O
seleccionador nacional de sub21 e ex-jogador do Sporting, Rui Jorge, dá
hoje à agência Lusa uma entrevista onde aborda o Sporting actual e do
seu tempo de jogador.
Se
é agradável ler, vindo de qualquer quadrante, críticas positivas
relativamente à prestação da equipa na presente época, nomeadamente na
fantástica recuperação que fez, depois de um começo de época desastroso,
já causa perplexidade, para ser simpático, a afirmação relativa aos
seus tempos de jogador leonino:
"... nos primeiros tempos de
"leão" ao peito, senti diferenças "na forma de treinar e de encarar a
profissão".
"A partir de determinada altura, o Sporting
aproximou-se muito daquilo que foi em tempos o FC Porto, onde estive.
Mas não posso dizer que tenha sido essa a primeira ideia quando cheguei
ao Sporting. Acho que senti um bocadinho a diferença na forma de treinar
e de encarar a profissão. Mas depois, com um grupo de pessoas e
jogadores que para lá foram, acho que se conseguiu alterar aquilo que me
assustou".
Já
ouvimos, vezes sem conta, a comparação entre os métodos praticados
entre-portas, com outros modelos tidos como referência. Pena que a
referência a esse nível não seja o Sporting, mas pior que os métodos de
treino, é ficarmos a pensar a que se poderá referir quando fala em
"falta de profissionalismo" (pois é isso que quer dizer, quando aborda
esse tema de forma romanceada).
Não
coloco Rui Jorge no mesmo patamar de outros profetas da desgraça, nem
acredito que queira minar o trabalho que está a ser feito pois, enquanto
vestiu as nossas cores, e mesmo tendo sido dispensado de uma forma
pouco ortodoxa, sempre foi correcto e íntegro.
Espero
que essa fase da vida do Sporting esteja, de uma vez por todas, atirada
para o esquecimento, pois o clube e os seus adeptos merecem que a sua
história e grandeza seja respeitada.
Esforço, dedicação e devoção não devem só figurar no lema do clube, mas no dia-a-dia de quem o deve honrar.
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