segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A muito custo continuo a ouvir o Augusto


O Record online de hoje publica mais uma pequena caixa de texto, onde Augusto Inácio comenta a actualidade....do Porto.
Título: «Derrota foi uma grande pancada»!!
Habituado que estou a ler fóruns e blogs leoninos, sei que o ex-jogador/treinador sportinguista tem uma miríade de admiradores, nas nossas hostes.
Imagino que instado a comentar a actualidade azul e branca não se coíba de o fazer mas, convenhamos, para um ex-tudo-o-que-já-disse e ainda ex-apoiante de uma ex-candidatura à presidência do Sporting nas últimas eleições, parece-me que já devia começar a evitar estar tão conotado com os nossos rivais.
Ainda me recordo de entrevistas onde disse que o título estava bem entregue ao Porto (num campeonato onde lutámos com eles até ao fim), já disse outras tantas vezes que "naquela casa" (como tantos gostam de apelidar o cesto da fruta) trabalha-se de maneira mais profissional...e até é possível voltar a ouvir os comentários de Inácio na final da Taça de Portugal (onde vencemos por 2-0) e onde a sua (im)parcialidade contra as nossas cores chega a ser irritante.
Com a quantidade de figuras emblemáticas dos apaniguados de Pinto da Costa, porque diabos terá que estar um "sportinguista", semana sim-semana não, a comentar a actualidade.
No campo oposto já não há essa vergonha, nem para manipular jornais, rádios e televisões na tentativa de ofuscar o que por vezes salta à evidência, nem sequer de tentar disfarçar a sua preferência clubista.
O exemplo de Manuel Queirós que AQUI recordo serve só para ilustrar a que ponto chega a sem-vergonhice jornalística. Já não bastava  a que, semana após semana, grassa nos relvados portugueses, ainda temos que aturar os comentários despudorados e os auto-censurados.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Onyewu 2 Beira Mar 0


Depois de 6 jogos que a mim me pareceram 6 anos sem vencer, a insonsa vitória chegou. Dada a qualidade do futebol praticado e dos indícios que o ciclo negativo só teve um pequeno intervalo, ainda pensei em ficar melancólico, desgostoso, acabrunhado mas, vou mas é aproveitar a ocasião e deleitar-me com o feito.
Apesar do deprimente espectáculo, devo confessar que trocaria este resultado e exibição por todas as vitórias morais. Espero que no próximo jogo, com o colosso Gil Vicente, para a Taça da Liga, mesmo que a exibição seja patética o resultado sirva os nossos interesses.
Ainda que o futebol que pratiquemos não lembre ao diabo, não me parece que estejamos em condições de pedir o céu e a terra.
Mesmo que a muito custo, tentarei fazer um resumo de alguns momentos que me intranquilizam.
Logo à cabeça, devo realçar os deficientes índices físicos que os nossos jogadores apresentam. Já referi em anteriores jogos que qualquer equipa que defrontemos parece ter mais jogadores que nós. Hoje, uma vez mais, cheguei a ver momentos de pressão aveirense junto à linha de meio campo, em plena 2ª parte, com 6 jogadores num palmo de terreno. Dirá a lógica que...restam 4 jogadores para o resto do campo, mas na cabeça dos jogadores não impera a lógica e este reparo tem mais a ver com capacidade física do que com opções tácticas e de gestão do jogo.
Além disso, o reincidente e irritante fetiche de atacar este tipo de pressing com iniciativas individuais, além de não conseguirem abrir linhas de passe e/ou ter capacidade de passe que permitam criar desequilíbrios, redunda numa posse de bola inócua e inconsequente.
Domingos saberá melhor que ninguém o estado actual dos seus jogadores, mas apesar de não querer bater mais no ceguinho, continuo sem perceber como João Pereira (apesar de um início de época prometedor) continua a ser dos que mais compromete, actualmente, e Arias nem sequer é opção no banco. O problema do trinco continua a ser tão central e nuclear quanto a posição que ocupa no terreno. Hoje Renato Neto esteve a um nível quase tão baixo quanto os seus antecessores, desde a lesão de Fito. 
O ataque continua sofrível, mas nem o melhor avançado do mundo sobreviveria a um meio campo incapaz de gerar oportunidades e cadência de jogo ofensivo.
Salvaram-se os golos de Oguchi, mau grado o erro aos 30 segundos que poderia ter mudado a história do jogo. 
Duarte Gomes já tinha a jornada ganha, desde o dia anterior, e nem precisou de estar ao seu melhor nível. Se tivesse sido mesmo necessário, Onyewu teria vindo tomar duche ainda antes do minuto de jogo. No entanto, isto são só especulações, tal como poderia estar a conjecturar sobre Bruno Paixão no jogo de Barcelos mas, este campeonato começou a estar inquinado desde a primeira jornada, e contra isso já nada há a fazer. A história deste, como doutros campeonatos, ficará tão só reflectida nos números e não nos intervenientes directos e indirectos.

69


Daqui a pouco joga-se o presente do Sporting. O passado pode ser mais ...ou menos saboroso, mas não se pode viver à custa de recordações. O futuro, esse, é uma verdadeira incógnita.
Dos 55 confrontos com o Beira-Mar, o Sporting tem um historial de 69% de vitórias, mas estes números são indiferentes para os intervenientes do jogo. Já tratámos, por diversas vezes, de contrariar as estatísticas, e nos tempos mais recentes concedemos primeiras vezes a alguns e recordes verdadeiramente históricos a outros, mas já que falamos em 69, está na altura de inverter. Sim, inverter o ciclo negativo que nos atormenta, e que também figurará nos manuais se insistirem em manter a postura e desacerto.
Insúa escreveu hoje no Twitter que "No final, ninguém se vai lembrar de quantas vezes caíste, mas sim das vezes que te levantaste'." mas eu desconfio que estará registado, para a posteridade, cada vez que o Sporting caiu, sem possibilidade de ser apagado ou alterado, como as memórias de outros.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Mudar de sexo? Era preferível!


Quando o mercado de transferências está aberto, o sportinguista tem quase sempre um sentimento de esperança e angústia. A expectativa reside na chegada de reforços de qualidade que congreguem os anseios de todos, mas por outro lado o adepto leonino sente alguma depressão com os reforços adversários. Nem todos vivem com um constante olhar sobre o quintal do vizinho mas, acredito que a maioria vive em demasia o dia-a-dia dos rivais.
A rivalidade explica esta relação de inimizade, mas o constante alimentar do voraz apetite pelos nossos ex-atletas trazem sempre algum desconforto. Se Fernando Mendes, Simão, Carlos Martins, Cadete, Nuno Assis, para citar alguns, só começaram a estacionar um pouco mais à frente, já Peixe, Varela, Costinha, Nuno Valente, Futre, Moutinho, Quaresma, Inácio, entre muitos outros, tiveram que aprender outras regras a Norte.
Claro está que quando acolhemos Rui Jorge, Bino, Derlei, João Pinto, Sousa, Pacheco, Sousa ou Jaime Pacheco ou Jardel já a alegria invade a alma de cada sportinguista, mas são casos cada vez mais raros e ameaçam tornar-se em miragens.
Nestes tempos mais recentes tivemos de novo a oportunidade de sentir o reverso da medalha, quando Djaló e Liedson apareceram nas notícias mais recentes, como alvos para azuis-vermelhos. Qualquer que seja o desfecho deste namoro, haverá sempre opiniões para todos os gostos, mas eu continuo a preferir que vão para qualquer parte do mundo menos para os rivais. Prefiro nem imaginar os discursos de ambos, caso optem por dar mais uma facadinha no orgulho leonino, mas o normal é exaltarem os feitos e grandiosidade dos clubes que os acolherem. 
Estas possibilidades (até ver não passam disso) fazem-me  recordar que o cada vez mais raro amor ao clube tem menos seguidores em quem se diz sportinguista, do que noutros intervenientes.
Ontem pude ler a entrevista de Nelinho, o «Expresso da Luz», na antevisão ao Sporting-Beira Mar de Domingo, onde recorda o golo que ditou na única vitória do Beira-Mar em Alvalade, na longínqua época de 1971-72. Pois, se Nelinho era sportinguista, depois de ser contratado pelo Benfica mudou de opinião e hoje figura no topo das suas preferências clubistas, seguidas de Beira-Mar e Braga. O sportinguismo esvaiu-se, por artes mágicas. Já em variadas ocasiões tive que tentar compreender que vírus atinge determinados atletas, que renegam as suas origens para se render a outros amores. 
Simão, por exemplo, saiu de Alvalade para chegar a desejar a derrota do Sporting no campeonato, mesmo que a outra hipótese fosse o Boavista. 
Coentrão nunca vestiu a nossa camisola, mas de ter o quarto ornamentado com peluches de leões e posters do Sporting nas paredes passou rapidamente a dizer que... "devia estar ceguinho", quando confrontado com a sua anterior opção clubista.
Curioso é que não conheço de nenhum caso (e corrijam-me se estiver errado) de algum jogador que se tenha convertido aos nossos ideais, principalmente se o tiverem feito já com a personalidade formada. Haverá muito atleta convertido, nos milhares de jogadores dos escalões de formação que os grandes albergam, mas até aí o Facebook tem sido veículo de atletas melancia, verdes por fora mas vermelhos por dentro. Somos realmente um clube sui generis.
Quando um famoso escritor sul-americano disse qualquer coisa como "pode-se mudar de mulher, de casa, de carro...(eu até diria, de sexo) mas nunca de clube" não deve ter tido em consideração a realidade portuguesa, e a personagens que vendem a alma a qualquer preço ou... com preços a combinar.
 
 
 
 

O tractor


Nesta época quase irremediavelmente perdida, muitas...demasiadas foram as condicionantes que nos colocaram numa posição que tem tanto de ingrata como de anormal, face ao investimento e qualidade do plantel. Nunca saberemos o que teria acontecido se o início da época não tivesse sido marcado por arbitragens que inclinaram os campos dos três históricos candidatos ao título, em inversa proporcionalidade. Não foram só os pontos espoliados ao Sporting, porque o trabalho cedo foi feito para elevar os índices a quem se arrastava em campo e tentar afundar quem melhor futebol praticava. Basta procurar as crónicas dos primeiros jogos da época e fazer contas, ou pedir ao Eng. Guterres para as fazer.
Não bastava esta contingência, já de si tão pesada e com evidente efeitos nefastos na classificação, quando a mala-pata decidiu entrar em acção. Não me ocorre nenhum jogo nesta época onde tivéssemos o plantel todo disponível, e quando o comboio circulava em velocidade de cruzeiro e encarrilado, mesmo com algumas ausências pontuais, uma autêntica praga se abateu sobre os nossos jogadores. Têm caído que nem moscas, com uma cadência assustadora.   
A lesão de Rinaudo, longa e nas vésperas de um ciclo (com)prometedor, cedo revelou uma dependência que teria consequências devastadoras. O futebol leonino nunca recuperou da sua ausência, e raros foram os titulares que não passaram pelo departamento médico, para compor o pesadelo.
Não se fazem omeletes sem ovos, e os que nos restaram, eram de codorniz.
Os regressos dos lesionados têm sido a conta-gotas...muitos deles quase a fazer a pré-época, mas rapidamente outros vão ocupar a marquesa que vagou, e assim tem sido muito complicado para Domingos gerir e trabalhar a contento de todos.
Hoje, a notícia  que tanto ansiámos e que tanto tardava, finalmente chegou. Rinaudo (e Izmailov) voltaram a treinar-se com o grupo, e deste modo ilumina-se um pouco o horizonte, com uns raios de sol a clarear estes meses de obscurantismo.
Ainda estaremos a algum tempo do regresso em pleno, mas já são indicadores positivos, apesar de acreditar que em mais este ciclo decisivo para as curtas aspirações de minimizar os danos da época, ainda teremos a equipa ao pé-coxinho. 
Seja como for, o nosso tractor está de volta!!




quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Verde alface


De desilusão em desilusão, até à desilusão final. Esta é a sina do Sporting e dos sportinguistas nos tempos mais recentes, a que se decidiu juntar ontem a equipa júnior, no jogo que podia marcar o futuro de muitos dos seus atletas.
Vamos por partes. Se por um lado muitos de nós tínhamos colocado no NextGen Series um objectivo quase como de um salvar de época se tratasse por outro devemos relativizar o resultado de ontem, pois tratava-se somente de uma competição júnior. Ninguém gosta de perder, é certo...o público saiu frustrado, os jogadores saíram de rastos mas, infelizmente, também faz parte do crescimento deles, enquanto atletas, o insucesso.
Alguns dos que ontem se mostraram em Leiria terão um futuro promissor e outros  cairão no esquecimento dos poucos que sabem os seus nomes, numa triagem natural e necessária.
Quanto ao jogo, perto de 7 mil pessoas no Municipal de Leiria, e certamente mais iriam se a equipa profissional do Sporting não teimasse em desmobilizar os adeptos e arrefecer o clubismo. De realçar também uma bancada abarrotada de Vip's e as altas esferas do clube, onde só dei pela falta de GL e de... Eduardo Barroso. Ontem jogava o Real!
O encontro começou, como os comentadores desportivos gostam de dizer, de estudo mútuo, mas parece-me que o Inter trazia a lição mais que estudada. Se é hábito dizer-se que as equipas italianas são cínicas, no modo como abordam os jogos, ontem fomos mais uma vez confrontados com esta característica.
Apesar de ser uma equipa que trata bem a bola, quem se deslocou ao estádio (ou viu pela televisão) não ficou convencido que os italianos fossem melhores que o Sporting. Mesmo que os comandados de Sá Pinto não tenham exibido o seu melhor futebol, foi evidente que as estratégias eram diametralmente opostas. O Inter, desde o primeiro minuto, esteve tacticamente muito organizado e que praticamente não permitia a posse de bola que caracteriza a nossa equipa. Algumas exibições menos conseguidas, dos nossos médios, também não vieram em bom momento, mas o maior poderio físico dos italianos, talvez consubstanciado pela diferença de idades, sejam a justificação. É de recordar que a nossa equipa fez a competição com jogadores de 17/18 anos e o Inter optou por competir com atletas de até 20 anos, mas o torneio é precisamente vocacionado para esse escalão. 
Com todos estes condimentos, a primeira parte decorreu sem grandes motivos de interesse, e só a espaços a bola se aproximava das áreas, mas os guarda-redes de ambas as equipas foram quase só solicitados para atrasos e cruzamentos inócuos.
A segunda parte mostrou um Sporting um pouco mais agressivo e acutilante mas, tal como desconfiávamos, num lance de bola parada e, praticamente no primeiro remate à baliza, os italianos decidiram o jogo. É que a partir deste lance, mesmo que possamos chorar o resto da vida a perdida de Betinho de baliza aberta, o certo é que o Inter juntou 2 linhas de 4 junto à àrea, num catenaccio típico e que fazem do campeonato italiano um dos mais entediantes que conheço, e num anti-jogo típico de equipas matreiras, crescidas mas que envergonham quem gosta de futebol. 
Sá Pinto lançou as últimas armas, mas o destino estava traçado, e só por mero acaso não se tornou numa derrota mais pesada.
Uma nota final. É inacreditável que algum do público presente...que muito dele talvez seja a primeira vez que vê um jogo deste escalão...que provavelmente nem conhece os jogadores e as fases de um jogo, tenha começado a assobiar, perto dos 10 minutos de jogo, numa fase em que o nosso guarda-redes (Rafael Veloso) estava com dificuldade em pôr a bola jogável nos defesas ou médios. Não sei se intranquilizaram a equipa, mas de certeza que não ajudaram.
Se o futebol devia ser um espectáculo e uma festa, muito mais deveria ser em escalões de formação, mesmo que estivesse em jogo a passagem a uma fase importante da competição ou mesmo que o adversário tivesse mandado às malvas os princípios que deviam reger o seu comportamento.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Convencimento


O blog do Núcleo solidariza-se com os blogs sportinguistas que deixaram de escrever crónicas relativas aos jogos do Sporting. 
Em primeiro lugar, dada a reincidência de males que afectam o nosso plantel e o "futebol" praticado, torna-se repetitivo qualquer adjectivo e apreciação que se possa fazer.
Tal como a nós nos cansa o "levantar a cabeça e continuar a trabalhar" destilado pelos nossos jogadores nas deprimentes flash interview, aos leitores do blog deveria parecer um déjà vu ou um eco do passado a crónica que visaria analisar o jogo.
Em segundo lugar, prestaria um mau serviço ao ego colectivo fazer análises a quente (apesar do gelo do futebol apresentado) e não quero contribuir, como já disse repetidas vezes, para o julgamento e condenação primária da equipa que nos representa.
Resta então dizer que, mau grado o enésimo jogo sem vencer, e apesar do pesadelo de mais este empate, foi um nulo com sabor a Patrício. Dirão alguns que ele está lá para isso, mas os outros que supostamente estariam lá para jogar futebol resolveram tirar licença...com vencimento.

Papas ao jantar


Hoje há mais um teste à equipa do Sporting, aos cabisbaixos e descrentes adeptos leoninos mas, dada a singularidade do clube, também haverá um escrutínio semanal à direcção, à equipa técnica e a tudo o que se mexa por aquelas bandas. A meu ver, aconteça o que acontecer em Olhão, o único que continuará a gozar de unanimidade será o roupeiro Paulinho.
Numa recente entrevista, o mal-amado Costinha referiu um sem-fim destas particularidades que fazem do nosso um clube ímpar, para o bem e para o mal. Claro está que muitos se revelarão contra essas declarações, mas tanto a reaparição do ex-director desportivo como os seus críticos vêm dar força às palavras que pude ler.
Quanto ao jogo de hoje, para quem tiver coragem de o ver, não será certamente a redenção da equipa para com os seus adeptos. Até pode ser que aconteça algo de sobrenatural, digno dos melhores episódios de Twilight Zone, mas os sintomas recentes apontam para um ocaso duradouro e uma alvorada preguiçosa.
A manta de retalhos em que se transformou a prometedora equipa de início de época deve continuar a colocar a Domingos dúvidas quase existenciais, e hoje teremos o regresso de Pereirinha para minimizar as baixas de Wolfswinkel, Rinaudo, Izamilov e Elias. Às vezes debaixo de uma pedra sai um lagarto, numa expressão que não se aplica à nossa génese e ao símbolo de que tanto nos orgulhamos, mas neste caso a alusão pode ter um significado dúbio. 
A defesa a apresentar por Domingos não deve diferir muito do quarteto que nos tem causado calafrios, e a opção Polga ou Rodriguez deverá ser tomada por moeda ao ar, a não ser que Carriço volte ao seu lugar de origem . O meio campo continuará órfão de Rinaudo pelo que, à falta de pai e mãe, ficaremos na dúvida se o Neto volta a fazer parte e não apenas número.
O ataque está à mercê das papas Milupa, agora que a equipa deixou de comer Cerelac. É que ver golos, só de lupa!! 
Não, não estou a tentar demover ninguém de ver o jogo, simplesmente é a realidade para a  qual cruamente acordámos.
Apesar de todas estas questiúnculas, acredito que o Sporting não só tem melhor equipa que o Olhanense como tem a obrigação de vencer este jogo. Isto de crermos que qualquer equipa nos pode vencer coloca numa profunda questão psiquiátrica um dos males do clube, pois o nosso plantel não é inferior a qualquer outro da nossa praça, se exceptuarmos um par de casos pontuais.
 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Acordem-me, se faz favor!


Não é difícil encontrar palavras para definir o jogo de hoje e o estado de espírito dos sportinguistas. Difícil é encontrar as palavras certas, que não provoquem ainda mais crispação e angústia pelo momento que se vive em redor da equipa profissional do Sporting.
No momento em que começo a escrever este artigo, ainda estou na dúvida se devo ou não falar do jogo. É que, convenhamos, este foi só mais um dos tristes espectáculos que a equipa tem proporcionado, desde tempos quase imemoriais. 
Digo imemoriais porque não me quero recordar, e pensei que nunca mais fosse necessário olhar para trás e verificar os 8 jogos sem vencer ou, nessa mesma sequência, os míseros 4 jogos ganhos nos últimos 17 jogos da época passada. 
Mesmo se recuarmos aos 3 primeiros jogos do campeonato, até ao emblemático jogo da Mata Real, inclusivamente aí o futebol praticado tinha indícios de trabalho, de um rumo certo, de uma lógica de crescimento. Actualmente, o vazio que encontramos é tal que, para lá do que supõe para a época em curso, começo a duvidar que comecemos a próxima época com aspirações. Se este é o ano zero deste projecto, com a involução evidente, começaremos a próxima de um patamar muito redutor.
Como disse, nem sequer queria fazer qualquer análise ao jogo, e queria sim evidenciar a paciência e coragem das quase 18 mil almas presentes em Alvalade. Voltar a falar da atitude, das primeiras partes de avanço, do sub-rendimento generalizado, do meio-campo macio, de umas alas incapazes de servir o avançado é estar a martelar no mesmo, desde há longas semanas. Como quase tudo nos acontece, Bojinov quis dar um pontapé na crise pessoal e da equipa, mas acabou por afundar as duas de uma cajadada, com um certeiro tiro no guarda-redes. Mandou a hierarquia às malvas, mas para mal dos seus pecados deve ter sido a pior decisão da sua carreira, graças à perspicácia e sorte do guardião adversário. 
Quem, como eu, julgava que Wolfswinkel também precisava uns minutos de banco, agora achará que, mesmo a coxear, será a primeira opção para o ataque leonino, até porque Ribas chegou na pior altura que qualquer jogador poderia desejar.
Esta competição ainda não está morta para o Sporting, mesmo que tenha de jogar a última jornada com o ouvido na rádio, e ter que ganhar sempre por mais golos que o Rio Ave. Se decidirem dar mais 45 minutos de avanço, dificilmente estaremos nas meias-finais.
Esta Taça nunca será a salvação da época, como a Taça de Portugal também não, mas o plantel tem que se mentalizar que o orgulho deles, da complacente massa adepta leonina, está dependente destas duas competições. 
Já estou, como é óbvio, a dar o campeonato e a Liga Europa por perdidas, pois tenho que ser realista e convencer-me que, à imagem da época passada, vencer a um Nacional, Moreirense ou Gil Vicente será um feito notável.

p.s. Entretanto, numa notícia de final de noite, ficamos a saber que a SAD instaurou um processo a Bojinov. Bem me parecia que ainda se iria arrepender da decisão que infelizmente para todos nós tomou. 

Quero acordar daqui a nada e descobrir que foi, tão só, um pesadelo.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Romance em Alvalade


A polémica das imagens nos corredores de acesso aos balneários visitantes em Alvalade, parece ter chegado ao fim.
O Sporting decidiu substituir as contestadas imagens de adeptos em poses...viris...por campos de girassóis, malmequeres e borboletas esvoaçantes.
Devo confessar que essa era uma das hipóteses que tinha aventado, quando decidi propor as também famosas imagens de borboletas com pernas, que em devido tempo publiquei.
Não sei qual suscitaria mais entusiasmo por parte das entidades competentes, jornalistas, equipas adversárias, comentadores desportivos e...já que está na moda, médicos, fadistas e carpinteiros. Além destes teremos ainda que ter em atenção o comum adepto, que pelas primeiras auscultações que fiz, não estão de acordo. Estes que refiro inserem-se naquela franja de analistas que estão sempre de olho no que o Sporting faz, diz, acontece ou deixa de acontecer. São os adeptos rivais, que se deitam a pensar no Sporting e acordam a pensar no Sporting. Hoje já li comentários deveras curiosos, mas a esmagadora maioria destila veneno com imagens tão puras e desprovidas de maldade. 
Além da vertente cromática e estética, as novas imagens podem conduzir os atletas e dirigentes que por ali passem de novo para a sua adolescência. Ao contar as pétalas dos malmequeres, recordar-se-ão dos momentos enternecedores que essas flores nos transmitem. Quem já não "depenou" um triste malmequer, a pensar na sua amada?

Malmequer...bem-me-quer...malmequer...bem-me-quer...malmequer...
Todos nós sabemos que por outros túneis já se destacaram outras flores, como por exemplo Jacintos...mas esses também tinham pernas, como as minhas borboletas.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Voltar à casa de partida


Os sintomas eram preocupantes. Desde há muito que o Sporting não tem um jogo, na sua globalidade, bem conseguido, há muito que denota índices de agressividade baixíssimos, há muito que os resultados reflectem todos estes factores.
Quarto jogo consecutivo sem vencer, uma vitória apenas nos últimos sete jogos e o plantel que continua preso por cordas. Hoje mais adaptações, pois Carrillo esteve com febre durante a semana e Jéffren nem sequer estava no banco. O factor motivacional do início de época vai-se esbatendo, e muito temo pelo que resta de época, pois apesar das frentes ainda activas, muito teria que mudar para aspirarmos a algo de positivo.
De facto há situações que são de difícil compreensão, mesmo com tantas condicionantes. A que mais me causa estranheza tem a ver com a apatia generalizada, que já fiz referência noutros jogos, ou se quiserem, a falta de atitude que faz cada jogo parecer que jogamos contra 12, 13...14 jogadores. A pressão alta que caracterizava esta equipa esvaiu-se, mas mesmo a abordagem em cada lance faz dos adversários uns artífices da bola, pois invariavelmente ficam com ela em seu poder.
No entanto, não podia deixar de referir que, se a vitória do Braga acaba por ser justa, a dualidade de critérios arbitrais foi mais uma vez notória. Não teve influência no resultado, mas acaba por ir massacrando uma equipa que já tem dificuldade em gerir certos aspectos do jogo. Só para dar um exemplo, mas arranjaria mais meia dúzia, Rodriguez apanha um amarelo ingenuamente, por segurar a bola e impedir uma reposição rápida, e um jogador bracarense pontapeia a bola para fora do campo, em atitude muito mais evidente, perante a complacência arbitral.
Quanto ao jogo, quando apontei a falta de atitude como grande culpada pelo insucesso já estou a caracterizar e definir o encontro. Os primeiros minutos do jogo tiveram um só sentido, uma vez mais ficámos a ver jogar e não aconteceram golos do Braga por manifesta infelicidade. A partir dos 15 minutos equilibrámos, mas o desacerto nas decisões no último terço do campo denotam ou falta de qualidade ou falta de trabalho específico. 
A aposta em Ribas demonstrou que o uruguaio poderá ser uma aposta futura, mas  está ainda em pré-pré-época, e a substituição aos 68 minutos foi já em período de total eclipse do avançado. Ínsua a médio esquerdo foi outra aposta falhada, em parte pelo sub-rendimento que venho apontando há semanas. O nosso meio-campo esteve completamente à mercê adversária, e só se superiorizou na parte final do jogo, pois a pressão imposta ao Sporting acabou por desgastá-los fisicamente.
A segunda parte passámos da camada de ozono (que não chega a ser céu) ao inferno em poucos minutos. Matias Fernandez atirou ao poste, logo  no reinício do jogo para passados 2 minutos Hélder Barbosa dar vantagem aos bracarenses. Balde de água fria, que congelou completamente o Sporting até ao 2º golo. Curioso que, quando vejo Rodriguez sair com a bola controlada e passar o meio-campo fiz um rewind e vi o lance que ditou a final da Liga Europa passada. De facto, o resultado foi o mesmo. Rodriguez assiste o médio adversário que avança no terreno, e acaba em golo. 
O que restou de jogo foi um prolongar da agonia, mesmo que o golo de Carrillo tenha dado alguma esperança em, ao menos, não perder o jogo, mas com a inépcia ofensiva seria necessário recorrer a ajuda divina para o alcançar. De facto, confirmou-se a derrota leonina e, com ela, tempos difíceis (uma vez mais) se aproximam. 
Penso que se acabou a aura em redor deste plantel, e  só espero que o público que ainda for a Alvalade tenha em atenção que esta continua a ser uma equipa em formação, e não piore o espectro criando um ambiente difícil em própria casa.
Dito isto, resta recorrer a números para ilustrar esta primeira parte de campeonato, que termina com uma estatística surpreendente.
Apesar de todo o aparato e expectativas criadas até há tão pouco tempo, o certo é que a equipa deste ano tem piores números que a depauperada equipa do ano passado, senão vejamos:















Com estes quadros se depreende que, à viragem da 1ª volta, o Sporting está em 4º lugar enquanto no ano passado ocupava o 3º, o ano passado estava a 13 do 1º e este a 11 mas, enquanto o 2º lugar, que dá acesso directo à Liga dos Campeões estava a 5 pontos este ano já ascende a uns quase inalcançáveis 9 pontos. Além disso, a nossa pontuação é rigorosamente a mesma e apresentamos um melhor socre de golos, talvez fruto da goleada ao Gil Vicente (6-1).
Agora, bem...é fazer o que sempre fizemos. Acreditar que ainda há vida depois da morte, ou seja, que ainda há conquistas pela frente, mesmo que o campeonato tenha morrido hoje.

Os amigos do Pedro


Hoje é dia de importante jogo em Braga, e digo só importante (e não decisivo) porque a minha faceta pragmática já me levou a concluir que o campeonato deste ano já é tão só uma miragem e apesar das contas só se fazerem no fim, o nosso objectivo mais realista e não menos importante é lutar por um lugar na pré da Champions do próximo ano.
O árbitro do jogo de hoje será João Capela, que voltará a cruzar-se com o Sporting depois do jogo da Luz. Onyewu que se cuide, na sua luta titânica com os centrais adversários, pois o árbitro lisboeta já demonstrou ser pouco audaz na apreciação a agarrões em determinadas zonas do campo.
Na senda desta trilogia (Sporting/ Benfica/ árbitros) tive hoje a oportunidade de ler o que julgo ser o resumo da entrevista de Pedro Proença ao Record, no sítio online da publicação.
Devo salientar que, na globalidade, não deixa de ser uma entrevista bem conseguida, mesmo que com algumas singularidades e passagens das quais discorde.
Logo à partida e onde reside um dos maiores destaques da peça, tem a ver com a preferência clubista do entrevistado. Reafirmando que o seu lado profissional se sobrepõe a essa simpatia, vinca o facto de que  todos os jornalistas têm clube, assim como  também os dirigentes, os atletas, e não é por isso que deixam de jogar no clube A, B ou C.
Não nego que isso seja uma verdade irredutível, só que se estivermos atentos à arbitragem ou a outros sectores onde alguém tem a responsabilidade de ajuizar, sabemos que nem todos são como Proença proclama ser. Mais uma vez um juiz  defende a classe de olhos fechados mas deveria ser mais prudente pois, todos nós sabemos, e está registado até por meios que em tempos não serviram de prova a outros juízes que fizeram da palavra justiça um joguete, que a honestidade nem sempre é o mote dos intervenientes. Além disso, a responsabilidade que acarreta não coloca num mesmo nível os intervenientes que dá como exemplo.
Quanto à profissionalização, penso que esteve muito bem quando o jornalista afirma que os árbitros recebem tostões, quando estão a dirigir artistas que auferem milhões. 
Diz Proença: "Quanto a mim, essa é uma perspectiva redutora da questão. Os árbitros hoje ganham muito bem, tendo em conta a realidade portuguesa. Temos de perceber que o salário mínimo no país não chega aos 500 euros por mês. Não gosto de comparar os atletas de alta competição com a realidade dos árbitros, porque teríamos de medir que a carreira de um árbitro chega aos 45 anos, e que um jogador chega aos 32 ou 33.  É fácil perceber quanto é que um árbitro de primeira categoria aufere hoje, tendo em conta que é uma actividade secundária na sua vida. Quando falamos em profissionalismo, pensamos em todas as condições que devem ser paralelas à sua actividade de árbitro, que lhes permitam descansar, ou ter um corpo técnico que os possa preparar para os jogos, ou ter preparadores físicos para que sejam ainda melhores, ou um corpo de psicólogos que os possa ajudar nos momentos menos bons."
Não sendo um tema que domine, visto a arbitragem ser um redil de interesses que me é desconhecido, tenho no entanto a noção do que actualmente auferem os árbitros de 1ª categoria, e que os coloca num patamar invejável na sociedade portuguesa, e onde conseguem medir forças com a maioria dos futebolistas, se exceptuarmos os grandes. Jorge Sousa foi na época transacta o árbitro que mais recebeu, com proventos desta sua segunda actividade que ultrapassaram os 37 mil euros. Os que o precederam também se aproximaram destes valores, pelo que não estamos falando de actores secundários nesta matéria. 
A posição e responsabilidade que detêm deveria ser suficiente para serem tão honestos quanto Pedro Proença apregoa. Os valores que auferem ainda lhes deveria avivar a memória quando entram em campo, e o facto dos clubes serem co-patrocinadores da sua actividade incutir-lhes maior sentido de responsabilidade.
Há um célebre provérbio sobre a mulher de César, mas neste caso poderia dizer: Aos amigos do Pedro não basta parecê-lo, têm que sê-lo!!

sábado, 14 de janeiro de 2012

Os cavalos também se abatem


A edição deste Sábado do jornal Expresso faz referência a dois temas abordados recentemente nas crónicas do blog.
Um, que já começa a saturar, mesmo que ainda vá ter algumas réplicas, refere-se ao terramoto que causaram as imagens de Alvalade.
Segundo a referida publicação, as imagens resultaram de uma produção realizada com elementos das claques organizadas do Sporting. Segundo a investigação do Expresso, a sessão fotográfica decorreu em Junho e as fotografias já estariam expostas a 30 de Julho, no jogo de apresentação contra o Valência, e é este o único ponto que difere das alegações das entidades.
Uma das pessoas contactadas pelo jornal diz ainda que "deve haver um making off da produção porque foi feita num intuito diferente do que tem sido discutido". Diz também essa fonte que "a ideia passou por recordar velhas glórias do passado no túnel que dá acesso aos balneários...e mostrar o amor e paixão dos adeptos pelo clube no túnel dos visitantes...e por isso foram simulados festejos de golos e cânticos de apoio à equipa."
Esta notícia, com fontes que desconheço, a meu ver não muda nada relativamente ao que está em causa. Os responsáveis do Sporting continuarão a defender a iniciativa e que os ideais do clube não se revêm nas críticas e intenções que lhes são imputadas. Os responsáveis pelos órgãos que regulamentam o futebol, certamente não voltarão atrás na sua intenção de remoção ou ocultação das imagens, enquanto os responsáveis do jornal Púdico sentirão uma paz interior e um regozijo próprio de quem tem uma vitória moral. No entanto fica a curiosidade da iniciativa ter sido encenada e minuciosamente produzida, só que o remate saiu ao poste.
O outro tema que hoje atrai grande destaque no Expresso tem a ver com a derrota da Olivedesportos e de Joaquim Oliveira na eleição para a Federação Portuguesa de Futebol. O patrão do futebol, como é conhecido, apoiava Laranjo, em mais uma urdida teia de interesses, mas tal como ontem referi, um contra-ataque mortífero e inesperado de Figueiredo resultou numa inesperada derrota eleitoral. No entanto, mais do que estar a resumir a notícia, aconselho a leitura da reportagem, mas convém tomar antes um comprimido para o enjoo, tal a promiscuidade (para poupar em adjectivos).
O que salta à evidência na notícia publicada, é que o nome Porto, através do clube mais representativo da cidade, aparece em cada linha dessa reportagem.
Se por exemplo atentarmos em Fernando Gomes, recentemente eleito presidente da Liga, vemos que consta do seu currículo, entre outros, o de director do departamento de basquetebol do Porto, director-geral do FCP, vice-presidente do FCP, administrador do FCP-SAD, mas curiosamente também é referenciado como tendo exercido funções da famosa agência Cosmos (a tal das viagens do Calheiros).  Foi, portanto, asssalariado de Joaquim Oliveira, e desta forma era, como refere o Expresso, o ponta-de-lança da Olivedesportos no Porto. A agência de viagens de Oliveira tem também o monopólio das viagens dos clubes de futebol, entre outros, e realça-se a curiosidade de que um clube que, por motivos alheios, se atrase num voo por uma qualquer agência de viagens, é-lhe atribuída falta de comparência, enquanto se viajar pela Cosmos a FPF trata de reagendar o jogo.
Nesta caldeirada que se cozinha no futebol português (talvez por Adelino Caldeira, administrador da SAD do FCP ter sido o intermediário da amizade entre Oliveira e Gomes) são muitos os nomes que constam do cardápio, pelo que volto a aconselhar a leitura da referida peça jornalística, e que vem reforçar a ideia que o poderio instalado a Norte, mesmo que aqui ou ali o domínio absolutista vá de férias, está viçoso.
Entretanto outros tiraram-lhes as medidas, mas são ainda aprendizes de feiticeiro.
Tarefa árdua para os responsáveis do Sporting pois mesmo que, aparentemente, o sistema já não seja o de antigamente, este simplesmente adaptou-se a novas realidades, a novos meios de investigação, a novos modelos organizativos, mas continua de boa saúde, obrigado!!
Valha esta derrota, para não perdermos a esperança.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Sodoma e Camorra


Wolsfwinkel vai parar por algumas semanas, e assim é mais um dos titulares que sai das opções de Domingos. Não bastava sermos a equipa mais fustigada por lesões inoportunas, e a falta de sorte parece teimar connosco. 
No caso concreto do holandês é uma baixa de peso, não pelo IMC* do jogador mas pela preponderância e falta de opções que existem para o substituir. Se dúvidas houvesse, Bojinov tratou de as tirar (em relação ao IMC e à qualidade).
Rubio continua a ser um júnior que integra o plantel sénior, mas longe de se poder tornar na alternativa que necessitamos. Já o uruguaio Ribas será a grande incógnita, pois o ponto de referência sobre as suas qualidades datam de há 8 meses atrás, quando ainda era jogar dos franceses do Dijon.
Se há lesões inconvenientes há outras muito convenientes, como a que assolou o avançado Atsu, jogador do Rio Ave. Com esta arreliadora mazela não poderá defrontar a equipa detentora do seu passe, no jogo do Dragão.
Estas manigâncias são propriedade intelectual de alguns clubes e nós, incompreensivelmente, continuamos a apreciar impávidos e serenos. Para quando uma indisposição de Adrien, um enjoo de Cedric, uma espinha encravada em Mexer, um hematoma na unha de Wilson Eduardo, uma disenteria em João Gonçalves, um verruga infectada em Diogo Rosado, só para dar um exemplo e facilitar no diagnóstico??!
É que não é uma situação virgem "sermos" sodomizados por um jogador pertencente aos quadros do Sporting, e ao qual o clube paga  parte (se não a totalidade) dos ordenados. A proibição de jogar por parte do clube mãe (ou pai) há muito que não é permitida, mas estas coincidências com jogadores pertencentes a determinados clubes não tem fim. A máfia napolitana não dorme!!

*IMC - (Índice de massa corporal)

Os anos dourados


Mário Figueiredo foi na quinta-feira eleito presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, após o acto eleitoral realizado na sede do organismo, no Porto.
O novo presidente da Liga de clubes recebeu 27 votos, contra 21 do seu oponente António Laranjo, que tinha o apoio, entre outros, do Sporting. Esta vitória não deixa de causar alguma estranheza, pois o próprio dono do futebol português e presidente do Porto apoiava Laranjo e veio publicamente dizer que Figueiredo só iria ter o apoio do Marítimo, clube ao qual está vinculado. Afinal parece que os pequenos esqueceram por momentos as alianças com seu tutor e decidiram em prol dos seus interesses que, pelos vistos, irão colidir com os interesses do Sporting.
O comum adepto não se revê em programas eleitorais, jogos de interesses e apoios para retirar dividendos, de que é pródiga a nossa sociedade e a que o futebol não só não é imune como figura no topo dos amiguismos. Se a isto juntarmos o facto do enfraquecimento da Liga, por força da transferência da arbitragem para a Federação, então o acto eleitoral foi quase ignorado pelo comentador de ocasião.
Uma das medidas que o presidente eleito pretende implementar tem a ver com o alargamento da I Liga a 18 clubes. Não sei qual a posição do Sporting, mas salta à evidência que estes avanços e recuos no contingente são nocivos à competição, e reduzirá ainda mais a qualidade global do futebol que por cá se pratica.
Depois da época 90/91 ter sido a última com 20 clubes e a de 2006/07 ver finalmente reduzido de 18 para os actuais 16 participantes, pensei que a influência dos grandes evitassem nova investida para retomar hábitos antigos, mas a medida visa  agradar a uns quantos apoiantes mas também permitir a entrada das equipas B na II Liga. Esse é o único ponto onde vejo algo de positivo nesta medida, pois vai ao encontro das pretensões do Sporting no que respeita ao reactivar da sua equipa B. Mesmo que esta equipa vá requerer um reforço e esforço no orçamento que até já está calculado, parece-me que as vantagens são várias, imediatas e evidentes, mas que ficarão para escalpelizar numa futura crónica.
Quanto ao alargamento,  que em tempos foi modelo para servir os interesses de alguns pequenos clubes e um grande a Norte, veremos o que nos irá reservar. Esses tempos ficaram marcados pela hegemonia da Associação de Futebol do Porto, que ganhou protagonismo e preponderância precisamente através das alianças com clubes filiados que prestavam vassalagem ao seu mentor. Graças aos votos que colhia na Federação por ter mais clubes na 1ª divisão podia, nas guerras de Associações, definir (e usufruir) na escolha e composição dos Conselhos de Arbitragem .
Fruto desta situação desregrada tivemos uns "anos dourados" (não confundir com apitos)  em que havia num contingente de 20 equipas, 12 sediados a Norte do Mondego. Actualmente estão 10 em 16, e dependente das subidas e descidas poderemos ter um cenário tão sui generis como o dessa altura. É que esta deslocalização da preponderância futebolística para Norte tem nos seus defensores a justificação que, em tempos idos, a situação que se colocava era a inversa. Por essa altura falava-se no trauma do Porto passar o Mondego para jogar a Sul. É por demais evidente como souberam inverter a tendência, mas com efeitos bem duradouros. 
Esta eleição para a Liga veio, mau grado todos estes exemplos do passado recente e da influência que alguns grandes ainda têm para com os seus afilhados, dar a entender que algumas ovelhas tresmalharam ou, simplesmente, estão a tratar da sua vida sem precisar pedir a bênção ao Papa.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

6-1


Hoje, já a frio, no rescaldo do jogo para a Taça de Portugal com o Nacional, seria possível escrever três crónicas e ainda ficar muito por dizer. O problema é que o que ficaria por dizer seria pernicioso para as nossas cores, e não pretendo fazer coro com a esmagadora maioria.
Não vou, no entanto, fazer de conta que não se passa nada e que tudo corre sobre rodas. Vou sim é evitar a crítica ofensiva e que nunca se traduzirá em nada de positivo.
Primeira nota de destaque deste jogo, e que talvez acabe por ser das poucas positivas da noite de Alvalade. O jornal Público voltou a ficar à porta...ou talvez tenha ido a um bar próximo ver o jogo pela Tv. Mesmo sendo um tema que daqui por pouco tempo cheire a bafio, enquanto dura a polémica e enquanto esperamos pelas réplicas do terremoto causado nas instâncias UEFA e Liga pelas imagens difundidas pelo jornal, será saboroso vê-los...ou imaginá-los, jogo após jogo, a implorar pela entrada em Alvalade. Como diria Maradona :"Que la sigan chupando"!!
Há quem considere que o Sporting demonstra fragilidade, ao impedir o acesso da publicação a Alvalade, mas quando o Porto (para citar quem mais pune a quem ousa atacar o clube) toma atitudes idênticas, é considerado forte, exemplar e intocável. Enfim, critérios.
Agora, vamos às outras notas de destaque, quase todas elas negativas. Se até Domingos reconheceu que o Sporting que se apresentou em Alvalade, na primeira parte, não ganhava a ninguém, quem sou eu para desmentir. Não vou dizer que houve erros crassos na constituição da equipa, até porque o treinador leonino saberá mais de futebol a dormir que eu acordado, mas a falta de atitude foi um suicídio assistido. Sim, assistido pelas cerca de 18 mil almas (penadas) que se deslocaram a Alvalade, e por mais uns largos milhares que não adormeceram no primeiro período de jogo porque estavam demasiado assustados para o fazer.
Este filme de terror já chegou a estar na sala de Alvalade tempos infindáveis, e julgávamos definitivamente retirado dos cartazes, mas teima em regressar. O chutão para a frente de Polga à procura de Liedson já deveria estar abolido das nossas práticas, mas alguém esqueceu-se de lhe dizer que o levezinho já não está cá. Foi este o futebol da primeira parte, sem esquecer os dois golos nacionalistas e mais uma oportunidade flagrante dos insulares, em 45 minutos para recordar. No entanto, a reter está a falta de atitude e entrega que faz parecer que a outra equipa, qualquer que ela seja, recorreu a produtos proibidos para melhorar o rendimento desportivo. Não, o que mais uma vez se viu (e foram mais 45 minutos de avanço, tão recorrentes no futebol de Paulo Bento, Paulo Sérgio, Carvalhal, entre outros) foram 11 jogadores com muita vontade de ir ao Jamor, e outros 11 que pareciam querer antecipar as férias.
Aos espectadores que sobreviveram à síncope ou ao colapso, ficou a certeza, na segunda parte, que não era a táctica  que estava errada, não era a capacidade de Domingos em orientar a equipa, nem sequer a escolha dos jogadores. Mesmo com a reincidência de Polga em municiar o ataque adversário com assistências primorosas e de Bojinov em limpar a zona defensiva madeirense, ao tornar-se no melhor central adversário (Domingos, e que tal trocá-los de posição??) o certo é que criámos a primeira oportunidade de golo ao 40 segundos da segunda parte, e fomos "massacrando" a defesa contrária até ao milagroso golo do empate.
Apesar de termos João Pereira (mais um) em sub-rendimento e Ínsua longe do fulgor de início, mesmo com todos estes contratempos e handicaps, poderíamos ter vencido a partida e acabámos por ganhar a segunda parte por 2-0. A mudança radical de postura em campo manteve-nos ainda esperançados na competição, bem como evitou um maior alheamento e animosidade dos adeptos para com a equipa. Se eventualmente estivéssemos a vencer por 2-0 e permitíssemos o empate, não se livravam da vaia, como recuperámos de 0-2, aí já o resultado é bem diferente, mesmo que o 2-2 tenha parecenças com o 2-2.
Agora, bem, nem vou estar a conjecturar sobre o jogo da Madeira porque ainda falta muito, porque há imensos problemas  para Domingos resolver. A única certeza é que são já imensos os jogos sem ganhar e em que a contabilidade "começa" a preocupar. Uma vitória nos últimos seis jogos só tem paralelo com o início da época, em que vencemos um de 8 jogos, mas 3 deles eram amigáveis, pelo que já estamos na pior série da época. Dá para recear e temer pela falta de confiança que isso gera, mas esta equipa tem um apoio como nenhuma outra teve, em períodos idênticos de resultados negativos. Está só nos pés (e cabeça) deles voltarem a trilhar o sucesso.
 

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Novas imagens para Alvalade


A UEFA mandou ontem tapar ou retirar as imagens colocadas nos acessos ao balneário da equipa visitante do Estádio José Alvalade, para jogos europeus. É o mais recente episódio da ridícula polémica, despoletada pelo jornal Público, ao fazer manchete com as "bombásticas" imagens.
Pelo que se sabe, o organismo máximo do futebol europeu tomou esta medida  com base nas fotos publicadas no jornal, e só após vistoria tomará uma decisão definitiva. Não deixa de ser curiosa tão lesta medida para jogos das competições europeias,já que ainda falta a respectiva vistoria e o Sporting só receberá um jogo sob a alçada da UEFA dia 23 de Fevereiro, aquando da recepção ao Legia.
No recente embate da selecção nacional para o play-off de acesso ao Europeu deste ano as entidades competentes não foram tão eficazes a combater o atentado ao futebol que foi jogar num batatal, ou ao permitir o Sporting jogar a meia-final da UEFA no campo do AZ Alkmaar em condições deploráveis. 
Recordo que as imagens da discórdia foram consideradas pela directora do jornal Público, de interesse...público, pois mostram cartazes com fotografias de alguns adeptos de cara tapada, tochas nas mãos, com o braço em riste ou com tatuagens com a cruz de ferro, associado a movimentos da extrema-direita.
Agora o Sporting deve aguardar pela decisão da Liga, sendo de crer que irá seguir os ditames da UEFA. Assim, resta ao clube encontrar alternativas, seja através da remoção, da ocultação (por exemplo com "post-it" ou tirinhas de papel higiénico colados com cuspo) ou da substituição por imagens que, ao invés das actuais, exaltem o amor, a paz, a amizade colorida, a partilha, a fraternidade, o carinho descomplexado, a festa e a concórdia. As propostas que se seguem apelam e valorizam todos estes atributos, e conferirá às equipas visitantes uma atmosfera harmoniosa e fará com que não se queiram ir embora.
O facto de haver ainda gente de cabedal e correntes serve para integrar todas as facções, numa grande torre de babel.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Valore$


É sempre gratificante ler ou aperceber-nos que (ainda) existem atletas do Sporting que proclamam o amor à camisola.
Temos no futsal o caso emblemático do nosso capitão, João Benedito, que alia a sua paixão e fervor clubista à capacidade de transmitir,  pessoalmente ou no seu blog, os valores sportinguistas ou até pessoais.
Apesar de, felizmente, ainda termos bons exemplos neste particular, quero realçar a entrevista de Francis Obikwelu na edição da passada semana do Jornal Sporting.
Entre os diversos temas abordados e que se relacionam, preferencialmente, sobre a época que se avizinha, Francis não podia deixar de aflorar temas que nos são conhecidos mas nunca é demais recordar, como a sua vinda para Portugal e o papel do Sporting na sua afirmação como atleta e homem.
É tocante o reconhecimento que não esconde ter para com o nosso clube, e como o verde lhe é querido, pois representa as cores do Sporting e da Nigéria, seu país natal.
Não são só as suas performances ou os seus títulos que fazem dele um atleta reconhecido, pois a sua educação e a sua simplicidade também o engrandecem e o colocam num patamar distinto. Saber das propostas que recebeu do Benfica mas manter-se fiel ao Sporting, a ganhar consideravelmente menos (para mais numa modalidade que só enriquece uma minoria) e a dizer a viva voz que o dinheiro não é tudo, não só o "glorificam" como justifica cada Stromp que recebeu.
 Outro galardoado com este prémio, por exemplo( e com ordenados de fazer corar de inveja) decidiu renegar a sua formação e todo o trabalho feito em seu proveito, bem como ignorar quem o endeusou. Recebeu já um Réptil de Ouro, mas não será de estranhar se ainda vier a receber uma Gaivota de qualquer outro metal precioso. É que os Stromp não têm quilates, e talvez seja essa a diferença.
Mal empregadinhas cabeças de leitão e maçãs que queriam atirar para o relvado. Aquilo vendido ao quilo ainda lhe podia render mais uns cobres.
Francis é estrangeiro e não cresceu no Sporting mas é o exemplo que, por vezes, os valores são mais altos que os valore$.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Os ex


O ex-árbitro Pedro Henriques vai colaborar pontualmente com o Sporting, por forma a clarificar e melhorar o entendimento das questões arbitrais, por parte dos integrantes do futebol de formação sportinguista. Por enquanto ainda não se vai aplicar ao futebol profissional.
Não sendo uma iniciativa descabida nem sequer original, dado que outros já recorrem a juízes e ex-árbitros para ajudar o clube, parece-me que o investimento em trabalho de campo feito pelos ex-juízes, mesmo com as botas penduradas, parece ser a mais eficaz contribuição que estes podem trazer aos clubes. 
António Garrido, por exemplo, fez um trabalho notável ao serviço do Porto. Este ex-árbitro internacional, ex-confesso sportinguista e com um inegável trabalho na sombra e nos corredores dos estádios, restaurantes e hotéis deste país, clarificou de forma exemplar como se pode colaborar com um clube, de modo a melhorar o entendimento das questões arbitrais... por parte da classe. É que estes podem estar distraídos e convém ir fazendo recauchutamentos periódicos.
António Rola, outro ex de performances destacadas quando ainda passeava o apito por esses campos fora, destaca-se pela sua colaboração com o Benfica, embora de um modo mais consistente que a futura colaboração de Pedro Henriques.
Espera-se que o futuro ex-colaborador sportinguista ensine os nossos meninos as regras dentro de campo, mas nem precisam chegar a profissionais para ficarem a saber que as leis do jogo são mutantes.

Tempo de seca


O jornal O Jogo faz hoje referência à falta de eficácia e de concretização,tema sobre o qual ia hoje precisamente falar, e que muito preocupa Domingos e todos os adeptos leoninos. 
As contas do jornal são bem claras e preocupantes. 
No último mês, mesmo com as férias do Natal, a equipa do Sporting disputou seis jogos e apenas ganhou dois.
Esta última sequência resulta de uma enorme quebra nos índices de eficácia e teve início, precisamente, diante do Nacional. A qualidade de jogo já vinha em decréscimo mas a eficácia não demonstrava isso. No entanto, o ciclo de baixa produtividade começou com a recepção ao Nacional em Alvalade, a 10 de Dezembro, que foi vencido por 1-0, seguindo-se a derrota em Roma com a Lázio, o empate em Coimbra com a Académica, o triunfo para a Taça com o Marítimo, e novos empates com Rio Ave e FC Porto. O jogo da Taça foi a excepção, tendo Domingos denunciado as falhas na finalização nos restantes jogos. Os números sustentam as queixas do técnico. Se, no primeiro ciclo, negro para os leões, até ao jogo da Mata Real, a taxa de eficácia era de 5,5%, no período seguinte subiu para 15,4%. Analisando os jogos do último mês, verifica-se que o Sporting baixou os níveis de eficácia para 5,8%, o que se traduz numa quebra de 61% ao nível da finalização, marcando apenas cinco golos em 85 remates. 
Se a notícia do diário desportivo é ilustrada com Sebastian Ribas, e podendo residir aí a resolução do problema, já eu considero que o problema é mais profundo. Não que seja difícil de corrigir, mas porque não me parece que a simples troca de avançados resolva a questão. É que se Wolfswinkel tem demonstrado um crescente alheamento do golo, parte dessa lacuna tem residido no sub-rendimento de quem alimenta esta capacidade.
Aquando das sucessivas lesões dos alas do Sporting, preveni que Capel não iria aguentar toda a época naquele frenético ritmo, e que Carrillo ainda é muito verde e precisa ganhar muita maturidade (e visão de jogo) para se tornar num municiador de oportunidades reais de golo, já que ele nunca será um finalizador nato. O inconsequente Pereirinha, Ínsua e o adaptado Matias tentaram, a espaços, e enquanto o chileno também não se lesionou, dar descanso aos nossos únicos alas disponíveis, mas este último mês de competição veio vincar este problema. 
Enquanto continuamos a esperar pelo regresso de Jéffren, que nunca sabemos se será definitivo, Izmailov voltou a ficar knockout por duas semanas, quando temos tão importantes jogos pela frente.
Nacional, Braga, Moreirense e Olhanense esperam por nós, nos próximos encontros, mais uma vez numa cadência que não permite recuperações nem dá tempo a mais experiências.
Os números não estão do nosso lado, mas já demonstrámos que sabemos ultrapassar momentos delicados, como o que passámos no início da época.

Estes meses de Dezembro e Janeiro têm sido anormalmente secos para a época, e o nosso ataque também foi contagiado pelo fenómeno.  A climatologia já nos arruinou a relva, mas estes rebentos que vestem de verde não podem ser afectados por novo período de seca prolongada. Dizem que em Abril águas mil, mas não podemos esperar até ao dealbar da época para reencontrar o caminho do golo. Temos que acreditar que Domingos está a par da meteorologia e irá precaver-se da melhor maneira.

domingo, 8 de janeiro de 2012

50 mil nas bancadas mas o Público ficou do lado de fora


O Sporting demonstrou ontem, uma vez mais, que está diferente. Apesar de ainda ter vícios antigos, de praticar jogo limpo e ser institucionalmente ainda demasiado frágil face a ofensivas de diversos quadrantes, já começa a ter comportamentos próprios do meio onde se insere.
O Sporting deixou ontem o jornal Público (ou os seus jornalistas) à porta do Estádio. Uma vez mais a resposta às cíclicas investidas contra os nossos interesses foi rápida e eficiente. 
Claro está que o jornal já fez questão de dizer que accionará todos os meios ao seu dispor para repor a legalidade mas...caros jornaleiros, este já foi!!! 
Tal como já aconteceu esta época com Record, Mais futebol...etc, já lá vai o tempo de darmos a outra face e fomos lestos a punir actos desviantes.
Somos diferentes? Continuo a achar que sim, que temos um ADN diferente dos rivais.
No entanto, para alcançarmos determinados objectivos e visto termos que andar a par com alguns agentes desportivos, é bom passarmos a ser iguais a outros. Porto e Benfica já tomaram atitudes idênticas, e outras bem mais radicais, para defender os interesses dos seus clubes.
Parece que já definimos o rumo a tomar, e serão os media que terão que se adaptar ao novo Sporting.

Os empatas...


Não pôde ser!! O Porto somou mais um jogo sem perder no campeonato nacional e não conseguimos pôr-lhes o contador a zero.
As análises aos jogos dependem de muitos factores e sujeitos a contingências que não os tornam uma ciência exacta. Por isso Vítor Pereira e Domingos não estão de acordo em alguns pontos como muita gente discordará da minha análise.
O treinador portista, tanto na flash interview como na conferência de imprensa, realçou...recalcou que Polga anda iluminado por alguma estrela, pois escapou à expulsão em Vila do Conde e voltou a fazê-lo neste jogo. Diz ele que se o Porto tivesse jogado 25 minutos em superioridade numérica as hipóteses de vencer teriam aumentado. Domingos teve que responder, perante tanta insistência em expulsar o central leonino e desta forma tentar condicionar as próximas arbitragens do Sporting. Já o Benfica tem lucrado com as sucessivas ofensivas verbais aos jogos do Sporting, mas nós continuamos a comentar (e com pouca contundência) somente os nossos jogos. Disse o treinador leonino que se Otamendi tivesse visto o vermelho, por entrada a Carrillo, estaríamos mais que uma parte em vantagem, mas se ao menos lhe tivessem mostrado o segundo amarelo no dealbar da primeira parte, num lance em que P.Proença nem falta assinalou, jogaríamos toda uma parte em vantagem numérica. 

Quanto à minha análise, constato que mesmo que as melhores oportunidades tenham sido nossas, ainda noto o Porto mais equipa que nós. Pelo menos neste jogo. A equipa portista soube sempre o que fazer à bola, enquanto a nossa posse de bola era muito mais desgarrada, principalmente na primeira parte. Os azuis são muito mais matreiros na gestão dos tempos mortos, como impedir a colocação rápida da bola em jogo em livres ou lançamentos, típicas da escola portista, tenham os jogadores anos de casa ou estejam a dar os primeiros pontapés na bola. No entanto, onde notei maior diferença foi na intensidade de abordagem aos lances. Quando sucessivamente, após ressaltos e bolas divididas as bolas foram parar a pés portistas, isto não é só uma questão de sorte. Pareceu jogarmos sobre brasas e com demasiado receio em largos períodos de jogo, e talvez a posição delicada em que nos encontrávamos antes do jogo justificassem esse medo em perder, e só com o decorrer do jogo nos libertámos de algumas dessas amarras e lográmos alguns lances de relativo perigo.
Se o cabeceamento de Polga após um canto cobrado da direita pode ser considerada a melhor ocasião de golo da 1ª parte, por ter ido à baliza, já dois lances portistas de bola parada também levaram algum calafrio à nossa defesa, mas as balizas iriam mesmo ficar fechadas o resto do encontro.
A inclusão de Renato Neto (tal como prognostiquei em crónicas anteriores) não foi para mim surpresa, mas terá sido para André Santos, que deverá ter perdido de vez o seu lugar entre as opções para os próximos jogos. Apesar da falta de entrosamento com o resto da equipa, o jovem brasileiro não destoou no meio campo, e inclusivamente soube impor o seu físico na supremacia portista no miolo do terreno.
Já outras unidades basilares da equipa tipo sportinguista continuam longe de picos de forma já evidenciados, e este sub-rendimento é um dos responsáveis pelo decréscimo acentuado no fio-de-jogo que evidenciamos desde há algum tempo a esta parte. Refiro-me essencialmente a Capel, Elias e Wolfswinkel, que apesar de ainda justificarem o estatuto de titulares, por força dos imensos problemas físicos que afectam a equipa, também têm contribuído para a menor força que apresentamos, enquanto equipa.
A segunda parte mostrou um Sporting com uma cara mais alegre, mas sempre com o credo na boca cada vez que o Porto chegava à nossa área. É que a imprevisibilidade de Hulk não nos permitia grandes devaneios, e um golo seria o canto do cisne. Esse golo chegou a surgir, num lance anulado atempadamente por fora-de-jogo e que, curiosamente (Sr.Vitor Pereira) poderia e deveria ter custado o 2º amarelo ao avançado brasileiro. Um pouco antes, uma outra situação levou o estádio ao desespero, pois foi injustamente cortado um lance de ataque do Sporting, que colocaria Elias isolado perante Elton, por pretenso fora-de-jogo. No entanto, Vitor Pereira só olhou para o seu umbigo, e para o umbigo do Rio Ave, para proveito próprio.
Mesmo que as ocasiões de golo escasseassem, as oportunidades de Wolfswinkel e Izmailov fizeram-nos crer que teria sido possível vencer um jogo em que não fomos superiores, mas em que pudemos ser cínicos. Primeiro o holandês não demonstrou o motivo porque lhe chamam Iceman, e perante Elton não conseguiu mais que acertar nas pernas do brasileiro, mas estaria reservado ao russo, que deveria passar a apodar-se de mártir, o papel de patinho feio, ao falhar um golo que já era cantado pelo estádio e por esse país fora. Não bastava ter ficado com esse peso em cima, ainda ficámos todos a interrogar-nos e a preocupar-nos por mais uma mazela do médio, após terminar o jogo em visíveis dificuldades físicas.
A acabar o jogo, quase que se fazia injustiça, mas Otamendi emendou o que poderia ter sido um golpe de misericórdia nas nossas aspirações, ao cortar um remate de James que levava selo de golo. Valha-nos essa intervenção para não ter piorado uma noite que começou da melhor maneira, com um estádio ao nível dos seus melhores dias mas que, infelizmente, não recordarão pela excelência do futebol praticado.

sábado, 7 de janeiro de 2012

52 sem perder? Está na hora!!


O jornal Record já lança o onze que o Sporting apresentará logo ao início da noite, segundo as suas cogitações.
Não me espantaria se andar próximo deste, mas também não poderá diferir muito dos nomes acima indicados. No entanto, continuo a acreditar numa surpresa de Domingos, mas só mais perto da hora do jogo saberemos com que linhas nos vamos coser.
Nesta roda-viva de nomes, o que geralmente destaca é a nossa obsessão (na qual me incluo) com as tarefas defensivas,  na capacidade que o trinco escolhido por Domingos terá para estancar as incursões à nossa área e, invariavelmente, na explosividade de Hulk.
O que raramente abordamos é a nossa capacidade, os nossos pontos fortes ou, se quisermos, nas fragilidades do Porto.
A equipa portista não perde há 52 jogos para o campeonato pelo que, pela lei das probabilidades, está mais perto de perder do que estaria há uns tempos atrás. Mas, as estatísticas e as probabilidades não ganham nem perdem jogos, pelo que diria que a equipa que lidera o campeonato tem, no lado direito da defesa, um problema por resolver ou, se quisermos ou conseguirmos, um potencial que deveremos explorar.
Os laterais direitos portistas Fucile, Sapunaru e Danilo não entram nas contas para este jogo, pelo que recairá em Maicon a tarefa de parar Capel, Carrillo...ou quem lhe cair nesse lado. Parece-me que a capacidade de mudança de velocidade do peruano, se vier a entrar no decorrer do jogo, poderá colocar em apuros um jogador que ainda está em fase de adaptação ao lugar. 
Esperar para ver, é o que nos resta!!

Futsal - Taça de Portugal

O Sporting jogou, nesta tarde de Sábado, para os 1/16 avos de final da Taça de Portugal da qual é o actual detentor do troféu.
O jogo terminou com a vitória por 7-1 perante o CS São João, equipa de São Martinho do Bispo, arredores de Coimbra e que milita na série B da 2ª divisão nacional.
Os golos foram apontados por Pedro Cary, Alex (2), Marcelinho, Caio Japa, André Galvão e Djo. Este jogo marcou também a estreia do jovem Miguel Ângelo, recentemente contratado ao Boavista e prometedor atleta em quem a secção muito aposta.