segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Cuspidela 2 Traulitada 0

Como provavelmente terão reparado, este blogue é dedicado ao Sporting.
Por essa razão, apesar de ter motivos de sobra para o fazer, evito ao máximo falar dos rivais, porque eles não devem ser para aqui chamados.
No entanto, quando os nossos interesses colidem com os dos outros (e são muitas as vezes) sinto-me na obrigação de denunciar as situações, já que quem de direito não o faz.
Na altura, não me referi ao castigo aplicado a Insúa, por várias razões.
Logo à partida, porque o Sporting se pronunciou sobre o caso e, como quase toda a gente, condenou a atitude do atleta.
Realmente, no desporto é necessário haver bom-senso, altruísmo, elevação...e uma série de predicados que promovam tão nobre actividade.
Até os nossos adeptos se aprestaram a criticar a cuspidela do argentino ao adversário.
Somos, definitivamente, diferentes.
Não é que concorde com atitudes vis, mas é que o desporto português não se compadece com gente...e clubes com propósitos nobres.
Na esfera do desporto português, pequeno para 3 grandes, só não vale é tirar olhos...por enquanto.
Noutro clube, estou em crer que teriam defendido o indefensável...acusado a vítima (tivesse ou não provocado o adversário) ou até alegado que o jogador do Rio Ave se atirou para a frente do cuspo...sabe-se lá!! 
O que é certo é que  Insúa estreou a aplicação de sumaríssimos que, pensei, tivessem hibernado para a eternidade.

Para José Manuel Meirim, jurista e especialista em direito desportivo,  os requisitos para se instaurar um processo sumaríssimo são o "grave atentado à ética desportiva e desrespeito por outros agentes desportivos" .

Uma cuspidela enquadra-se, deste modo, nesse atentado.

Pressuponho, então, que a actuação dos cerca de 400 jogadores da Liga tem sido exemplar, pois mais ninguém foi sujeito a tal apreciação.

Na minha ingenuidade, dou muitas vezes por mim a pensar que as entradas assassinas, as simulações que visam desvirtuar a verdade desportiva, entre outras, também são um atentado aos outros agentes desportivos.
No entanto...grave...grave...é a cuspidela.

Quem viu ontem a entrada criminosa, (imagem de marca)...de Maxi Pereira, certamente acreditará que não se enquadra no capítulo da falta de ética e desrespeito por outros agentes.
Uma cuspidela pode, efectivamente, deixar um adversário abalado psicologicamente para o resto da vida, além de que pode apanhar herpes que, como se sabe, não tem cura.
Já a possibilidade de ficar manco para o resto da vida não é impeditivo, como se pôde ver no caso de Mantorras.
Ah...esperem, é que ainda de acordo com José Manuel Meirim, é pressuposto dos regulamentos que a suspensão de um sumaríssimo não seja superior a um mês, tendo um “máximo de três jogos”

Deve ser isso, então.

Como Maxi deveria apanhar 4 ou 5 jogos por uma entrada destas, fica fora da alçada disciplinar.
Que pena o João Ferreira não ter reparado!!
A única atenuante é que a traulitada foi no Moutinho.

Oh Insúa, das duas uma.
Ou naturalizas-te uruguaio ou...mudas de clube, porque assim não vais a lado nenhum.

A violência da imagem da direita pode chocar os mais sensíveis

















P.S. É escusado tentar comparar a entrada (à bola) e consequente expulsão do nosso jogador Eric Dier, com a entrada de Maxi Pereira. São lances incomparáveis ...e de planetas diferentes.

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