Tem sido amplamente discutido, por motivos que extravasam o próprio jogo, os desacatos que ocorreram ontem, no final do jogo de futsal entre o Braga e o Sporting.
Já tive oportunidade de comentar, em diversos locais, que só me posso valer das imagens televisivas para tentar perceber o que se passou. Apesar disso, pareceu-me evidente o desrespeito para com a instituição Sporting com cânticos provocatórios e ofensivos, de uma larga falange de apoio arsenalista, durante largos períodos do encontro. Esta situação não é virgem, e também as nossas claques, por vezes, também recorrem a este tipo de "apoio", com particular ênfase nos derbis, mas os excessos de ontem ultrapassaram a irracionalidade e pôs em causa a integridade de muitos sportinguistas.
Estranhamente, ou talvez não, um dos "jornais" que se referiu ao sucedido não fez o trabalho de casa, e não tentou inferir ou investigar o que se passou, mas as múltiplas testemunhas que tenho lido referem-se a um clima de terror,e agressões até a adeptos que não se identificavam com o Sporting, mas que estavam na bancada onde, por sinal, nem marcaram presença as claques oficiais do Sporting, mas sim simples simpatizantes.
A correria desenfreada para as portas de saída, perto do final do encontro, induzia que se preparava algo de grave, mas a comunicação social subverteu o sucedido ou, simplesmente, ignorou. Penso que situações destas têm o mesmo grau de gravidade que um qualquer jogo de futebol, mas tal como as modalidades amadoras só merecem honras de primeira página em momentos fugazes, também as ocorrências são esquecidas ou subvertidas.
As gentes de Braga não creio que mereçam um epíteto, só por conviver com alguns selvagens (como os adeptos de qualquer clube) mas os arruaceiros que promovem esta selvajaria, parece-me, defendem uma cor e dois clubes, tal a aversão que demonstram às nossas gentes.
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