Nada melhor que o semi-desaire de Coimbra para alguns órgãos de comunicação social voltarem à carga.
Hoje,
o jornal A Bola diz que Domingos está na mira do Atlético de Madrid,
que a transferência de Diego Rubio está a ser investigada pela FIFA e
que Godinho Lopes avisa para os tempos difíceis que aí vêm.
Penso que esta última não é novidade para ninguém, nem pode ser considerada falaciosa, pois
todos somos conscientes da conjuntura mundial que não deixará os clubes
imunes. Quanto às outras, acredito que sejam para cair no esquecimento,
daqui por uns dias.
Estas
palavras de Godinho Lopes surgem na declaração semanal dirigida aos
sócios, mas eu gostaria de ver implementada uma estratégia mais
eficiente pela transparência do futebol nacional.
A última jornada foi, uma vez mais, espelho do modo de actuação dos protagonistas do futebol de trazer por casa.
Num
jogo em que o Porto saiu vencedor, o seu presidente não se coibiu de
vir a lume atacar o árbitro desse encontro. Segundo as suas palavras, "estava em cima da jogada, não viu o lance que envolveu Belluschi, então não tem condições para arbitrar, porque vê mal" mas continuou o ataque dizendo que, se viu....pior ainda, e também não tem condições para apitar,
associando-o (com razão) a um célebre jogo em que assinalou 3 grandes
penalidades a favor do Benfica, sendo que duas delas eram inexistentes. O
árbitro visado e confesso adepto benfiquista veio, entretanto, fazer mea culpa e reconhecer o erro reforçando, no entanto, ter ultrapassado o incidente.
Quando, no início da época, o Sporting se bateu pela verdade desportiva, rapidamente saltaram a terreiro os defensores do indefensável, e a greve aos nossos jogos decretada por alguns árbitros foi o
epílogo que muitos acharam natural. O Facebook, nesse caso, foi
esquecido pelos membros da arbitragem. Gostaria de ver onde param agora
esses agentes desportivos, na defesa dos interesses da classe. Claro
está que, nesta doutrina, quando o Papa fala os seus fiéis só têm que venerar as suas palavras, mas para quem não professa a mesma fé, dá vontade de procurar outra religião.
No entanto, estas declarações tão só vêm realçar aquilo que proclamo, e que salta à evidência no modus operandi
de certos protagonistas, desde há décadas. As críticas veladas na
vitória são ainda mais eficientes que na derrota. Criticar na derrota é o
que todos fazem, e nós perdemos uma excelente oportunidade de continuar
a defender os interesses do clube, quando em sucessivas vitórias nos
debatemos, calados, com dualidade de critérios gritantes.
Será
de muito mau tom voltar às críticas das 3 primeiras jornadas, quando
surgir novo desaire, e o penalti que ficou por marcar em Coimbra, em
tudo semelhante ao que suscitou as críticas de P. da C. e o ataque
cerrado deste a um dos bastiões benfiquistas nos campos de futebol, foi
só mais um episódio nas apreciações a que temos estados sujeitos.
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