado.
O Benfica não f***, nem sai de cima.


sábado, 27 de julho de 2013

Sporting 2 Real Sociedad 0

Depois do que pudemos ler nos anteriores três jogos de preparação, finalmente pudemos ver o novo Sporting.
Obviamente (quase) todos os sportinguistas terão ficado satisfeitos com o resultado e, em grande medida, com a exibição, mas ainda é muito cedo para tecer grandes considerações.
Também era cedo há um ou dois jogos atrás, mas parece ter havido muita gente que não se inibiu de crucificar alguns dos novos jogadores, sem sequer ter sido necessário visualizar os encontros disputados.
Refiro-me, entre outros, a Maurício.
No entanto, não vou colocá-lo num pedestal porque, como acabo de dizer, é necessário tempo...e jogos, para saber com o que podemos contar.
A impetuosidade que colocou em cada lance do jogo de hoje fê-lo marcar pontos, mas pode no futuro vir a causar alguns problemas à equipa.
Quem também se exibiu a nível elevado foi Patrício, que poderá até deixar saudades a quem nunca se convenceu que é, actualmente, o melhor guarda-redes português.
Dier foi outro com uma exibição muito regular e positiva, tal como toda a defesa, mesmo que na segunda parte tenham concedido alguns espaços que, contra uma equipa com outra eficácia, teríamos sofrido certamente um ou outro golo. 
No meio campo imperou William Carvalho ou, como teimaram em chamar-lhe, William Eduardo.
Durou 90 minutos, mas dá ideia que seria o último a cair para o lado, se o jogo não tivesse fim.
André Martins e Adrien também se exibiram a bom nível, mas andaram quase todo o tempo a correr atrás da bola.
Já Cissé terá que esperar por outro jogo, para mostrar o que tem para oferecer.
Após o intervalo, tivemos oportunidade de ver um Marcelo menos seguro que o nosso nº 1, e explica o porquê da hierarquia.
Wilson Eduardo (ou será Wilson Carvalho?) e Esgaio entraram também com enorme vontade de mostrar serviço, e pode-se dizer que as suas actuações tiveram também nota positiva.
Das poucas actuações menos conseguidas terá sido Rinaudo, a léguas daquele jogador que me deixou empolgado no seu primeiro ano de leão ao peito.
Complicativo, faltoso, terá vida difícil no 11, caso William...Eduardo mantenha o nível apresentado hoje.
Montero também não pôde sobressair na estreia, em virtude da equipa estar encolhida e quase não ter saído do seu meio campo, no tempo que o colombiano esteve em jogo.
Carrillo ainda ameaçou começar a complicar o fácil mas, de repente, parece que se apercebeu que está a jogar noutro Sporting, com outra mentalidade e modelo de jogo. Mostrou que pode vir a ser útil.
Fokobo rendeu Maurício e, apesar da natural quebra da equipa e do crescimento final dos bascos, demonstrou maturidade anormal para a idade.

Em suma, o grande destaque do Sporting 2013/14 vai, uma vez mais, para a atitude da equipa.
Fica a ideia que, com a garra demonstrada, os novos reforços terão que se esforçar muito para conseguir entrar nesta equipa.
Com a qualidade individual existente no plantel, e com o querer uma vez mais demonstrado, a equipa lutará certamente pelo 3º lugar.
O problema poderá surgir caso não se imprima esta dinâmica, em jogos onde julguem que poderá ser mais fácil atingir os objectivos.

No entanto, uma última observação.
Hoje estiveram em confronto um nome consagrado do futebol europeu (Sporting) e um semi-conhecido no Velho Continente mas, em termos práticos, o Sporting actual nada tem a ver com o estatuto que angariou, desde a sua fundação.
Apesar da exibição poder ser considerada positiva, eu, que desde sempre me recordo de ver um Sporting dominador e personalizado, ainda tenho alguma dificuldade em habituar-me a um Sporting que é dominado (mesmo em casa), por uma equipa europeia mediana, mesmo tendo em consideração todas as condicionantes.
Mas isto terei que ser eu a resolver, ou  quem também ainda viva de memórias bem presentes.
Eu sei que o futebol espanhol ganhou um ADN próprio, em que qualquer equipa sabe o que fazer à bola e obriga os adversários a correr desenfreadamente atrás dela mas, dado que nos últimos anos o Sporting tem perdido o controlo dos jogos, até para adversários nacionais sem qualquer estatuto, terei que esperar e saber que Sporting teremos na esmagadora maioria dos jogos da próxima época. 


Sporting - Real Sociedad (directo)

Depois de 3 jogos onde os famintos adeptos leoninos quase venderam a alma ao diabo para conseguir as imagens em directo de cada um dos encontros, hoje vamos finalmente ter direito a transmissão televisiva.
Tal como há muito estava previsto, o jogo de apresentação terá como rival os espanhóis da Real Sociedad, com início previsto para as 19.45 horas, e transmissão pela TVI.
Dado que muitos dos nossos seguidores não residem em Portugal, em seguida estão publicadas as ligações para poderem aceder ao jogo, tal como é costume aqui no blogue.
Sentem-se, relaxem e desfrutem, caso o jogo venha a ser do nosso agrado.







Santos da casa não fazem milagres

O Record, na sua versão online, publicou há minutos uma curiosa notícia:

"André Santos e Diogo Salomão não vão ser apresentados, esta sexta-feira, durante o encontro que marcará o primeiro contacto dos sócios leoninos com os seus jogadores, frente à Real Sociedad, às 18 horas, no Estádio de Alvalade.



Os dois futebolistas portugueses estão em final de contrato e este facto poderá significar que não envergarão a camisola verde e branca na época que se avizinha."

Eu sei que ainda é cedo para especular mas, a confirmar-se a notícia, fico com a agradável sensação das minhas preces terem sido ouvidas.
Eu sei que eles ainda são jogadores do Sporting, que devemos mimá-los, e que para lá da parte afectiva agora está na moda considerá-los como activos, porque têm um cifrão gravado na testa.
Sei que não é agradável tecer determinados comentários dos nossos meninos...e dos nossos cifrões, por diversos motivos.
Além disso, quer um quer outro possuem uma falange de apoio considerável, quer seja ainda por aquele golo de calcanhar...ou simplesmente porque é bem-parecido.
Mesmo que esta notícia não tenha fundo de verdade, a minha apreciação está inalterada há imenso tempo, e a última vez que comentei sobre os jogadores foi aqui:


Venha ou não  a cofirmar-se esta suspeição do Record, há algo que irá assombrar o espírito dos adeptos leoninos.
É o inevitável fantasma de Pinto da Costa (e, porque não, de Vieira) sempre disponível a resgatar qualquer jogador que tenha vestido de verde.
Mesmo que ninguém acredite que A.Santos (por exemplo) tenha capacidade para ser titular numa equipa de topo (nem sequer foi numa do fundo) é sempre assustador e revoltante ver um jogador da casa ir para um rival.
Isso, mais que qualquer outra coisa, é capaz de turvar a vista de um lúcido adepto, e considerar que o rapaz até pode dar jeito, numa qualquer fase da época.

Regresso ao passado

Hoje há Sporting, e na televisão, finalmente.
No jogo de apresentação aos sócios (e adeptos) o Sporting defronta os espanhóis da Real Sociedad.
Se, à primeira vista, os mais distraídos podem considerar ser uma equipa banal do melhor campeonato do mundo, a verdade é que os bascos parecem querer fintar a história recente. Na última época ficaram em 4º lugar, indo deste modo disputar a pré-eliminatória da Champions.
Para ilustrar a força e regularidade desta equipa, convém recordar que o Barcelona sofreu em San Sebastian uma das duas derrotas do campeonato. Também o Real Madrid não conseguiu lá vencer, nem o Atlético, nem o Athletic, nem o Málaga, sendo que apenas consentiu duas derrotas caseiras.
Fora, a mesma regularidade, tendo vencido em casa do Atletico, Athletic, Valencia, Málaga...perdendo somente 5 jogos nessa condição.

Os números também podem reflectir essa estabilidade, tendo sido a 3ª equipa mais concretizadora, depois de Barça e Real, e a 4ª melhor defesa do campeonato espanhol.

Nesta nova época, que arranca lentamente, os bascos realizaram 3 jogos de diferentes graus de dificuldade, tal como o Sporting.
Venceram os amadores do Mondragón por 12-0, empataram 1-1 com o Toulouse e no último teste derrotaram o Real Unión (II B) por 1-7.

As novidades para esta época prendem-se logo à partida pela equipa técnica, e se o treinador desejado era Tata Martino, a nega deste (para ir para Barcelona) fez o jovem adjunto Arrasate ser promovido.

Tal como o Sporting, a Real Sociedad faz, da sua cantera, a principal base de recrutamento, sendo que 85% do plantel é constituído por jogadores saídos da formação.
As "estrelas" desconhecidas da companhia são os avançados Agirretxe e Carlos Vela (mexicano que jogou vários anos no Arsenal) o médio Griezmann ou os defesas Iñigo Martínez e Carlos Martínez.
O internacional suíço Seferovic é a novidade para a presente época, tendo o clube perdido o médio Illarramendi, vendido ao Real Madrid por 39 milhões...ou seja, um valor acima do orçamento do Sporting para esta época.


Mas a relação entre o Sporting e a Real Sociedad também tem contas antigas por saldar.
Foram duas as eliminatórias europeias que disputámos com os espanhóis, e em ambas fomos eliminados.
Talvez a mais dolorosa tenha sido a da Taça dos Campeões da época 82/83.
Depois de domínio absoluto e bastantes oportunidades desperdiçadas, a vitória por 1-0 iria revelar-se insuficiente para chegar às meias-finais da máxima competição europeia.


A vitória por 2-0 na segunda mão permitiu aos bascos disputar com o vencedor da competição (Hamburgo) essa meia-final.

Naqueles tempos, as equipas bascas jogavam ainda um futebol tipicamente inglês, e até os seus estádios tinham muitas parecenças físicas com os das ilhas britânicas, com as bancadas encostadas ao campo, e onde se fazia sentir com muita intensidade o apoio dos adeptos.
Os jogadores bascos, nesse tempo, treinavam muitas vezes na praia, e o jogo com a bola presa nas poças de água era a sua casa.
Talvez por isso, quando o Sporting foi a San Sebastian defender a vantagem mínima que tinha conseguido em Alvalade, foi surpreendido por regarem intensamente o campo, apesar de ter chovido no dia do jogo.
De nada valeram as queixas aos responsáveis da UEFA.

Novo encontro estava reservado para a época 88/89, agora na Taça UEFA.

A derrota caseira (1-2) já indiciava o destino na eliminatória, confirmado com o empate a zero no Campo de Atocha.


A Real chegaria aos 1/4 de final, onde seria eliminada pelo Estugarda, que por sua vez chegaria à final.
O treinador da equipa basca, nessa época, era John Toshack, que deixou boas recordações em Alvalade e...talvez conhecesse o Sporting demasiado bem. Esteve apenas uma época no banco leonino, tendo orientado a equipa espanhola durante 10 épocas, divididos por diversas fases, mas os sportinguistas parecem, por vezes, continuar a querer apoderar-se do coração do treinador galês.

Nessa longínqua época, as estrelas bascas eram o guarda-redes Arconada, os médios Zamora e Goikoetxea ou o avançado Bakero. Os dois últimos fariam ainda carreira no Barcelona.
O Sporting também estava bem servido, com Damas, Oceano, Silas ou Paulinho Cascavel.

Esses foram os tempos áureos dos bascos, que agora parecem querer reviver, mesmo que não acredite que a ditadura de Barça e Real Madrid permita algo semelhante aos campeonatos conquistados pela Real Sociedad em 81 e 82.
Já o Sporting caiu na maior das suas crises e, esperamos, comece aos poucos a sair do buraco que alguns escavaram.

O jogo terá início às 19.45, terá transmissão pela TVI e, em tempo oportuno, disponibilizaremos ligações para a sua visualização.


sexta-feira, 26 de julho de 2013

Wrong answer

A definição do plantel do Sporting para a época 2013/14 vai sendo feita, aos poucos.
Para a maioria, de uma forma desesperantemente lenta, pois estamos a 23 escassos dias do arranque do campeonato.
Se as primeiras indicações, vindas de cima, apontavam para um máximo de 3 ou 4 reforços, o certo é que a equipa principal já conta com cinco (Jefferson, Maurício, Cissé,  Montero e Welder) e parece não ficar por aqui. Isto, sem esquecer os negócios que, por uma ou outra razão, foram inviabilizados.
Resta saber se a disparidade entre as aquisições previstas e as efectuadas tem a ver com algum negócio de ocasião, com lacunas entretanto descobertas pela equipa técnica ou, simplesmente, para colmatar alguma saída que não estava nos planos, mas a verdade é que a movimentação no mercado mostra um Sporting mais activo do que seria previsível.
No entanto, esta aparente falha na previsão também não poupou outros intervenientes.

No dia 13 de Julho, dizia Catio Baldé:
"Bruma vai trabalhar num clube na próxima semana".




Apesar de já ter considerado que este caso me parece de muito difícil resolução, não escondo que o ideal seria, obviamente, que o Sporting conseguisse manter Bruma por mais uma época e, aí sim, satisfazer a ambição desmedida do jogador e dos seus representantes, acautelando deste modo a ambição e interesses do clube.
Seria, também, uma boa aquisição para a presente época, dado que já todos o imaginámos com outra camisola.
O que me parece mais difícil, a acontecer uma reconciliação, será a maioria dos adeptos fazerem de conta que nada se passou.
Apesar de essa ser a atitude desejável e aconselhável, para bem de clube e atleta, quer-me parecer que, caso o cenário de reconciliação acontecesse, o normal seria o jogador ser brindado com bastantes sinais de descontentamento, pelo menos enquanto a memória recente não fosse apagada.
Aliás, não seria um caso virgem, dado que já aconteceu a alguns jogadores leoninos em pleno Alvalade. 
Dado que o futebol move imensas paixões, também não seriam de descartar demonstrações de apoio incondicional, mas as de cariz negativo acabam sempre por ser mais audíveis e mediáticas.
Tendo em conta que o atleta ainda é demasiado jovem, será difícil prever como reagiria às tais manifestações de desagrado, com os reflexos que isso poderia ter no seu rendimento desportivo, que é a única coisa que, actualmente, nos deve preocupar, se ele algum dia voltar a envergar o leão ao peito.
É claro que esta apreciação baseia-se em pressupostos que, como está provado, a maior parte das vezes se revelam completamente errados.
Entretanto, enquanto Baldé não lança mais uma data para o jogador estar a trabalhar, resta-nos focar a nossa atenção em quem a merece.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Dezasseteeee!! Linha!!

Agora que o Avioncito Montero chegou ao Sporting, e escolheu o 17 para celebrar os golos, tive curiosidade em saber o histórico desse número.
Não é que eu seja supersticioso, mas tudo era mais fácil quando os jogadores entravam em campo numerados de 1 a 11.
Nessa época, se já o Sporting tinha óptimas credenciais, o nosso 9 costumava impor ainda maior respeito, chamasse-se ele Yazalde, Jordão, Manuel Fernandes,  Paulinho Cascavel, Cadete ou Gomes.
Depois surgiu a novidade, e os números ao estilo do jogo do loto trataram de personalizar as camisolas.
Continuámos a ter alguns bons pontas-de-lança, mas estes deixaram de estar agarrados ao mítico número 9.
Fazendo uma breve retrospectiva, é fácil constatar que o número escolhido por Montero não traz grandes recordações.
Se no final da década de 90 esse número foi escolhido por Luís Miguel, o seu sucessor foi o grande jogador que, na época seguinte, daria o seu precioso contributo para a conquista do título da época 1999/2000, na opinião de José Diogo Quintela.
Quim Berto.
Já nessa altura, este nosso adepto sportinguista tinha um humor de fino recorte.
Entrados no novo milénio, o 17 passou de modo fugaz pelas costas de Vidigal, e por um período de tempo razoável pelo costado de Paulo Bento.
Já em meados da década, o seu novo dono seria Douala, que corria a tal velocidade que chegava mesmo a ser difícil visionar o número.
Depois surgiu um largo hiato, em que ninguém pareceu demonstrar interesse em envergá-lo.
Tudo poderia ter mudado quando Angulo decidiu resgatar o 17.
É que o jogador teve uma passagem tão triste por Alvalade, que corríamos o risco de ver o número riscado, para todo o sempre.
Acontece que outro espanhol decidiu ir ao fundo do baú e tentar dar-lhe brilho.
Jeffren prometeu muito mas, depois de uma primeira época para esquecer, na segunda de leão ao peito ficou-se pelo 7 e optou por ceder a camisola a Wilson Eduardo. No entanto, o jovem extremo acabou por não vestir de verde e branco nesse ano.
A história do 17 vai continuar, apesar do número não trazer grandes recordações, mas as estatísticas existem para serem contrariadas.

Curioso é verificar que no plantel deste ano ainda ninguém decidiu ostentar o 10, outro número mítico.
Será que está reservado para alguém, ou também está perdido no fundo do baú?


Saltimbanco

Bruno de Carvalho já fez saber que o plantel não está fechado.
Se a posição de ponta-de-lança, seja ele fixo ou móvel, parece ter fechado com a chegada de Montero, já o meio-campo e a defesa podem ainda estar em aberto.
Se se confirmar a chegada de Welder...ou Weldinho...ou como queira chamar-se, ficará garantida a concorrência a Cédric. Restará saber se não será Cédric a fazer concorrência ao brasileiro.
O importante é que haja luta por um lugar, para bem do clube, e do jogador que seja dono e senhor dessa posição.
Apesar dos jornais de hoje falarem da possibilidade do Sporting ainda procurar um central, para dar alguma experiência ao eixo da defesa, na minha modesta opinião não me parece que os responsáveis leoninos percam o sono para colmatar alguma evidente lacuna.
Sem querer com isto dizer que o lugar não mereceria outra atenção, sabendo (ou desconfiando) que o plantel principal contará com 20 jogadores, e estará em estreita colaboração com a equipa B, não acredito que tendo Leonardo Jardim à sua disposição Ilori, Rojo, Maurício, Dier, Ruben Semedo, Nuno Reis, Sambinha, Fokobo ou até Hugo Sousa, ainda procure soluções para a posição.
Já o meio campo parece estar ainda por preencher, e as características do jogador a contratar podem ter semelhanças a...Fariña.
Se, como confirmou BdC, houve abordagens ao atleta, poderá querer dizer que o Sporting está interessado num médio ofensivo.
Quem também está atento ao mercado são os jornais desportivos, principalmente quando também são conscientes que o Sporting se está a movimentar nesse sentido.
Hoje são lançados mais dois nomes pela alucinada imprensa.
Luiz Antonio, do Flamengo, actua preferencialmente como "volante", algo que pode variar entre um 6 e um 8.
Apesar da trajectória evolutiva do jovem (22 anos), não acredito que um jogador com estas características esteja no topo das prioridades da equipa técnica.
Gérson Magrão é o outro nome em equação, de acordo com outro jornal, que chegam a afirmar que o jogador até estará já em Lisboa.
Este médio esquerdo, que também actua como lateral, tem um largo currículo, algo que me faz recordar outros saltimbancos.
Quando há dois anos atrás chegou Gelson, algo que me chamou a atenção foi precisamente o facto do jogador suíço ter um clube novo a cada época.
Acho que, mais que a experiência acumulada, mudar de clube todos os anos indicia algo que será tudo menos bom.
Gérson, apesar de menos viajado, nos seus 28 anos de idade já conheceu o Cruzeiro, Feyonoord, Flamengo, Ipatinga, regresso ao Cruzeiro, Dinamo Kiev, Santos e Figueirense.
Seja verdade ou mais uma alucinação de um jornalista, este também fica apresentado.
Lá teremos que esperar, uma vez mais, que a comunicação social atire mais algum nome que lance estes para o esquecimento ou, numa probabilidade muito inferior, que algum destes dois venha a ser confirmado.
Poderá ser a excepção que confirma a regra.


quarta-feira, 24 de julho de 2013

Balde Runner

Já é por demais evidente que no apartado Sporting das publicações desportivas, teima em aparecer o nome Baldé.
O homem podia surgir no apartado empresários, outros, diversos, curiosidades, passatempos, futebol africano, diferenças ou palavras cruzadas mas, na sequência dos casos Bruma, Cassamá e Sambú, passou a fazer parte da actualidade leonina.
Este empresário era até há bem pouco tempo um quase desconhecido, mas começou a sair da toca aos poucos. As suas mais recentes aparições terão estado relacionadas com as transferências de Cá e Ié para Barcelona, a troco de uma pele de batata, mas no ano anterior já as saídas de Rudinilson, Batis Candé  e Eusébio Bancessi para o Benfica apanharam muitos de surpresa.

Este ano, de uma cajadada, voltam a ser três os nomes em equação.

Algumas das suas declarações, na edição do dia do jornal A Bola, não deixam dúvidas quanto à estratégia de chantagem que o empresário está a empreender:

«.... Estes dois jogadores não se apresentaram porque quero ver a minha relação de trabalho definida. Caso contrário, como vou mandar dois jovens talentosos para o Sporting sem saber se vou ser impedido de entrar na Academia?», questionou Baldé em declarações à Antena 1, confessando que se sentiu «maltratado» pelos responsáveis leoninos: «Não deviam ter tido esta atitude comigo.»
 As críticas passam ao lado do presidente Bruno de Carvalho e vão direitinhas a Augusto Inácio e Virgílio Lopes: «Não tenho habilitações nem competências para enfrentar os responsáveis pelo futebol que me contestaram. Parece que já não querem a minha colaboração mas querem alguns dos meus jogadores.»
 Ainda sobre a situação de Bruma, atirou: «Sou bom porque descobri o Bruma em África e, depois de toda esta polémica, já não sou bom para gerir a carreira do jogador. Provavelmente, a partir de agora, quem pode gerir a carreira de Bruma é o Jorge Mendes.»


 Se por um lado é possível encontrar algum ziguezaguear no seu discurso, o que poderá denotar que não está demasiado confiante que a razão possa estar do seu lado, não restam dúvidas que, caso venha a vencer o caso Bruma, esse serpentear poderá dar lugar a uma fuga do empresário e alguns dos seus representados.
Nesse caso, poderemos estar perante um Balde Runner.