No lançamento do jogo da Taça de Portugal
entre porto e Sporting que se realizará no próximo Sábado, estive a ouvir com
atenção as memórias de outros clássicos relatados por Fernando Correia.
Uma das histórias é sobejamente
conhecida, apesar de não ser relativa a esta competição.
Foi na época de 1975 que o Sporting
disputou nas Antas o jogo referente à 7ª jornada do campeonato num dia de intenso
nevoeiro.
A equipa leonina esteve a vencer por 0-2
e antes do intervalo permitiu um golo portista.
Ainda com mais de meia hora por jogar
Gomes remata ao lado e, enquanto Damas vai buscar a bola para executar o
pontapé de baliza, o apanha-bolas mete a bola dentro da baliza…tendo
este bizarro acontecimento sido validado pelo árbitro Alder Dante.
Os naturais protestos dos jogadores
leoninos ainda valeram uma expulsão, mas de um jogador que sempre jurou a sua
inocência, e no final só se escreveu direito por linhas tortas porque, mesmo
com 10 jogadores, o Sporting conseguiu fazer o 3º golo e sair das Antes com o
triunfo.
Eu cheguei a ver as imagens desse golo
fantasma, mas à falta delas podemos sempre assistir uma situação semelhante e aperceber-nos do caricato da situação.
Mas a história do porto-Sporting de 1922
chamou-me mais a atenção, talvez por essa não a ter vivido.
O Campeonato de Portugal disputava-se a
duas mãos, e reuniu nessa primeira edição os campeões de Lisboa e do Porto.
No primeiro jogo, disputada no campo da
Constituição dos azuis e brancos, a
equipa da casa venceu por 2-1, enquanto no segundo jogo o Sporting venceria por
2-0, num jogo dirigido por um árbitro espanhol.
Como nessa época ainda estava longe a
ideia de se decidirem eliminatórias pelo somatório dos resultados, teve que se realizar um
jogo de desempate.
O Sporting pretendia que o jogo fosse em campo
neutro…e realmente assim aconteceu.
Aconteceu no Campo do Bessa, na cidade do Porto, perante o desagrado dos dirigentes leoninos.
Aconteceu no Campo do Bessa, na cidade do Porto, perante o desagrado dos dirigentes leoninos.
Diz Fernando Correia, de acordo com os relatos
da época, que o ambiente criado aos jogadores do Sporting foi inacreditável,
antes e durante o decorrer do jogo.
Desde as condições de alojamento,
passando pelos objectos arremessados no decorrer do encontro, até à excessiva
dureza com que os jogadores do porto actuaram, com a total complacência do
árbitro.
O Sporting viria a perder por 3-1, após
prolongamento, e parece que foram recebidos como heróis, por terem conseguido
sair do porto sãos e salvos.
É curioso como oiço um relato desta
natureza e penso como, passados quase 100 anos, continua tudo tão actual.
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