quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Tão previsível que já nem chateia

Hoje quebrei uma promessa!
Tinha dito para mim próprio, e publicamente aqui no blogue, que só voltaria a ver um jogo quando a equipa me provasse, através de dois ou três resultados, que estava na disposição de alterar o rumo.
Quebrei a promessa, e fui castigado por isso.
Deixei de ver o jogo aos 75 minutos, aquando da expulsão de Boulahrouz, mas passados uns minutos tive uma recaída, como que a querer acreditar que os rapazes, hoje, poderiam querer demonstrar que tudo não tem passado de um desafortunado acaso.
Pois bem, em má hora o fiz, pois ainda fui a tempo de ver 10 matraquilhos a defender um pontapé de canto e o Genk, sem ter feito nada por isso, a vencer um jogo que não mereceu e a atirar-nos  ainda para mais fundo, no abismo.
Curioso que os jogadores belgas mal celebraram o golo, como quando uma equipa vence outra nitidamente inferior. Pareciam que não tinham feito mais que a sua obrigação, mesmo que esta época talvez não tenham tido muitos jogos onde passaram tanto tempo a ver o adversário jogar.
Ainda só perderam uma vez esta época, e hoje foram nitidamente inferiores, mas souberam esperar.
Eles sabiam que pela frente estava o Sporting, ao qual basta criar uma oportunidade para marcar dois golos.
Torna-se incompreensível que uma equipa que, supostamente, está refém da intranquilidade e de jogar sobre brasas, jogue no seu sector mais recuando arriscando, a cada passe, mais uma espera no aeroporto ou uma cabeça na guilhotina.
Foi assim que se ofereceu o golo do empate, numa invenção de Rojo que originou um canto, foi assim que íamos sofrendo um golo numa reposição rápida, após asneira de Rinaudo. Foi também numa perda de bola ofensiva que foi expulso Boulahrouz, e foram de pontapé de canto os dois golos adversários, qual deles o mas evitável, qual deles o mais ridículo, tal a falta de atitude demonstrada.
Para quem acredita que o facto de estarmos com 10 jogadores teve influência no resultado, basta recordar que, nas facilidades do 1º golo, ainda contávamos com os matraquilhos completos.
Oceano fez o que provavelmente está ao seu alcance, mas há situações que estão para lá da nossa intervenção, e o treinador interino já tem a sua dose pois decerto constará do livro do Guiness, com 3 derrotas em 3 jogos. 
Poderá ainda haver quem tenha a tentação de voltar a vincar que a sorte não quer nada connosco.
Sinceramente, quando se perde há 4 jogos consecutivos, quando só se venceram 2 jogos oficiais em 12 disputados, não há sorte ou azar que sirvam de justificação.
É claro que esta equipa já demonstrou, o ano passado, que pode (e deve) fazer muito mais e melhor, mas os erros e falta de atitude que nos custaram pontos, eliminatórias, troféus e prestígio, esses, continuam a acompanhar a equipa e os jogadores.
Estes, um a um, estão a escrever, todos os dias, a página mais negra do futebol do Sporting, e parecem não se importar muito com isso.
Poderão dizer que é a frustração que me leva a escrever esta crónica mas, caramba, por muitas crises directivas e desportivas que tenha visto ao longo de muitos anos, a corrente época está a ultrapassar tudo o que me possa recordar.
Certamente virão dizer que..."há que levantar a cabeça".
Só se for a deles, porque a minha está a afundar-se a cada jogo.

4 comentários:

  1. O que torna o sportinguista diferente é mesmo isso, a incapacidade de virar as costas nos maus momentos. Tornam-nos ainda mais sportinguistas

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    1. Caro SP

      Os adeptos já demonstraram, por inúmeras vezes, uma dedicação extrema mas, no presente momento, não sei até onde poderá chegar essa paciência. Acredito que as assistências em Alvalade irão ter uma quebra acentuada, mas só espero que, quem lá vá, continue a apoiar, pq para apupar já chegam as claques adversárias.

      Obg pelo comentário

      SL

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  2. Pareceu-me que no lance da expulsão do Bolo de arroz, antes tinha havido falta de um jogador do Genk... Pareceu-me!!!!
    Até à expulsão o genk não tinha criado perigo no 2º tempo!

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    1. Sinceramente, não me recordo. Como ainda não acordei totalmente de uma espécie de estado de coma, tudo me parece muito vago e superficial.
      Penso que terá havido uma tentativa de tabelinha, junto à área adversária, e realmente pode ter havido um contacto que, se fosse junto à nossa, provavelmente tinha sido marcado, mas não terá sido assim mt evidente, ou tínhamo-nos agarrado a isso, com unhas e dentes, para justificar o desaire.
      Infelizmente perdeu-se porque voltámos a ser perdulários no ataque e, a defender, faltam adjectivos para definir aquela postura.
      Mas, realmente, o Genk não fez (ou não deixámos fazer) a ponta de um corno, e a expulsão voltou a permitir que passassem do meio campo.
      Tudo...mas tudo nos acontece.
      Nem nos piores pesadelos isto seria possível.

      Obg pelo coment

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