sábado, 22 de junho de 2013

Santa Casa

Enquanto esperamos pacientemente que se componha o plantel do Sporting para a próxima época, vamos tendo noticias, quase diariamente, sobre eventuais saídas. 
A remodelação a que os dirigentes estão obrigados, por força de uma folha salarial desproporcionada relativamente à nossa realidade, era inevitável.
Há dias soubemos que jogadores que pouco contributo deram à causa sportinguista, nem que os juntássemos todos num só, auferem vencimentos verdadeiramente pornográficos, se tivermos em conta o seu rendimento desportivo.
Alguns nem lugar têm no clube.
Falava-se obviamente dos 2 milhões/época de Bojinov, dos 1.6 milhões/época de Onyewu ou dos 1,5 milhões/época de Jéffren.
Nestes últimos dias, também ficámos a saber do alegado interesse de dois clubes holandeses em dois activos do Sporting, vindos precisamente da Holanda.
Primeiro foi o recentemente proclamado campeão, Ajax.

«Nem que o Ajax tivesse interesse em Labyad, não haveria qualquer hipótese de transferência, dado que no Sporting ele aufere um salário de 900 mil euros».

Auferia.
Ao que consta, na próxima época passará a auferir 2 milhões.

Agora fala-se do interesse do 2º classificado PSV em Schaars.

«O salário que Schaars aufere no Sporting é incomportável para o PSV. Ele tem 29 anos e o Sporting quer transferi-lo. Mas, para nós, será impossível».

É no mínimo curioso que as duas equipas de topo holandesas, que estarão a um nível competitivo semelhante ao Sporting, que se comportam com dignidade na Europa (o Ajax ficou em 3º num grupo com Real Madrid, Dortmund e Manchester City), não consigam ou não pretendam chegar ao nível salarial que se pratica em Alvalade.
Claro está que em Portugal não iremos conseguir competir a este nível com os nossos eternos rivais, mas o caminho que está a ser seguido parece o mais adequado para a realidade portuguesa.
A política adoptada nas últimas épocas permitiu ao Sporting ir buscar algumas "trutas" ao campeonato holandês, mas está na hora de virarmos agulhas para outros objectivos.
Agora que fomos obrigados a repensar o presente, para termos direito a um futuro, só nos resta alterar a imagem criada recentemente por alguns iluminados, que terão passado a ideia que o Sporting pratica algum tipo de caridade.
Aliás, o símbolo e sigla do Sporting até podiam ter sido repensados, porque as iniciais S.C.P. adequavam-se a Santa Casa Portuguesa. 



2 comentários:

  1. parece ou estou enganado que alguém anda a querer enganar os sportinguistas para fazer já campanha para o dia 30?não exagerem na receita o doente pode morrer de ataque cardiaco.

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  2. Caro altaia

    Tenho que reconhecer que não percebi a quem se destina a indirecta. No entanto, devo dizer que é evidente, ao percorrer as redes sociais ou a blogosfera leonina, que os efeitos das eleições ainda se fazem sentir. Acho lamentável (mas esse é o meu ponto de vista) que os adeptos leoninos ainda se dividam em apoiantes deste ou daquele, e não simplesmente se unam em prol do Sporting. Apesar de discordar da política que fez escola no clube, nos últimos anos, e que nos colocaram na situação actual, tentei dar algum crédito à direcção de Godinho Lopes, pois o clube precisa de unidade. Na parte final do seu mandato já não conseguia calar mais a revolta e acabei por tecer algumas considerações acerca do trabalho executado.
    Na actual circunstância, até prova em contrário, Bruno de Carvalho e a sua equipa merecem o nosso crédito e, deste modo, as mesmas condições que os outros usufruiram para trabalhar.
    Espero que os sportinguistas se deixem de guerras prejudiciais, porque o conflito interno constante só enfraquecerá, ainda mais, a nossa débil situação.
    SL

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