Não
sei se foi conjuntural, coincidência ou propositadamente, o certo é que
o Sporting se distinguiu como uma autêntica fábrica de extremos.
Se
pensarmos em Nani, Ronaldo (entretanto convertido), Quaresma,
Futre...ou até um sujeito que joga na Turquia mas que não me lembro como
se chama, reparamos que fomos um manancial para o mundo do futebol.
Ou
por se ter secado essa fonte, ou pelas opções tácticas de Paulo Bento, o
certo é que passámos a deixar crescer a relva pelos corredores, porque "Caminho trilhado não cria erva".
Os fiscais-de-linha passaram a prescindir dos tampões para os ouvidos, porque raramente havia tráfego pela sua zona.
O
futebol leonino passou a dar primazia ao centro do terreno, com os
famosos triângulos, fossem eles invertidos , equiláteros, isósceles,
escalenos...ou o que os entendidos e, o próprio P.Bento, entendessem.
Com
a chegada de Domingos voltou o futebol pelas alas, só que a afamada
escola de Alvalade estava fechada para balanço, pelo que teve que
recorrer à ajuda externa (tão na voga) para preencher esse défice.
Chegaram Jeffrén, Capel, Carrilllo...para se juntarem a Pereirinha, o ex-libris da nossa última fornada.
Pois,
parece que talvez fosse por algum fungo que P.Bento, obstinado mas
perspicaz, (ao ponto de ter prescindido de Varela) tivesse optado por um futebol longe daquelas zonas do
terreno. Talvez tivesse sido aconselhado por Octávio Machado, um
agricultor/treinador entendido.Todos recordarão como a relva saltava em
tufos, durante as últimas épocas, e poderia ser um indício da
moléstia.
Os extremos têm caído a um ritmo alucinante, e até Izamilov e Matias, que pisaram aquelas zonas, foram atacados.
Hoje,
Domingos terá que voltar a improvisar ou, em última instância, inovar
no desenho táctico a apresentar contra os suíços. Mesmo podendo antever
ou perspectivar o que o treinador leonino possa fazer hoje, só tenho um
pedido a fazer.
Que Capel jogue mais pelo meio, não vá o diabo tecê-las.
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