O campeão voltou?

A equipa de futsal  continua a mostrar e a demonstrar que ainda há Sporting.

Não é preciso vir nenhum adepto ou presidente dizer que o clube não começa nem acaba no futebol, pois todos conhecemos a nossa história...tal como sabemos a preponderância do desporto-rei para a grandeza do clube.

No entanto, por vezes é necessário saber olhar para o exemplo que vem das modalidades.

A vitória por 6-0 do Sporting sobre os Leões de Porto Salvo, (uma das revelações do campeonato e que já foi vencer à Luz) foi inequívoca, justa e um excelente espectáculo para as cerca de 1200 pessoas que assistiram ao jogo, em Odivelas.

A equipa tem oferecido um futsal de primeira água, exibições convincentes e vitórias em catadupa, o que também vem justificar esta afluência num Domingo, a horas aparentemente pouco convidativas.

Quem pôde visionar o jogo também terá tirado ilações acerca da postura, da entrega de todos na totalidade do encontro.

Ver jogadores rejubilar por cada intercepção em jogadas de perigo para a nossa baliza, quando já goleamos, vê-los deslizar por  aquele fofo parquet como se de relva se tratasse, não lhes ser indiferente sofrer mais golo menos golo, ver um treinador sempre pro-activo, rever uma qualidade que pareceu em momentos da época passada algo eclipsada, é sinónimo de muito trabalho e dedicação.

Aliás, digo desde o início que, apesar de reconhecer os méritos de Orlando Duarte na consolidação deste plantel, a grande aquisição do Sporting chama-se Nuno Dias, por muito que nos tenhamos que render à qualidade de Divanei.

A mecanização do sistema de jogo, a dinâmica ofensiva e defensiva da equipa, as jogadas de laboratório, são evidentes e têm o seu cunho pessoal, obviamente corporizadas pelo excelente plantel que possuímos.

Apesar das excelente indicações,é claro que nada está ganho antecipadamente, e teremos muitos obstáculos pela frente até à prossecução do principal obejctivo.

Decidindo-se o título pelo método de play-off, a regularidade (qualitativa) deixa de ser importante, mas a marca desta equipa está a ficar patente a cada jornada.

Só quando nos cruzarmos com o eterno rival em fases adiantadas da prova, onde seremos confrontados com a eterna pressão que é exercida sobre os homens do apito, quando nos cruzarmos com os cotovelos de Gonçalo Alves, com a provocação genética ou adquirida, aí sim veremos se tudo o que apresentamos é suficiente.

Até lá, é ir desfrutando e pensando que, com esta qualidade, teríamos certamente mais uma Taça europeia nas nossa vitrinas. 

Espero que outros profissionais que envergam a nossa camisola desçam por momentos dos seus pedestais e ponham os olhos nesta gente.