O Sporting recebe hoje
o Chelsea, no regresso da Liga dos Campeões a Alvalade.
Difícil?
Sem dúvida.
Tenho visto a dificuldade
que o Sporting tem tido para se superiorizar a qualquer adversário…e este não é
um adversário qualquer.
Apesar do cenário
negro que é pintado por alguma comunicação social, um ou outro sportinguista
mas, essencialmente, pelos adeptos rivais…eu estou completamente tranquilo.
Olho para o Chelsea e,
apesar de lhe reconhecer enorme qualidade individual e colectiva, como o
comprova a liderança isolada e tranquila da Liga inglesa, estou confiante num bom
resultado.
Claro está que a nossa
equipa conta com um eixo central defensivo que não pode deixar ninguém
tranquilo nem indiferente, mas a equipa é muito mais que a complementaridade
desses dois jogadores.
Há pouco mais de dois
anos o cenário traçado era semelhante.
Recebíamos o Manchester
City para a Liga Europa, com uma parada de estrelas que tinha sido afastada da
Champions no chamado grupo da morte.
Esse City, que seria
campeão inglês nessa época, tinha nas suas fileiras feras como Balotelli,
Tevez, Aguero, Dzeko, Nasri, Yaya Touré, David Silva, Wright-Phillips,
Pizarro, de Jong,
Hargreaves, Kolarov, Kompany, Zabaleta, Clichy ou Joe Hart.
Individual ou
colectivamente, seriam tão ou mais fortes que este Chelsea.
No entanto, fui para Alvalade completamente descansado, apesar dos meus amigos e colegas de jogo
estarem pessimistas, talvez ainda traumatizados com o estigma de Munique.
Apesar de um outro
susto, a vitória sorriu ao Sporting, tal como prognosticara…apesar de um eixo
defensivo composto por Polga e Xandão.
Hoje não desdenharia
vencer por 1-0, com golo de Sarrão.
Seria um special one.
Mas a verdade é que
todo o poderio do Chelsea pode eclodir a qualquer momento, e a diferença de
orçamento, de qualidade e de experiência ficar vincada no relvado.
Não me parece, apesar destes
parâmetros, que tão cedo ocorra outro cataclismo como o que corrói os espíritos
mais sensíveis, mas é um cenário sempre em aberto.
O Sporting sofreu
ciclicamente alguns corretivos que ficaram na história, e a par do desastre
Bayern figura uma derrota 2-5 com o Barça (precisamente nessa mesma época) mas
também uma goleada de 5-0 com o Celtic, um 4-0 em Madrid ou um 6-1 com os
escoceses do Hibernian.
Mas quer-me parecer
que as nossas derrotas históricas não têm paralelo em Portugal, tendo em conta
o cacarejar da concorrência.
Talvez as derrotas da
lampionagem com esse mesmo Bayern por 5-1, em 1976, ou mais 4 que levou em 1981
não entrem no capítulo das goleadas.
Ou as várias vezes que
perdeu por 4 com o Liverpool, os 5 do Olympiakos ou os 7-0 de Vigo.
Também não foram
vergonhosas as duas últimas goleadas do porto quando visitou o Arsenal, que
perfazem um total de 9-0…os 4 de Madrid e Liverpool, os 5 de Eindhoven ou os 6
da Grécia, com o AEK.
No entanto, olhando para
a história, números semelhantes a esses são fáceis de encontrar envolvendo
outros clubes com algum cartaz europeu, o que pode ajudar a perceber que
ninguém está imune a uma vergastada desportiva.
2011/2012 - Bayern
Munique 7x0 Basel
2011/2012 - Barcelona
7x1 Bayer Leverkusen
2006/2007 - Man.
United 7x1 Roma
2013/2014 – Barcelona 6x1
Celtic
2013/2014 - Galatasaray
1x6 Real Madrid
1999/2000 - Barcelona
5x1 Chelsea
2012/2013 - Bayern
Munique 4x0 Barcelona
2013/2014 - Bayern
Munique 0x4 Real Madrid
2012/2013 - Barcelona
4x0 Milan
2009/2010 - Man.
United 4x0 Milan
2008/2009 - Barcelona
4x0 Bayern Munique
2008/2009 - Liverpool
4x0 Real Madrid
2003/2004 - Deportivo
4x0 Milan
…e a história continuará
a escrever-se.
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