Foi em Junho de 2006 que Portugal e Angola se defrontaram pela última vez. No Mundial da Alemanha, a selecção nacional teve sérias dificuldades para vencer por 1-0, e se algo ficou na memória, foi o espírito guerreiro dos africanos, característica que lhes é inata e indissociável.
Essa equipa padecia de alguma ingenuidade, mas entretanto já passaram uns anos e esses mesmos jogadores formam actualmente uma equipa de alguma qualidade, mesmo que ocupem o 86º lugar no ranking da FIFA.
Hoje, essa Angola, que não dá uma bola por perdida e parece gostar de fazer uma boa propaganda à modalidade, defrontou um misto de solteiros e casados do Sporting.
Não queria estar a enfatizar em demasia um jogo com demasiadas condicionantes. Apesar de termos jogado de início "apenas" com 3 juniores (os solteiros), dois deles formavam o centro da defesa, o que já por si constituiria um enorme handicap, mas se a isso juntarmos um lote de jogadores com pouca ou nenhuma vontade de jogar à bola (os casados), então teremos uma mistura inapropriada para o evento.
Os habituais Pereirinha, André Santos e Evaldo, a quem se exigiria serviços mínimos, pela rodagem que possuem, foram secundados por Bojinov e Rubio a um nível abaixo do expectável e exigível.
Talvez por isso tenham ficado no balneário ao intervalo, e se a atitude melhorou ligeiramente na segunda parte, os erros próprios da idade da jovem dupla de centrais, acabaram por conferir ao resultado um desnível que envergonha.
Os assobios na parte final do encontro foram merecidos, e se viessem da larga falange de apoio sportinguista, que pintou com as nossas cores, parte das bancadas, seriam de certo modo compreensíveis, mas parece-me que tinham origem na esmagadora maioria que pretendia um oponente de qualidade, mas que só se fez representar pelas camisolas.
Salva-se o cheque, mas o prestígio ficou em branco...lá por aquelas bandas.
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