Decorreu
ontem, da melhor maneira possível, uma emotiva jornada leonina para a
generalidade dos sportinguistas, à qual o Núcleo da Carapinheira se pôde
associar de corpo e alma.
Ser-se sportinguista longe do coração do clube tem naturais desvantagens, e para se poder acompanhar in loco o Sporting, pontualmente, traduz-se em encargos extra e em deslocações por vezes longas e cansativas.
Ontem
era dia de jogo dos Núcleos, mas o entusiasmo que envolve a equipa de
futebol foi aproveitado para darmos a conhecer a associados e amigos do
nosso Núcleo a Academia de Alcochete e, também para alguns, fazer a
estreia em Alvalade.
Esta
longa jornada, que se prolongou desde perto das 9 da manhã de dia 10
até perto das 3 da manhã de dia 11, ainda assim terá sido mais curta que
muitas das comitivas com quem nos cruzámos.
Vila
Real de Santo António e Tavira, Guarda, Covilhã, Pereira, Figueira da
Foz, Penacova ou Vila Nova de Anços foram alguns dos muitos Núcleos com
que nos cruzámos e privámos, a juntar a tantos outros que ajudaram a dar
cor e brilho à festa de Alvalade, ontem ao cair da noite. Outros
preferiram ir a Madrid ver uma Real humilhação, mas isso são questões de
prioridades.
A
meteorologia ameaçou durante parte do dia querer ensombrar alguns dos
planos, mas S.Pedro deve ter uma costela de leão e afastou as nuvens
negras que queriam estragar a festa.
A
nossa chegada à Academia estava prevista para as 12 horas, mas alguns
imprevistos atrasaram em meia hora o previsto, mas ainda assim pudemos,
juntamente com o Núcleo da Guarda, fazer uma visita guiada ao centro
nevrálgico da nossa formação, e quartel general da nossa equipa
principal.
Início da visita guiada
Ala profissional
Zona dos quartos (formação)
Ginásio (formação)
Ginásio (formação)
Momentos da visita
O leão sempre presente
Pudemos
constatar as excelentes condições que os nossos atletas têm à
disposição, para potenciar da melhor maneira as suas qualidades inatas.
A
nossa agenda contemplava o jogo de Juniores entre o Sporting e o grande
rival Benfica, pelo que os atrasos verificados podiam perigar a nossa
presença no jogo. Como por altura do nosso repasto ainda chovia
copiosamente, devo realçar a excelente atitude dos responsáveis pela
Academia presentes, que nos cederam o campo coberto nº 7, de relva
sintética, para aí podermos fazer um piquenique a coberto da
intempérie. Por perto estavam os amigos de Vila Nova de Anços, que
também usufruíram da benesse, e ainda foram contemplados com uma breve
visita de Manuel Fernandes e Vidigal.
O
jogo de Juniores foi a segunda dose de leão e constatar, se dúvidas
houvesse que o derbi vive-se...e entranha-se desde os escalões de
formação.
Perante
uma casa muito bem composta, podia-se notar a ausência de adeptos
benfiquistas. Estava só autorizada a entrada a familiares de jogadores
encarnados, ora por força dos recentes acontecimentos ou, mais
provavelmente, ainda relacionados com os incidentes na Academia da época
2008/2009. O agente da autoridade que contactei não me soube explicar,
simplesmente confirmar a ausência forçada de adeptos rivais.
O
jogo começou muito dividido e, praticamente sem oportunidades de um ou
outro lado, surge o golo do Benfica, por Hélder Costa, num remate seco
sem hipóteses de defesa de R. Veloso, mas num lance precedido de
irregularidade, pois o avançado rival controlou a bola com os braços
antes de finalizar, de nada valendo os protestos de jogadores e adeptos
leoninos.
Este
golo pareceu acabar com a ambição benfiquista. Passados uns minutos
começaram a cair no relvado, com supostas lesões, a um ritmo metódico e
cadenciado. Foi exasperante apercebermo-nos que já na formação...o
fair-play é uma treta. Se na baliza não estava Artur para seguir as
indicações de Jesus, cada camisola encarnada foi por terra, várias
vezes, perante a complacência do árbitro.
O
jogo chegou ao intervalo com um Sporting abalado pelo golo e a praticar
um futebol de baixa qualidade, talvez influenciado pelo ritmo
constantemente quebrado.
A
segunda parte foi diferente, e as substituições de Sá Pinto fizeram-se
notar desde o 1º minuto. Gael Etock entrou para o lugar de Vilaça e
Chaby para o lugar de Ilori, tendo recuado o trinco Agostinho Cá (para
mim o melhor em campo) para central.
Chaby
pegou no jogo, Etock conferiu poder de choque no ataque e as
oportunidades sucederam-se graças à dinâmica empreendida. Seria mesmo o
avançado camaronês a fazer o golo do empate, num remate rasteiro, para
alegria das centenas de adeptos presentes.
Os últimos minutos foram de muita tensão, inclusivamente com um sururu
colectivo perante uma entrada violenta sobre Chaby, mas no último dos 5
minutos de compensação o mesmo Etock daria o merecido golo da vitória, a
culminar uma segunda parte vistosa.
Bruno
Varela, guardião encarnado, foi por terra por largo período, desta vez
pela impotência por não terem logrado o pontinho que tinham ido tentar
buscar à Academia.
No
regresso ao campo nº7, finalizado o jogo, cruzei-me com a equipa
leonina e devo realçar a simplicidade e generosidade da maioria dos
elementos do plantel, pois vieram agradecer-me(nos) pelo apoio prestado
durante o jogo. Betinho, Etock, Veloso, etc, etc, tiveram um gesto que
só os engrandece.
O
dia tinha começado da melhor maneira a nível desportivo, e todos
esperávamos igual cenário para o jogo de Alvalade. Entretanto fomos
sabendo as novidades do Futsal, e o 1-1 foi o menos mau, dentre os
cenários possíveis.
À
chegada a Alvalade já se perspectivava um ambiente digno de um grande
jogo, e realmente confirmou-se o cenário, mesmo que provavelmente muitos
dos portadores de Game Box tenham optado por ficar em casa. Só assim se
justifica que dos 45 mil bilhetes vendidos anunciados na véspera pelo
site do Sporting, se tenham transformado em perto de 41 mil, à hora do
jogo. Dá Deus nozes a quem não tem dentes.
Contudo, quem disse presente eram dos bons, pois a festa prolongou-se desde a antecâmara do jogo até ao final do mesmo.
Uma adepta mediática
Quanto
ao embate, dado que ficámos colocados atrás de uma das balizas, não foi
fácil ter uma perspectiva tão ampla que permitisse analisar
determinados contextos do jogo.
Apesar
disso... atrás da baliza, ao lado, por trás de um painel de publicidade
ou às cavalitas de um adepto, a opinião sobre a fraca qualidade de jogo
proporcionado pelo Sporting deve ser unânime.
Parece-me
que começa a ser visível, na qualidade do futebol praticado, a falta de
opções do meio campo para a frente, e esta segunda linha do plantel
está a fazer os possíveis para manter o Sporting na senda dos triunfos.
Felizmente que, mesmo jogando q.b., vai sendo possível ganhar, algo que
seria impensável há uns anos atrás.
André
Martins voltou a deixar em campo um perfume de bom futebol, embora algo
intermitente, Elias continua a ser o motor e pêndulo da equipa, e as
arrancadas de Capel tiram os adeptos dos seus assentos.
Enquanto
isto, Patrício foi abono de família e Onyew o testa de ferro, que
permitiram um triunfo tão sofrido quanto saudado...e suado.
Apesar
das inúmeras jogadas à linha que construímos, o último...ou penúltimo
passe foram quase sempre mal decididos, à imagem dos últimos jogos. Que o
diga Wolfswinkel, que para lá de um remate de cabeça defendido por
Valverde e um golo anulado, a passe de Capel, passou o tempo em
movimentações estéreis. Não vou referir jogadores pela negativa, porque a
jornada foi de festa, e eles também acabaram por contribuir por um
regresso a casa feliz e verde de esperança.
No
caminho ficámos a saber que o Ténis de mesa tinha vencido por 0-4 no
campo do Novelense, e que o Hóquei em Patins trouxe uma difícil mas
saborosa vitória por 3-4 no terreno do candidato Alenquer e Benfica.
Por
tudo isto foi uma jornada inesquecível, e que esperamos que se possa
repetir, semana após semana, mesmo sem a nossa presença.
Cruzei-me (por mero acaso)por vários autocarros a saírem de Alvalade e senti a vossa presença no Estádio e não deixo de transmitir que me senti grato e orgulhoso por todos vós, porque o Sporting tem de ser uno e sem vocês não seríamos enormes bem hajam todos os Leões que longe ou perto amam o Sporting !!
ResponderEliminarÁlvaro Oliveira - sócio 2352
Caro Álvaro. Efectivamente era visível, até para o mais distraído, a presença dos Núcleos em Alvalade. Foram mais de 4 mil vozes que se juntaram aos que podem lá ir mais amiúde, e efectivamente a grandeza do Sporting deve-se à sua massa associativa e adepta. O Sporting vive-se tanto em Lisboa como fora dela, e também nós, onde quer que estejamos, nos orgulhamos de termos esta força. Obrigado e SL
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