Depois de me ter "deliciado" com a entrevista de Schaars, parece ter pegado moda a reincidência em entrevistas inteligentes, oriundas de alguns futebolistas.
Abel concedeu uma entrevista ao jornal O Jogo, onde aborda as mais diversas temáticas, desde as diferenças do Sporting das últimas épocas para o actual, o caso Artur Moraes ou os famosos 5-3 para a Taça de Portugal, entre outros.
Para lá de, também ele, elogiar a entrevista do holandês e reforçar o ineditismo da mesma, Abel vagueia por personalidades do universo sportinguista, elogiando a qualidade de Wolfswinkel, a bravura de Rinaudo, as qualidade de Capel ou o individualismo de Vukcevic.
Não embarcou em populismos e, descomplexadamente, refere que "...mentiria se dissesse que era sportinguista desde pequeno... Aprendi a gostar do Sporting. Ganhei
laços afectivos, pois as minhas filhas nasceram quando eu jogava
no clube. A mais velha, a Maria Inês, é sportinguista, e
além do que vivi enquanto atleta, esses laços ligam-me
mais do que a própria profissão".
Mais um exemplo para alguns que, a troco de pouco, vendem até a própria alma.
Também compara os tempos conturbados das anteriores direcções, demarcando a actual pela competência e organização. Diz que isso é visível até de fora, e penso que todos nós, estando do lado de fora, podemos reiterar esta afirmação.
O anarquismo e incompetência dessas direcções cessantes foram os responsáveis pela saída de Moutinho, também ela abordada e criticada pelo ex-lateral sportinguista.
Resumindo, penso que é uma entrevista que enaltece as suas capacidades extra-futebol, e que fazem dele um (ex)jogador a ser um pouco mais respeitado pelas nossas bandas.
Ao Abel, ex-atleta do Sporting, e sportinguista por afinidade, os maiores desejos de melhoras e sucesso para o que lhe resta, enquanto profissional. Não foi unânime com as nossas cores, como não é ninguém, mas de falta de brio e vontade, enquanto vestiu a nossa camisola, não o podem acusar.
Como contraponto, Bojinov, que até agora ainda não justificou o esforço feito pela direcção sportinguista para o contratar, excepção feita a dois momentos no jogo com o Gil Vicente, vem dizer que sente falta de Itália, e do campeonato transalpino. Pois, eu também tenho saudade do Acosta, e quanto a isso nada a fazer.
Por acaso, até ao momento, não havia nada a apontar ao búlgaro, pois ainda não reclamou pela sua condição de suplente, ao invés de muitos eternos adeptos do banco. Perante perguntas nesse sentido, sempre foi muito profissional, e defendeu o grupo e o treinador mas, não cai bem ouvir dar a entender que está com o coração noutro lugar.
Espero que, rapidamente, justifique a sua condição de craque de modo a que, do campeonato que lhe é querido, alguém volte a sentir saudades dele.
O Bojinov não conhecia mais nenhuma realidade para além da italiana. Há pessoas que demoram mais tempo a adaptar-se a uma mudança... Espero é que ele responda dentro do campo, até agora tem parecido um bocado desconcentrado. vamos ver...
ResponderEliminarEu até tenho admirado a sua paciência e, como refiro, nos momentos que tem sido chamado a... "depôr" :)...tem-se portado muito bem, e realça sempre o espírito de grupo e o ciclo vencedor. Nesta entrevista, dado que foi para meios de comunicação italianos, acabou por fugir um pouco do que tem sido hábito, mas quando se está no Sporting, deve-se saber que os meios portugueses tentarão apanhar qualquer descontentamento para se atirar ao clube. Mais do que me preocupar a sua inadaptação, foi a falta de empenhamento ( quando finalmente lhe é dada uma oportunidade, contra Angola) que foi deveras exasperante. SL
ResponderEliminargrande entrevista de um jogador q sempre ademirei pois para alem de ter jogado no grande sporting e um jogador da minha terra natal penafiel club q tambem gosto bastante como club da terra pois claro para ele tudo de bom um grande abraco de um sportinguista ferrenho
ResponderEliminarConcordo, caro anónimo. Apesar de momentos negativos no Sporting, não nos podemos esquecer que chegou a ser indiscutível no onze. Claro está que o que geralmente fica na memória das pessoas é a última imagem e Abel, como todos os outros, estiveram longe de honrar a camisola, com as fraquíssimas prestações dos dois últimos anos. Não era nem nunca foi um portento de técnica mas a raça sempre lá esteve. Fora do campo, acredito, pode ainda vir a ser melhor, pois denota personalidade. Abç
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