Na semana passada, com a goleada ao Gil Vicente, a equipa de futebol viu ser-lhe reconhecida uma capacidade goleadora, à 8ª jornada (19 golos) que desde a longínqua época de 1990-91 de Marinho Peres (23 golos) não se tinha visto. A pólvora nesse ano acabou por ficar seca, e depois de um arranque fulgurante, com 11 vitórias seguidas, acabámos o campeonato com 58 golos (em 38 jogos), e em terceiro lugar. Entretanto já marcámos mais dois e, se não houver um eclipse como o dessa época, poderemos ultrapassar com facilidade essa referência. As estatísticas servem para isto mesmo, ou seja, para distrair quando não há notícias para dar.
épo. gol .
91/92 -56
92/93 -59
93/94 -71
94/95 -59
95/96 -69
96/97 -55
97/98 -45
98/99 -64
99/00 -57
00/01 -56
01/02 -74
02/03 -52
03/04 -60
04/05 -66
05/06 -50
06/07 -54
07/08 -46
08/09 -45
09/10 -42
10/11 -41
As tais estatísticas dos últimos 20 anos mostram que, nas últimas épocas, tem havido um decréscimo assustador da nossa capacidade ofensiva mesmo que, a partir da época 2006/07 tenha havido menor número de jogos (30) contra os 34 das épocas anteriores, até aos 38 jogos da referida época de Marinho Peres.
Paulo Bento foi um dos instigadores (na minha opinião) desta modéstia goleadora, e quando assumiu o comando da equipa, registou dois empates seguidos a 2 golos. Após esses jogos, mostrou-se desagradado com a actuação da equipa a nível defensivo, e disse que preferia ganhar jogos por 1-0 do que por 4-3.
Provavelmente, também preferiria empatar 0-0 do que 2-2!!
São maneiras de encarar o jogo e, o que é certo é que, daí para cá, temos assistido a um definhar da nossa capacidade ofensiva.
Provavelmente, também preferiria empatar 0-0 do que 2-2!!
São maneiras de encarar o jogo e, o que é certo é que, daí para cá, temos assistido a um definhar da nossa capacidade ofensiva.
O que me apraz constatar, paralelamente ao caudal ofensivo e concretização actuais, é a celebração dos golos de uma forma entusiasta e entusiasmante.
Épocas houve em que o acto de marcar um golo, em determinados jogos, era celebrado só por parte da equipa ou, por vezes, de um modo que transmitia (para mim) pouco amor à camisola ou espírito de grupo. Posso estar errado nesta apreciação, mas era a imagem que me passaram, inúmeras vezes. Espero que o golo, recorrente e assíduo, volte a ser festa, e que toda a equipa se una neste momento, de forma inequívoca e apaixonada.
SL
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