A quebra na qualidade da formação do Sporting, talvez corporizada pelos
resultados da equipa júnior, está a abalar…ainda mais, a confiança de alguns
adeptos na estrutura do futebol leonino.
Há evidências às quais não podemos fugir.
A equipa de juniores é má.
Ponto!! (parafraseando o presidente)
Olhando para a classificação, o 2º lugar da equipa na fase zonal do
campeonato nacional pode ainda não traduzir o fraco futebol apresentado, mas a
eliminação precoce da Youth League e resultados pouco consentâneos com a
tradição do clube parecem ter sido a gota de água na paciência de muitos.
Mas, como os números raramente enganam, BdC muniu-se de uns gráficos e
tentou justificar que, afinal, a afamada formação leonina não tem vencido tanto
quanto alguns apregoam.
Claro está que o presidente recuou apenas 4 épocas e, realmente, de
2010 para cá tem havido um vazio de resultados preocupante.
Um vazio que poderá vir ao encontro de uma realidade insofismável. A
de que o definhar da formação é um processo já com alguns anos, e ao qual esta
direcção será, obviamente, alheia.
Mas logo houve quem, com alguma razão, tivesse apregoado que BdC
ocultou os resultados anteriores, relativos à última década, pois estes denunciariam
uma supremacia leonina sem paralelo no futebol português.
Os números não enganam, principalmente se mostrarmos aqueles que mais
interessam.
Se o Sporting venceu, nas últimas 4 épocas, 2 títulos em 12 possíveis,
nas anteriores 7 tinha vencido 13 em 24, ou seja, mais de metade dos
campeonatos em disputa.
Esta é a realidade, à qual não podemos fugir.
Mas a frieza dos números pode esconder outras verdades, também elas (quase)
irrefutáveis.
Para isso temos que esquadrinhar, por exemplo, os plantéis juniores da
equipa tricampeã nacional júnior, nas épocas 2007/10.
Assim, do campeão 07/08 encontramos um único titular indiscutível no
actual Sporting (Adrien), considerando que outros dos que atingiram o patamar sénior
não cumpriam todos os requisitos.
Do campeão de 08/09 encontramos outro (Cédric).
No campeão de 09/10 mais um (William Carvalho).
Já se olharmos para o campeão de 2011/12 podemos encontrar dois indiscutíveis no plantel (J.Mário e Mané) e mais um ou dois potenciais candidatos ao lugar. Sem dúvida, uma geração profícua, se comparada com as anteriores.
Para quem considera que os títulos na formação são tudo na vida, é
natural que a preocupação lhes assalte a alma.
Aos outros, aos que menorizam este aspecto, a paciência joga a seu
favor, pois esperarão tranquilamente que brote o fruto de anos de trabalho.
Claro está que o ideal seria formar vencendo.
Melhor impossível. Ponto!!
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