Qualquer dia parecemos um adolescente mentiroso, ou exagerado. Aliás, 10 seguidas nem Zézé Camarinha se pode orgulhar, mas nós continuamos tão excitados que só pensamos na 11ª.
Aveiro foi ponto de encontro para mais uma festa. Já por lá tínhamos passado esta época, mas desta vez o final foi feliz, mesmo que durante largos períodos do jogo pairasse o espectro ou os fantasmas desse jogo.
Várias análises podem ser feitas, mas por onde se olhe, só devemos tirar ilações positivas.
Sei que mais uma vez tivemos uma atitude bipolar, antigamente chamada maníaco-depressiva. A primeira parte foi depressiva, dado que fomos lentos, previsíveis e tristonhos. Para ajudar à depressão foi-nos sonegada uma grande penalidade, que poderia transfigurar o jogo. Mesmo que nos recordemos de uma bela desmarcação de Wolfswinkel, uma outra oportunidade do mesmo jogador a passe de Capel e uma boa jogada individual de Elias, o certo é que é difícil destacar alguém, muito menos o jogo colectivo.
Ao intervalo deu-se o clique, e a euforia tomou conta da equipa. Futebol mais rectilíneo, belas combinações, rotação mais elevada, a provocar faltas sucessivas e consequente expulsão de um jogador adversário, o que veio facilitar a nossa tarefa. Não foi nenhum brinde, como querem fazer crer, mas já estamos habituados que tentem menosprezar o nosso mérito. Também sai lesto da boca dos responsáveis da equipa adversária a injustiça da grande penalidade que deu o 0-2, mas se nós fomos bipolares, eles são esquizofrénicos, pois vêem coisas onde não existem, e não vêem as que existem, como o primeiro penalti, o segundo (para mim existe) e uma entrada assassina, já a jogar com 10.
A parte negativa, claro, a possível reincidência da lesão de Jeffren. A confirmar-se um cenário de lesão muscular, e consequente afastamento prolongado, vem ao encontro de tudo o que sempre disse, sustentado nas variadíssimas opiniões de adeptos do Barça. Jeffren jogava pouco no Barcelona não por falta de qualidade mas pelas constantes lesões. Após a contratação do jogador, durante o Verão, tive oportunidade de assistir à alegria da esmagadora maioria dos adeptos culés por se terem visto livres de um jogador condenado à enfermaria. Segundo eles, no Sporting iria manter a regra , ou seja, faria um jogo e iria parar um ou dois meses. Até agora, tudo bate certo. O maior problema reside nas alternativas, pois Capel terá que mudar de pilhas, nalguma altura da época, Carrillo ainda tem muito para crescer, Matias não é alternativa para a posição e Izmailov fará companhia a Jeffren na marquesa vizinha. Isto é algo que se pode tornar problemático, a não ser que se resgate Wilson Eduardo na reabertura de mercado, mesmo não sendo um jogador com as mesmas características, mas certamente mais talhado para a linha que Matias.
De momento vamos saborear a décima, deixemos o Natal vir com calma, e pensar que, mesmo que o jogo tenha sido de baixos e altos, o que interessa são os 3 pontos, e que os nossos rivais directos tiveram jogos com actuações muito mais deprimentes (para os seus adeptos) mas levados ao colo ou com alguma dose de sorte alcançaram os seus propósitos e as insuficiências ou incapacidades ficaram a coberto de maiores críticas.
Zeca Afonso cantava "venham mais cinco"; Eu só peço, venha mais uma...e depois logo volto a pedir.
Boas....
ResponderEliminarEnfim, após um começo arrepinate, quem diria que este Sporting haveria de estar bem colocado na corrida ao titulo e a acelarar de vitória em vitória...
Veremos no jogo com o velho rival, como se comportarão os dois grandes de Lisboa.
Capel , Schaars e Wolfswinkel são jogadores de alto nivel para a Liga Portuguesa.
Abraço
Mattos...paixaodabola.blogspot.com