sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Contos da Transilvânia

Tantas vezes, quando um jogador é expulso, os treinadores têm aquela máxima que, se os restantes jogadores de campo derem de si mais 10%, minimizam a inferioridade. Bem, se cada jogador já desse de si os 100%, isso não seria possível, mas sabemos que estas frases feitas são, simplesmente, motivadoras.
Agora, que iremos estar em "inferioridade" durante parte da época, logo de um jogador que parecia sempre jogar numa equipa de 10 jogadores, sempre a jogar nos limites, que fazia da sua zona de jurisdição o terreno de área a área, numa faixa de 70 metros que varria como ninguém, iremos ver a real valia desta equipa.
Os profetas da desgraça ou, simplesmente, os que viveram frustrações sucessivas e estão calejados perante a vida (desportiva)...estarão mais preparados para o que se avizinha ,que os que acham que este é só mais um jogador, e que a grandeza do Sporting vai minimizar os danos.
Ontem não foi um conto de terror da Transilvânia porque... Vaslui fica numa região vizinha, mas teve o condão de avivar os fantasmas de muita gente.
Não se trata de ser derrotista, nem os sportinguistas terem a característica de auto-flagelação, ou sequer de menosprezar os "activos" do clube mas, realisticamente, estar a comparar André Santos, natural sucessor do argentino no onze, é como achar que Djaló pode vir a ser um Messi.
Domingo jogaremos com onze, sim, mas provavelmente voltaremos, como ontem, como em tantos jogos da época passada, a questionar-nos se "os outros" não têm mais jogadores que nós, em campo.
Até ontem, essa desconfiança era partilhada pelos adeptos dos clubes que defrontavam o Sporting.

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