Hoje torna-se fácil comentar a confortável vitória e consequente apuramento para os 1/16 avos de final da Liga Europa.
Fácil, porque nem um par de exibições menos conseguidas comprometeram ou emperraram a mecânica da equipa.
Fácil, porque salta à evidência que estamos, aos poucos, a ganhar uma equipa e, com isto, a recuperar valores que já se julgavam perdidos.
O jogo teve um só sentido, e para essa conclusão atestam os perto de 20 remates que efectuámos, contra os zero remates dos romenos. Claro está que para isso muito contribuiu Wesley. Mesmo que, antes da expulsão, o Vaslui pouco tivesse mostrado, há claramente um AW e um DW (antes e depois de Wesley).
As imagens televisivas não são conclusivas sobre a existência ou não de grande penalidade, mas existe uma ligeira palmada na careca de Wesley, que foi o mote para lhe atiçar o neurónio.
Não saberemos se o jogo se resolveria ou não contra 11, mas as dificuldades estavam a ser muitas, mesmo que estivéssemos acampados no meio-campo adversário. Um jogo de futebol tem estas variantes, e desta vez tocou a fava ao adversário, mas convém recordar que nem sempre se desmonta uma equipa com menos um elemento, como provámos em jogos anteriores.
Mérito, então, para o pragmatismo e paciência que demonstrámos. Tínhamos Paciência no banco e passámos a tê-la também em campo, porque por vezes a pressa é inimiga da perfeição.
Não queria estar a reforçar as exibições mais apagadas, até porque são públicas e visíveis, mas gostaria de sublinhar um dos ídolos de Alvalade, mas que tarda em despontar.
Falo, claro está, de Matias, que rubricou exibição relevante, e que espero tenha continuação. Não foi o primeiro jogo de leão ao peito em que se destacou, mas geralmente essas ocasiões foram secundadas por eclipses difíceis de entender.
Todos nós queremos o melhor para os nossos jogadores, por isso, detractores e fãs de Matias certamente estarão felizes por esta exibição.
Outro que se destacou foi, inevitavelmente, Capel, que já nos vem habituando a esta regularidade. Fiquei assustado quando tive o primeiro contacto com o futebol do espanhol. Cabeça em baixo, olhos na bola...e corrida desenfreada. Parece que, de tanto olhar para o chão, já conhece todos os cantos à casa, e arranja sempre os melhores atalhos para chegar com perigo à área, e ao coração dos sportinguistas.
À falta de alguns dos potenciais ídolos dos adeptos (Jeffren, Izmailov...), Capel tem caminho livre para se tornar na grande referência para os sportinguistas.
Agora, refrear os ânimos e, mais uma vez, optar pelo pragmatismo e respeito pelo adversário para tentar a 9ª.
Sem comentários:
Enviar um comentário