Não é que faça muita diferença ao sentimento dos sportinguistas, pois as desculpas não se pedem, antes... evitam-se.
No
entanto, como o blog do Núcleo é mais justo que certas palavras, acha
por bem reproduzir as declarações do Pantera Negra, que hoje se podem
encontrar no jornal "A Bola".
«Joguei no Benfica de 1960 a 1975 e o clube a quem queria sempre ganhar,
mais do que a qualquer outro, era ao Sporting, o nosso rival histórico.
Por isso, quando digo que não gosto do Sporting é só porque sentia em
relação aos nossos rivais uma sede de triunfar especial. Ora, isso é
respeito. E eu, que tenho tantos amigos sportinguistas, sempre tive o
maior respeito por esse clube. O que não quer dizer que não lhes
quisesse ganhar de forma especial. Porque os jogos entre Benfica e
Sporting são, de facto, especiais.»
Diz
ele que foi mal interpretado pelos adeptos do Sporting, ao proferir
(vezes sem conta) que não gosta do Sporting. Eu até iria mais longe. Ele
é que não se sabe fazer interpretar...isto a acreditar que esta não é
simplesmente uma versão politicamente correcta, dos seus amores e
desamores.
Em vésperas de derby, que se antevê bem quentinho dentro e fora de campo, ao menos uma atitude de mea-culpa, para desanuviar o cenário.
Na
mesma entrevista, Hilário reafirmou as palavras do amigo, mas podiam,
neste frente-a-frente, ter esclarecido de vez, quem tem razão na
rocambolesca história da Rute.
Eis a versão do antigo lateral concedida ao jornal Sporting, reproduzida no Expresso.
O ex-jogador do Sporting esclareceu também a história
da chegada de Eusébio a Portugal, para ingressar no Benfica, porque
"Eusébio conta mal a história". Hilário revela que tentou trazer o
"Pantera Negra" para o clube de Alvalade mas o então presidente do
Sporting, Brás de Medeiros, só aceitava que a "fera" - como lhe chamava
Hilário - viesse primeiro fazer testes.
Eusébio queria vir já com contrato assinado, pelo que o
negócio não se realizou. Mais tarde, "o Bella Guttman falou de Eusébio
ao presidente do Benfica, que recomendou logo a vinda do Eusébio por
qualquer preço. Então, o Benfica chegou ao pé do Eusébio, deu-lhe
dinheiro e este comprou logo um prédio e uma vivenda. A mãe do Eusébio
assinou os documentos e lá veio ele para Portugal."
Já em Portugal - depois de ter viajado com o nome de
"Rute" -, Eusébio esteve a um passo de assinar pelo Sporting, contou
Hilário. "O Sporting oferecia-lhe dez vez mais do que o Benfica, dava
dinheiro à mãe, e o Eusébio, com esse dinheiro, podia devolver o
dinheiro que o Benfica lhe deu e ainda ficaria com algum para viver.
Depois de estar em Lisboa, falei com o Eusébio (para ser jogador do
Sporting Clube de Portugal) e ele aceitou."
Hilário, segundo o relato feito ao jornal do Sporting,
dirigiu-se ao lar do Benfica onde estava hospedado Eusébio e trouxe-o
consigo, mas os responsáveis do Sporting não conseguiram contatar a
filial moçambicana de Lourenço Marques para que autorizasse a
transferência.
Por isso, Hilário voltou a levar Eusébio para o lar do
Benfica, apenas para pernoitar. Grande "ingenuidade" minha, admitiu: "No
Benfica, já tinham dado pela falta dele e quando ele apareceu
esconderam-no no Algarve, numa casa de férias do Domingos Claudino
(antigo dirigente 'encarnado'). O Benfica não queria que eu tivesse
contactos com o Eusébio. O Benfica acaba por segurar o Eusébio pelo
impasse do telefonema. Se tivéssemos conseguido entrar em contato com
Moçambique, naquelas 24 horas ele teria sido jogador do Sporting."
Boas...
ResponderEliminarCaros ...
Esta história entre o Eusébio e o Sporting com Hilário pelo meio e com " pretos e brancos " à mistura merece de facto um...R.I.P., porque não tem ponta por onde se pegue.
Abraço
Mattos...paixaodabola.blogspot.com
hehe
ResponderEliminarÉ verdade, caro Mattos, mas parece que tem 7 vidas, como os gatos.
Abç