sábado, 1 de fevereiro de 2014

Não há crepes nem chamuças

A aposta do Sporting em mercados emergentes passou por várias fases.

Primeiro, foi a alucinação de Futre, com a célebre intenção de contratar o melhor chinês da actualidade...fosse ele quem fosse.
Não veio Futre, não veio chinês, não vieram charters...nem crepes.

Depois avançou-se para a efectivação de contratar o melhor indiano da actualidade, de seu nome Sunil Chhetri.
O rapaz até era engraçadinho, e podia perfeitamente ter seguido a carreira de actor em Bollywood, mas para jogar futebol não mostrou tantas potencialidades, e a sua passagem por Portugal resumiu-se a alguns minutos em 3 jogos da equipa B.
Não vieram rupias nem chamuças.

O Sporting contratou ontem Shikabala, e parece tê-lo feito pelo seu potencial futebolístico, mais do que pela possibilidade de ver a cor das libras egípcias.
No entanto, penso que o fenómeno que a sua transferência gerou pode alterar a ideia inicial, mesmo que o foco continue a ser a sua performance desportiva.
Se o Egipto parece um bairro, quando comparado com os mais de 1000 milhões de China ou Índia, os seus mais de 80 milhões de habitantes tornam-no o segundo país mais populoso do continente africano.
O Zamalek Sporting Clubde onde Shikabala se transferiu, proclama perto de 50 milhões de adeptos, ou seja, umas centenas a mais que os do benfica.


A verdade é que a página oficial do Sporting no Facebook foi invadida por likes e comentários em árabe.
Num ápice, a página ganhou mais de 100 mil likes, estando neste momento com 863 mil.
Não deixa de ser sintomático que, nessa página, as notícias tinham normalmente 100 ou 200 partilhas, e umas centenas de comentários.
A notícia da chegada de Shikabala significou quase 6 mil partilhas, 29 mil likes e mais de 11 mil comentários, a maioria em árabe.

Se isto não é um sinal divino, não sei...não.

O curioso é que o Sporting parece não andar distraído, pois na publicação seguinte (como se pode ver na imagem) deu as boas-vindas aos seus novos jogadores em português, inglês...e árabe.
Tal como Ronaldo ou Messi, que levam atrás de si uma legião de fãs dos seus países de origem, não será descabido pensar que o Sporting pode vir a ter, nos próximos tempos, um bastião em África.
Se não vierem libras, ao menos que enviem baklavas.



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