Ponto final no
campeonato.
Apesar do Sporting
ainda ter muitos objectivos por concretizar, seja nos escalões de formação, no
andebol, futsal, hóquei ou ténis-de-mesa, a verdade é que a maioria dos nossos
adeptos deu a época por encerrada no último fim-de-semana.
O adeus ao campeonato
foi infeliz em todos os sentidos.
A derrota perante o
Estoril ocorreu num jogo onde os adeptos voltaram a comparecer em bom número
para despedir a equipa, e agradecer o regresso da confiança no nosso futebol.
Só a equipa é que não
compareceu.
Mas foram outros os
insucessos nesse jogo. Perdeu-se a possibilidade de terminar o campeonato com o
mesmo número de derrotas do clube da APAF, perdeu-se a invencibilidade em casa
e voltou a perder-se Carrillo, apesar de muitos acharem que ele, na realidade,
nunca soube o caminho.
Perdeu-se também, na
última jornada, a liderança na taxa de ocupação do estádio, mas a décima que
separou o Sporting (67,3%) do clube da APAF (67,4%), campeão com várias
jornadas de festa, não deixa de constituir uma pequena surpresa.
Apesar da euforia dos
vencedores, o Sporting foi quem levou mais gente aos estádios na condição de
visitante.
Mas se a tarde foi
triste e enfadonha, nada parece justificar algum desespero que tomou conta dos
espíritos mais fragilizados.
Nem foi preciso
ouvir-se o apito final do árbitro para ler e ouvir declarações de adeptos
leoninos indignados, e um ou outro a “exigir” uma (nova) limpeza de balneário.
Parece evidente que o
plantel foi relativamente curto, e que a qualidade não era transversal a toda a
equipa, mas foram esses mesmos, os bons e os menos bons, que nos fizeram
acreditar.
Nem Leonardo Jardim
ficou imune, pois os críticos oportunistas saltaram das suas trincheiras
insufláveis e alegaram que o técnico não soube motivar a equipa…que deveria ter
convocado Wilson…que deveria ter dado minutos a Dramé e Esgaio…que deveria ter
posto Dier, num rol de queixas sem precedentes nos últimos meses.
Ou seja, um mau jogo
parece ser mais que suficiente para fazer murchar um Jardim.
Sabemos que no
futebol tudo é demasiado fugaz.
A aura de um jogador,
treinador ou presidente é comprada na loja dos chineses, e de qualidade
duvidosa.
Pode perder a cor e a
intensidade da sua luminosidade após poucas utilizações.
Basta que o vento
sopre mais forte.
No caso do ainda
treinador leonino a opinião foi unânime em relação ao pequeno milagre que
conseguiu. Recuperar as sobras de um plantel traumatizado por uma época
cinzenta, valorizá-lo e levá-lo à Champions não estaria ao alcance de muitos.
No entanto, o nosso
Jardim também erra…como os melhores, e os seus erros parecem ganhar proporções
bíblicas perante alguns adeptos.
No entanto, para os
que fazem da crítica o seu modo de vida, ainda serão capazes de desengavetar o
nome de Leonardo Jardim quando este já não fizer parte do nosso dia-a-dia, para
lhe reconhecer o mérito.
Resta saber o que o
futuro reserva ao treinador e ao Sporting.
Os pasquins e alguma
imprensa generalista com fortes ligações aos pasquins insistem numa notícia que
já fazia eco nas redes sociais.
Sim, porque todos nós
conhecemos uma empregada doméstica que foi amiga da prima do papagaio da bisavó
de Jardim.
Todos nós temos
notícias que o dão com um pé fora de Alvalade e que houve contactos exploratórios
com um outro treinador.
Os pasquins vão mais
longe, e ontem lançavam as bases do negócio.
Era sempre a subir…ou
a descer, conforme a ordem que se olhasse para as primeiras páginas, e a
cedência do treinador leonino flutuava entre os 3 e os 5 milhões de euros.
Numa visão puramente
mercantilista, diria que era seria um excelente negócio.
Se Jardim valorizou o
plantel até 5 vezes mais, também é verdade que se autovalorizou, e a sua saída
poderia render mais que Matias Fernández ou João Pereira.
Mas eu aprendi a
gostar de futebol quando ainda mal sabia contar escudos, e por vezes quero
esquecer-me que o símbolo deste desporto é o cifrão.
Aprendi a reconhecer as
referência do clube, aqueles que vestiam a nossa camisola durante praticamente
todo o seu percurso desportivo.
Por esse motivo, e
porque o trabalho que começou a desenvolver-se há menos de um ano atrás ainda
está no início, gostaria de o ver ganhar corpo e forma.
No entanto, não
acredito que o projecto se esgote em Leonardo.
Na época passada
terei sido dos poucos que esboçou um sorriso com a saída de Jesualdo, quando a
maioria julgava ser ele o novo Messias.
Acredito na
competência de quem gere os destinos do clube, e que voltará a conseguir que a
próxima época seja dotada com as condições necessárias para o Sporting voltar a bater-se
pelo título.
Seja ou não com
Jardim.
Seguirei com cautela
toda a tinta que se irá gastar com esta novela, até porque também existe quem
garanta conhecer uma empregada doméstica que foi amante do sobrinho da catatua de
um bordel que era frequentado pelo tio do ex-treinador do Estoril, que garante
que Marco Silva tem tudo acertado com o clube da lã.
Apesar das limitações, continuarei a acreditar apenas na informação veiculada pelo Sporting...ou pela CMVM.
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